sábado, 31 de dezembro de 2011

O homem que tinha o pé para trás


- Vai lá, meu caro, procura o cara que o ofendeu e conversa com ele. Isso está parecendo um mal entendido, até porque você não ouviu dele, outras pessoas é que disseram que ele difamou você. Vai lá, rapaz, deixa esse orgulho de lado.
- Está bem, eu vou, mas olha, se não der certo a culpa é sua.
- Mas que mania essa sua de pensar que tudo tem que ter um culpado. O negócio não é assim não. Culpaaado, culpaaado mesmo só tem um, mas esse tem Outro que vai lidar com ele.
- Está bem, eu vou, mas olha, se não der certo a culpa não é minha.
- De novo! Outra mania sua essa de não assumir suas responsabilidades. Vai lá e faz bem feito o que tem que ser feito, depois a gente vê.
No caminho, o malacabado se encontra com uns “amigos”.
- E aí? Certo?
- Certo.
- Onde você está indo?
- Estou indo lá falar com o cara.
- Não acredito! Você não sabe o que ele anda falando de você!
- Então... já chegou em mim, mas eu conversei com um chegado e ele me disse para ir lá e esclarecer tudo.
- Rapaz, não faz isso não. Ele não merece.
- Mas eu estou indo lá para esclar...
- Meu amigo, se liga. Não adianta, isso não vai resolver nada. E você acha mesmo que você pode, com esse pé virado para trás, resolver alguma coisa? Isso não é assim não. Teria que envolver alguém mais capacitado para resolver isso. Faz o seguinte: deixa quieto. Fica você para o seu lado e deixa ele lá. Vocês não precisam um do outro mesmo.
- É. Acho que você tem razão.

E assim é!

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Um argumento a favor da paz


O Nazareno ensinou muitas coisas.
Nós ficamos aqui avaliando o que ele falou. Fazendo adaptações. Tentando melhorar alguma coisa, diminuindo a importância daquilo com o que não concordamos, enfim, sobre o que ele escreveu, nós acrescentamos o nosso veredicto (?!?!).
Tem sido assim ao longo desses 2.000 anos.
Por incrível que possa parecer, amizades já foram desfeitas, embates já foram travados, acusações de parte a parte já foram desferidas, tudo em nome da interpretação pessoal daquilo que o Nazareno disse.
Dentre tantas questões, gostaria de destacar uma que tenho aprendido com os ensinos do Rabi da Galiléia.
Tenho aprendido que não posso, ou não devo, avaliar o outro por aquilo que ele fez pra mim pessoalmente. Ainda que o que o outro fez pra mim tenha sido um ataque direto à minha pessoa, ainda assim eu não posso avaliá-lo por isso. A contrapartida para isso chama-se perdão.
Um coração disposto a não perdoar é um trem sem freio. Ele vai causar estragos.
Por outro lado, quando consigo assimilar essa indisposição do outro contra mim, e consigo relevar isso, eu me coloco acima de qualquer questão e assemelho-me muito ao Nazareno.
Um coração disposto a perdoar é águia voando. Ninguém abate.
Quem age assim sai do centro, sai do foco da questão e acaba ficando livre para caminhar tranquilo.
Me parece que essa seja a liberdade proposta pelo evangelho.
Liberdade que promove a paz.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Uma notícia

Pense em todo mundo que você conhece. Seus parentes, vizinhos da rua, do prédio, seus amigos, colegas de trabalho e de escola. Seus professores ou alunos, patrões ou empregados. Todos os profissionais com os quais você de alguma forma se relaciona: lixeiros, médicos, farmacêuticos, padeiros, agricultores, marceneiros, pedreiros, faxineiros, recepcionistas, engenheiros, advogados, mecânicos. Todos os artistas e atletas. Todas as crianças, desde os bebês. Todos os adoráveis velhinhos.
Escapou alguém? Pense um pouco.
Pensou?
Pois bem, tenho uma notícia a dar nesse final de ano.
C a d a  u m deles deve R$ 8.496,00 aos credores do governo brasileiro, a preço de um ano atrás.
Quem decidir pagar deve saber que estará pagando somente os juros da dívida brasileira. Mais ou menos como quando você paga só o mínimo do cartão.
A dívida em números: R$ 1.620.487.000.000,00 = 1 trilhão, seiscentos e vinte bilhões (dez/2010).
Com a taxa de juros do Brasil, algo em torno de 11%, tudo o que economizamos no ano (o superavit primário) vai para pagar somente os juros da dívida, cujos maiores credores são os bancos.
Entendeu agora porque eles têm lucros tão fantásticos? Não é por causa da sua continha lá não.
Entendeu agora porque não tem dinheiro para a saúde, para o saneamento básico, para a educação, para a extinção da pobreza extrema, para a moradia?
Não sobra!
Esse é o país que passou a ter a sexta maior economia do mundo! Cuja renda per capta é de US$ 12.000,00. Compare agora com a do país que acabamos de passar, a Gra Bretanha, que é de US $ 40.000,00.
Dá para animar?

