terça-feira, 29 de junho de 2010

O Cordeiro/Leão

Quem daria a mínima pra ele?
Quem gastaria seu tempo em dar-lhe alguma atenção?
Quem deixaria de cumprir sua agenda com os poderosos para ouvir alguém falar de pássaros?
Quem deixaria a vaidade da vida social para acompanhar um pobretão?
Quem abriria mão da autoestima para deparar-se com alguém sem qualquer expectativa?
Quem se arriscaria a deixar de confiar na segurança do dinheiro para seguir os conselhos de alguém que orientava a distribuir os bens aos pobres?
Quem trocaria seus sonhos para estar perto de alguém que falava de flores?
Quem desceria de seu pedestal para estar com alguém que valorizava as crianças?
Quem seguiria os conselhos de um condenado?
Quem daria ouvidos a um desleixado?
Quem ousaria tornar-se seguidor de um que não dava a mínima para as instituições sociais?
Quem respeitaria alguém que honrava as mulheres?
Quem consideraria alguém que fazia acompanhar-se dos párias da sociedade?
Não! Ele não teve lugar lá e certamente não teria lugar aqui.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Deus está fazendo!

É tempo de “desconstantinizar” a igreja, se ela se pretende um instrumento de Deus.
Sim, chegou o tempo.
Foi ele, Constantino, o fundador do cristianismo, que estabeleceu o dia do sol (domingo) como o dia de culto para os cristãos. Foi ele quem começou a construção do que hoje se entende como a basílica de São Pedro, principal monumento da maioria dos cristãos, o que redundou na construção de milhares de outros templos mundo afora. Enfim, foi ele, como sumo pontífice que era (título romano dos imperadores), que estabeleceu a hierarquia na igreja, em que uns têm ascendência sobre outros.
Datas, lugares e pessoas especiais. Nada mais contrário ao evangelho do Nazareno. Ele jamais estabeleceu essas coisas. Por isso as coisas estão como estão. E haja pedição de dinheiro pra sustentar essas coisas.
A igreja de Cristo, e ela esta aí - a gente só não sabe aonde - não se reúne em datas, em lugares e debaixo de pessoas especiais.
Igreja é relacionamento. Relacionamento de iguais que querem ser iguais a Jesus, 7 dias por semana, em casa, no trabalho, na escola, no lazer, na intimidade da família, na prestação de serviço e sem hierarquia, todos sob a direção direta do Espírito Santo. Utopia? Pode ser, então, Deus é utópico.
Deus está fazendo e ninguém poderá controlá-lo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Um show imperdível!

Basta clicar e assistir a uma coisa absolutamente impressionante, técnica ou musicalmente. Trata-se de um grupo de pessoas que não se conhecem entre si . É aqui que entram os técnicos de som e imagem voluntários e sem remuneração, que se ocuparam de captar o som de cada um dos "cantores", individual e mundialmente (são atuações ao ar livre e isso é extremamente difícil de fazer sem "ruídos exteriores"). Posto isto e remixado, atingindo um nível de pureza musical notável, chegamos a esta maravilha musical conseguida através de alta tecnologia, e que num instante junta as pessoas de todo o mundo, fazendo-as sentir e falar ao mesmo tempo a mesma linguagem universal... a música. Momentos como este, de grande dedicação e generosidade, fazem-nos ainda ter alguma esperança na "raça humana".




Dica da Danielly, gente de Barueri.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Democracia x genecracia/infocracia

Eu não tenho a menor simpatia pela democracia.
Não a acho isso tudo que as pessoas acham que ela seja (alguns a tratam como uma deusa), especialmente o sentimento que se não vivêssemos em uma democracia a vida seria um inferno. E ela não é um inferno? Ponha-se no lugar da imensa maioria brasileira e faça a pergunta de novo.
Ela é boa nos gabinetes políticos, nos centros acadêmicos, nos escritórios dos bancos, nos bancos dos shoppings centers. Sai daí, é um inferno.
Contudo, embora não seja profeta, penso que o fim da democracia se aproxima. Estão chegando dois grandes concorrentes a que se poderiam chamar de genecracia e infocracia, isto é, o poder da genética e o poder da informação, esta, ancorada na internet.
As pessoas e/ou povos que controlarem essas duas instituições (não acho palavra melhor para descrevê-las) controlarão o mundo.
Que pena. Há um tempo atrás eu achava que o anticristo não se apresentaria em uma pessoa, mas em um sistema, e esse sistema seria exatamente a democracia. Já não posso mais pensar assim se quiser ser coerente com o que disse acima.
Quem sabe então o anticristo não se apresentará exatamente como quem controla a genética e a informação?

