quarta-feira, 29 de junho de 2022

Um jogo sujo

Não tem esse negócio de entender a eleição como festa da democracia. Coisa mais pueril!
O momento da eleição é a coroação de um processo absolutamente contaminado pelas piores práticas.
É um jogo sujo permeado de conchavos e combinações entre os partidos, que disputam nacos do eleitorado distribuído pela nação tidos por eles como uma massa manipulável que irá autorizar seus devaneios autoritários. É malcheiroso. Expele odores pútridos.
Não é um processo limpo em que duas das melhores cabeças da nação se apresentam para concorrerem ao cargo. Longe disso.
É só olhar para os dois que estão disputando.
Esse processo democrático é tão frágil que é possível definir a democracia como a arte de escolher o menos pior.
Chama minha mãe.

sábado, 11 de junho de 2022

A democracia é boa pra quem mesmo?

A democracia é boa pra quem mesmo?
Cááál-ma! Não responda tão rápido.
Um dos fatores de distorção da dita cuja é que ela opera baseada no conceito de rebanho, da baciada, isto é, se tem um tanto se dando bem, é isso que importa.
Contudo, a crueldade dos números da média estatística é mortal.
Veja: temos dois frangos. Se você come os dois e eu não como nenhum, na média, ambos comemos um frango.
Hein!!! Pois é.
Assim opera a democracia. Não é um sistema personalizado. Não importa a personalidade do pobre. Ele é um número.
Vá para os infernos!!!
É o caso do sistema de tratamento de esgoto.
São 100 milhões de brasileiros sem acesso a esse tratamento. Na média, entre eu e você, um de nós não tem esse acesso. Mas que importa? Um tantão tem acesso, isso que vale.
Semana que vem tem um feriadão. Muita gente vai pegar estrada. Maravilha.
Muita gente tem comido fora. Maravilha.
Muita gente tem comprado roupa maneira. Maravilha.
Aí você vem falar de esgoto?!
Pois é.
Sequer os mandatários, os de hoje e os de ontem, se importam com isso. Esgoto ninguém vê. Né?
A democracia é boa pra quem mesmo?

segunda-feira, 28 de março de 2022

Poder

Entenda.
Poder é uma instância de comando, um atributo divino e só Deus sabe usá-lo.
Na outra ponta, tem o capeta, querendo usurpar esse atributo.
No meio está a humanidade, que, diga-se, usa mas não sabe usar esse atributo (até porque não foi empossado com esse atributo).
Da parte de Deus, Ele empossou o seu Filho, e só o seu Filho, com esse atributo.
Da parte do capeta ele leva homens a usurpar esse atributo. Aí… deu no que deu, aí… deu nisso aí: homens poderosos, usurpando um atributo divino instigado pelo capeta. Já era.
Não! Não sou anarquista, tampouco teocrata.
Em que creio: Deus habitando o coração do homem.

terça-feira, 7 de setembro de 2021

Pós democracia

A partir do momento em que um magistrado manda prender alguém por atos antidemocráticos ele fere de morte o próprio princípio da democracia que, em tese, deve comportar todo tipo de preferência.
Oras! Só pra constar: Não é democracia um país com tamanha desigualdade social.
Veja do que é capaz a democracia brasileira: colocar como mandatários gente como lulla, Dilma, Temer e agora Bolsonaro. Hein!!!
Mais: a democracia brasileira tem como representantes de um de seus poderes gente (de índole duvidosa) que sequer foram colocados ali por força da democracia. Um paradoxo insolucionável.
A democracia aqui é tratada como uma deusa. Deve ser idolatrada, reverenciada e defendida, ainda que…
Pois, como todos os deuses passaram, ela também passará.
Aí, tenho que falar do “Deus acima de todos”.
Defendem essa fala os que, como os povos muito antigos, não conheceram ainda o Deus apresentado por Jesus.
Que Deus está acima de todos é fato. Dizer isso não O coloca lá. É inexorável. Ele está lá, sempre esteve e sempre estará.
Fato é que a grande revelação e o motivo pelo qual o Filho de Deus passou o que passou é exatamente para colocar Deus ‘dentro’ do homem.
Quando Deus está acima de todos, as maiores arbitrariedades e atrocidades são cometidas, até em nome Dele.
Quando Deus está ‘dentro’ do homem, trazido e mantido pelo Espírito Santo, o mundo é transformado, o que não depende de democracia, de capitalismo, de socialismo, ou qualquer outra droga que o homem tenha inventado.