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Atos dos Apóstolos - uma prova cabal


A narrativa desse trecho do Testamento Sagrado deixa cristalinamente claro que mega igrejas não estavam nos planos do Espírito.
Sim, porque a experiência vivida ali e que deveria ser replicada ao longo dos séculos é impossível de acontecer quando se tem muita gente para “administrar” em um mesmo ajuntamento.
Aquele é o modelo de igreja que o Espírito deixou.
Erra quem diz que no Testamento Sagrado não há modelo de igreja. Há sim! É o dos Atos dos Apóstolos. O Espírito não errou quando inspirou e conduziu aquele processo de comunhão, interação e ação que expandiu para o mundo o Evangelho Sagrado e que pode e deve multiplicar-se pelas cidades mundo afora.
É possível dizer que não há modelo de mega igrejas. Isso não há mesmo, pois não era o interesse do Espírito, uma vez que Ele sabe que o nível de comunhão e interação fica deveras prejudicado nesse ambiente, que na verdade é um recrudescimento da experiência judaica baseada no sacerdotismo pessoal, contrário ao sacerdócio coletivo inspirado e implantado pelo Espírito.
Essa igreja do Espírito, que começou lá atrás, tem estado presente na história humana e ainda está presente e pujante.
Essa igreja não é midiática e não está presente no show business moderno. Não tem CNPJ nem razão social. A hierarquia piramidal não cabe nela. Não depende do carimbo da junta comercial para existir e, sobretudo, não cumpre a agenda da sociedade.
Essa igreja tem um governo. O Espírito é o seu governador.
Essa igreja tem um modelo. Atos dos Apóstolos.
Essa igreja é imbatível e, atenção, por favor, é ela que valida o Reino de Deus.
Não se engane achando que você pode participar do Reino sem participar da igreja. Impossível. Aquele só existe por causa dessa.
Graças a Deus pelo Espírito Santo e pela sua igreja.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Deus nos aceita do jeito que somos?!

Deus nos aceita do jeito que somos?
Só se a igreja fosse um ferro velho em que coisas são depositadas e ficam lá como são.
Permita-me dizer que há uma ótima notícia no ar: Não! Ele não nos aceita do jeito que somos ou estamos. Ele investiu pesado exatamente para não nos aceitar do jeito que somos.
Brilha no horizonte, ou, para alguns, no fim do túnel, a concreta possibilidade de deixar de ser e fazer aquelas coisas que tanto queremos deixar de lado.
Aquelas coisas que não queremos mais sentir, falar, pensar, julgar, suspeitar, presumir. 
Aquela incapacidade de calar, relevar, esquecer, perdoar. 
Aquela tendência por revanchismo, por “pagar na mesma moeda”, por dar o troco, por “não levar desaforo para casa”, por cobrar o que o outro não tem para dar.
Aquela fraqueza por comparação, por competição, por achar-se melhor e mais capaz que o outro.
As mentiras, as dissimulações, os enganos, os pecados ocultos e os abertos.
Aquela mania de querer imitar tudo o que se faz lá do outro lado.
Enfim, tudo isso pode sim ser mudado e a porta de entrada para isso chama-se “arrependimento”.
Essa palavrinha saiu de moda há algum tempo porque não dá ibope e como o lance agora é show pra todo o lado, não há lugar nem tempo para esse tipo de consideração.
O negócio é dar atividade e não deixar as pessoas pensarem.
Pois… o show tem que parar! Sim, para que as pessoas sejam mudadas, o show tem que parar.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Criação: um outro olhar


Poderia a criatura ser seu próprio criador?
Poderia ela entrar dentro de si e gerar-se a partir de seu próprio princípio vital?
Poderia ela extrair uma parte de si e multiplicar-se?
Poderia aquilo que é gerado, ser sua própria origem?
Pois houve sim uma inversão.
O artefato era o próprio artífice. O quadro o próprio pintor.
O sinfonia era o próprio maestro. A peça o próprio ator.
A escultura era o próprio artista. A máquina o próprio inventor.
Olhando para um, vê-se ambos, que ambos são apenas um.
Ainda está na dúvida sobre quem veio primeiro: o ovo ou galinha? Questão resolvida.
As eras, os cosmos, os tempos, as distâncias, os movimentos, as forças, as matérias, as energias, a física, a química, o espaço, os quarks down e up, as estrelas, os pensamentos, a razão, a emoção. Tudo se concentrou ali, naquele ser.
Ele é a própria validação do big bang, pois não é que tudo estava de fato concentrado em um ponto?
A plenitude de todas as coisas estava ali. Não em outro lugar.
Vida da vida. Luz da luz.
Oficiante e sacrifício. Porta e caminho.
Leão e cordeiro. Ovelha e cavaleiro.
Fim e começo. Do ódio o avesso.
De tessitura implacável, ao mesmo tempo que maleável.
Essência da mesma Essência. Imarcessível. Imutável.
Tem um nome. Cinco letras. Acho que ele está falando com você. 

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Gabriela, sempre Gabriela

Primeiro rebento de uma quadra maravilhosa.
Excelente em tudo o que faz.
Cansei de receber elogios sobre sua pessoa nos mais variados lugares em que vivemos.
Ela tem essa capacidade de nos deixar ansiosos pelo que falará, pois não gasta seus verbos no que não edificará.
Filha, irmã, esposa, mãe e profissional que a todos marca com sua marca maior: a singeleza.
No seu caso, singeleza sinônimo de força e determinação.
Sabe o que quer e para onde vai.
Desde cedo, muito cedo, saiu à cata de seu destino.
Está construindo-o, que este costuma acumpliciar-se aos que o perseguem.
Soube acomodar-se às agruras de um casal recém formado há 30 anos e contribuiu para a formação dele.
Pena que no material pude lhe dar muito menos do que ela merece. Procurei compensar do outro lado, espero ter conseguido.
Desculpe as parcas palavras que só descrevem em parte o que você significa para todos nós, pois escrevi no açodamento de pilhas de textos a corrigir, mas não poderia deixar passar em branco.
Escrevo segurando as lágrimas que querem saltar dos olhos.
Mil beijos, conte comigo e conosco, hoje e sempre.