Devaneios de uma mente tacanha

Uma reflexão mágica: segunda intenções

Muitos hoje se aproximam de Deus na mesma base em que os magos se aproximaram do menino recém nascido. Eles não estavam errados, pois não sabiam de quem se tratava. Já os de hoje!
Fica, então, a pergunta: por que manter a ignorância?
Aqueles só conheciam deuses com os quais se barganhava, aos quais era necessário agradar para obter seus favores.
Deuses cujos humores variavam, cujos temperamentos eram instáveis, aos quais se podia dar alguma coisa como de propriedade particular. Deuses com interesses escusos, deuses inconstantes, iracundos, coléricos, que estimulavam a competição, para os quais uns eram melhores que os outros.
Deuses que se agradavam de sacrifícios e oferendas, alguns dos quais, até de entidades vivas.
Tinha o menino alguma coisa a ver com isso? Não! Mas os magos não sabiam e então partiram para agradar-lhe com oferendas para merecer-lhe o favor.
Hoje essas oferendas têm outros nomes, mas a motivação é a mesma, o medo é o mesmo, a intenção é a mesma, a ignorância é a mesma, a barganha é a mesma.
Não existe essa relação que busca mostrar que Deus tem que ser agradado para então abençoar.
Deus, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, em um determinado momento da história revelou-se como o Jeová e contava com os judeus para vir a ser conhecido em sua plenitude. Os judeus falharam. Eles o entendiam (pelo menos agiam assim) como mais um deus, talvez o maior deles, o que levou os outros povos a entendê-lo assim também.
Deus, soberano que é, continuou no seu propósito e em Jesus deu-se a conhecer totalmente.
Muitos entre nós o conhecem assim e quando dão dinheiro em suas comunidades o fazem para compartilhar com os irmãos, como o faziam os discípulos imediatos de Jesus. Que irmãos? Aqueles que estão presos, doentes, famintos, sedentos, que são forasteiros e estão com frio (Mt 25).
Outros há, no entanto, que insistem em dar e pedir dinheiro para merecer o favor de um deus que eles na verdade não conhecem.
A grande questão: não é isso tanto idolatria como qualquer outra coisa que se faça que não seja dirigir-se diretamente a Deus em oração e adoração sem segundas intenções?
Os magos fizeram escola!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Um crucifixo

Um crucifixo
Uma cruz fixa
Uma crua realidade
De dor, paixão e conquista
De quem era a nudez exposta ali?
De quem eram as feridas que sangravam ali?
De quem era a condenação executada ali?
De quem era a solidão mostrada ali?
De quem era a vergonha sentida ali?
De quem era a fraqueza demonstrada ali?
De quem era a infâmia, a ignomínia, a mácula, a tirania?
De quem era o opróbrio, a execração, o anátema, a maldição?
Do Nazareno? Não! Dele é que não!
E as dores? Lancinantes. O que falar das dores?
As moscas rondando-lhe as narinas
O suor e o sangue a penetrar-lhe os olhos
Os pulmões ofegantes e oprimidos pelo peso do corpo que os pés já não sustentavam
Uma opção: deixar-se pendurar pelos pulsos
Ao sentir rasgarem-se, apoia-se nos pés, para imediatamente mudar de ideia
Terá sido em vão?
Isso sim lhe dói na alma e no coração
Sabe quem estava ali? A humanidade. Toda ela, inteira
Não por representação, é pura concreção
Ele conseguiu! Ali estavam todos: os de antes e os de depois
Terá sido em vão? Não. Acho que não!
Olhe pra você!
Não, não foi em vão

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Um representante!?

Quem autorizou, a quem quer que seja, colocar-se como representante de Deus?
Não, Deus não tem representante, ou então Jesus estava errado.
Chame-o como quiser: guru, xamã, pajé, monge, mestre, guia, líder, conselheiro, rabino, sacerdote, reverendo, padre, papa, patriarca, profeta, pastor, bispo, apóstolo, pai espiritual, e o que mais lhe ocorrer.
Não, Deus não se faz representar por quem quer que seja.
Quando a religião privilegia datas, lugares e, sobretudo, pessoas especiais o objetivo claro, ou subliminar, é colocar essas instituições “entre” Deus e as pessoas, anulando, ou tentando anular, a obra da cruz.
Bem por isso João dizia: “Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida”. Isso está escrito na sua bíblia. Procure que você acha.
Lembre-se que os que andaram com Deus (Enoque, Noé e Abrão) não seguiam data, não procuravam lugares e nem se submetiam a pessoas especiais.
Não se engane: quando você se sente envergonhado por causa do escândalo que alguns trazem, ou pretendem trazer, ao evangelho, é porque você ainda não entendeu que Deus não tem representante.
Pode-se (ou deve-se) até recriminar o que essas pessoas fazem, o que deve ocorrer pelo mal inerente e presente nelas, não porque sejam representantes de Deus. Essas pessoas representam a si mesmas.
A relação de Deus com as pessoas é direta, pessoal. Menos que isso é tentativa de anular a obra da cruz de Cristo, cuja obra remete, inexoravelmente, à maravilhosa convivência na comunidade dos filhos de Deus. Comunidade de iguais em que Deus é Pai e nós os filhos. Uns mais velhos, outros mais novos, outros recém nascidos, mas todos, filhos.
É possível imaginar que, na convivência cotidiana de um lar, um filho precise marcar hora, via assessor, para falar com seu pai?
Alguém se contentaria em procurar o médico que seria capaz de curar sua chaga mortal e ser atendido por um enfermeiro?
Pois bem, o véu (que é Jesus) do templo (que é Jesus) foi rasgado. Lá está o sacerdote (que é Jesus) que ofereceu o sacrifício (que é Jesus) a lhe esperar.
Vá a ele, que indo a ele você vai ao Pai, direto, sem passar por ninguém.
É entrar em um e chegar ao outro.
É falar com um e ser ouvido pelo outro.
É olhar para um e enxergar o outro.
Simples assim. Sem datas, sem lugares, sem pessoas especiais.