quarta-feira, 21 de julho de 2021

O evangelho

Eu conheço um pouco de bíblia, o suficiente para saber viver nessa vida e não ser enrolado por ninguém.
Tenho amigos que conhecem mais que eu. Eles não concordam muito com minhas ideias, mas têm o meu respeito.
Bem… pra mim, o evangelho não tem nada a ver, não valida e não ratifica nenhuma instituição ou sistema humano. Pode colocar qualquer coisa aí: comunismo, socialismo, capitalismo, conservadorismo, liberalismo, democracia, ditadura, direita, esquerda, religiões baseadas em personalidades humanas, religiões baseadas em enriquecimento individual e que não provocam o compartilhamento.
O evangelho fala por si, ele próprio se autoriza e valida e parte de uma premissa absolutamente primordial e inexorável: as pessoas têm que ser mudadas por dentro, o que era conhecido como conversão (termo meio ultrapassado hoje). Pra ficar num tema exaustivamente presente nas relações humanas: alguém alcançado pelo evangelho é alguém incorruptível.
O evangelho não aceita ser considerado como mais um ingrediente nas relações humanas como que a benzer isso ou aquilo para dar um toque divino nas coisas, com pretendeu o catolicismo e como pretende hoje o evangelicalismo/pentecostalismo.
Volto a dizer: o evangelho pode sim afetar definitivamente toda e qualquer instância da existência humana desde que a partir da mudança interior, para, então, alcançar a coletividade.
Acho que é isso.

segunda-feira, 12 de julho de 2021

O que está em jogo?

Esse revanchismo todo da esquerda em relação ao impeachment do atual presidente meio que não se justifica. É preciso lembrar que a Dilma não foi a primeira, já ouve um impeachment. Então já está 1x1.
Para o ano que vem o embate não é entre direita e esquerda, entre capitalismo e socialismo, entre o poder das mídias e a realidade dos fatos, se Havana é melhor que Nova York.
O que está em jogo é algo maior.
Acho que é preciso deixar um pouco de lado as convicções ideológicas, os gostos e paixões pessoais para entendermos o momento do país. Considere isso: os poderosos, de ambos os lados, não estão muito preocupados com sua ideologia. Eles querem o poder pelo poder.
É grave o momento do país, até porque se instalou a ideia falaciosa de que a solução está nas mãos de uma pessoa, que será levantado um cristo para salvar o país.
O Cristo que pode salvar esse país já veio, morreu e ressuscitou. Mas ninguém quer ouvi-lo. Nem as religiões.
É grave o momento e a decisão parece estar em decidir se o que se quer é estar certo ou ser livre.

terça-feira, 6 de julho de 2021

Dessas coisas

Tem gente que é tão pobre, mas tão pobre, que a única coisa que ela tem é dinheiro.
Me parece que a mágica da vida consiste em saber agradecer o que se tem.
O ar, uma cama com cobertor, ter que levantar cedo para o trabalho ou para o estudo, uma família.
Mesmo a saudade, essa danada. Eu tenho que agradecer por poder sentir saudade. E se nem saudade eu sentisse?! Acho que estaria morto, né? Ainda que vivo.
Acho que é preciso reverter o ponto: tirar o olho do que perdi (e possa talvez perder) e colocar o olho no que ganhei e no que ganho a cada dia, oras!, viver é um dom.
Em tempo: o que é meu?
É meu o que consigo segurar com as mãos, tipo um prato de comida ou um agasalho.