sábado, 27 de julho de 2013

Uma profunda reflexão


Uma profunda reflexão

Tenho algo a compartilhar que me parece algo deveras profundo.
Embora o assunto se desenvolva mais no campo conceitual, se entendido corretamente pode marcar a práxis do evangelho de maneira muito efetiva e positiva.
Tenho comigo que a reflexão pode parecer sofismática, contudo, resolvi correr o risco diante do efeito prático que se poderá produzir com a sua correta aplicação.
A reflexão baseia-se no capítulo 17 do Evangelho de João e discorrerá sobre a unidade. Em um primeiro momento da unidade de Deus conosco e depois dos Seus seguidores entre si.

A unidade das pessoas divinas

Em x Com
Uma leitura acurada e cuidadosa do texto em questão revelará que o Pai não “está com” o Filho, mas “é um no” Filho. O Pai “é um no” Filho, o Filho “é um no” Pai.
A preposição “com” pode dar a ideia de companhia, ou adição, dentre outros sentidos, estabelecendo uma relação, mas em comparação com o “no/nele” acaba tendo um impacto menor, bem menor.
Veja.
“No/nele” é a junção da preposição “em” (similar ao “com”) mais o artigo definido “o”, ou mais o pronome pessoal “ele”.
A preposição “em” também estabelece uma relação de duas partes e para formar o “no” ou o “nele” pede um complemento (artigo definido ou pronome pessoal: mim, ti, ele, você, etc.).
É sabido que o artigo definido, gramaticalmente falando, é muito forte, conforme breve definição a seguir:
Artigo definido: Possui a função ou capacidade de identificar algo ou alguém e, para tal, pressupõe-se conhecimento sobre o que se fala, sobre o assunto em questão.
Pronome pessoal, por si só, denota pessoalidade.

Ser x Estar
É flagrante, salta aos olhos, a prevalência do verbo “ser” sobre o verbo “estar” no trecho citado. Por duas vezes Jesus usa o verbo “estar” (v. 12 e 24), no mais das vezes ele usa, invariavelmente, o verbo “ser” estabelecendo que a unidade divina não é de “estar com” mas de “ser em”.
O Filho “é no” Pai, o Pai “é no” Filho.

A unidade das pessoas divinas com as pessoas humanas

Por incrível que possa parecer, o mesmo padrão de unidade vivido pela Divindade Santa - o Pai e o Filho - Jesus estabelece que deve ser vivido por seus seguidores em unidade Neles e em unidade entre si, o que, seguindo o raciocínio, leva a dizer que não “estou” em unidade “com” o meu irmão, mas “sou um nele”.
A ler a oração do capítulo 17 de João, esse é um corolário inescapável.
Muito forte isso. Por utópico que possa parecer.

O alimento

Dessa percepção pode-se compreender a razão do uso do alimento como instrumento da interação das pessoas (divinas e humanas) seja em um contexto virtual, metafórico ou alegórico, o Jardim do Éden, seja em um contexto concreto, literal ou espiritual, a Santa Ceia.
Já foi dito: “eu sou aquilo que eu como”.
Oras! O que eu como não está “comigo”, mas em está “em mim”.
Se é verdade que o que eu como não está “comigo”, mas “em mim”.
Se é verdade que a árvore da vida do Jardim do Éden era Jesus da qual o primeiro casal devia ter comido e não comeu, tendo sido impedido de fazê-lo por ter comido de outro alimento.
Se é verdade que o Pão da Vida é Jesus e que nós devemos “comê-lo”.
Se é verdade que a Santa Ceia é o ponto alto da fé e que quem a toma sem discernimento está em apuros.
Se assim é, eu devo entender que não sou chamado para “estar com” Deus, mas para “ser um Nele”.
Ser um Nele e ser um nos irmãos.

Conclusão

“Estar com” é terreno, finito, passageiro, tem prazo de validade, serve ao gosto de cada um.
“Ser em” é divino, transcendente, não acaba, prevalece, até da morte.
“Estar com” vive de regras e distinções, depende de hierarquias e é estabelecida por um sistema de autoridade. Irrelevante.
“Ser um” vai ao âmago, ao cerne, toca o Trono. Imprescindível.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

O que restará?


Sociedade underground
Filosofia underground
Sociologia underground
Antropologia underground
Psicologia underground
Política underground
Centro, direita e esquerda underground
Democracia underground
Economia underground
Cap´e´talismo underground
Socialismo underground
Modernismo underground
Pós-modernismo underground
Mídia underground
Cientificidade underground
Religiosidade underground
Espiritualismo underground
Cristianismo underground
Evolucionismo underground
Desportividade underground
Eu underground
Você... não, você não
O Magnânimo... absoluto 

segunda-feira, 8 de julho de 2013

De mim, um viciado e dela


De mim, um viciado

Como se não fosse, sou
Faço que sou, mas não sou
Como se não estivesse, estou
Faço que estou, mas não estou
Acabo indo, mas volto
É que “há uma pedra no meio do caminho” (coisa mais idiota)
Mas... estarei sempre ali, por inteiro, com virtudes e defeitos
Precisando, é só estalar o dedo
Pois que estender a mão é minha compulsão

Dela

Era uma nação com vocação de ser grande, ser marcante
Era uma nação com um povo sorridente, ‘pacificante’
Mas aí se deixou levar, se deixou conduzir por pessoas nefastas
Deu no que deu
Parece um causa perdida, pois que muito prostituída
Era uma terra idolatrada, idolatria que não dura uma vela, mas... vá lá
Diziam ser um gigante, mas gigantes não ficam eternamente deitados, logo...
Uma nação onde o bem e o mal se potencializam, bem como o belo e o feio
Quintessência da belezura natural
Quinta categoria na ética e na moral 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Que seleção o que moço!

O que há de mais arcaico, retrógrado, quinto-mundista do que sentir-se representado pela seleção brasileira “de futebol”?
Não, aqueles jogadores não são a seleção brasileira. Desculpe minha petulância, mas eles são a seleção brasileira dos jogadores de futebol do país, aliás, todos muito bem pagos, vários com a mente bitolada, bem pouco esclarecidos e, via de regra, desconectados dos momentos da nação.
O Ronaldo “Fenômino” , por exemplo, falou que uma copa não se faz com hospitais. Hã hã.
Eu fui e sou um desportista, torço pelo time e gostaria do sexto título mundial (desde que não disputado aqui).
Mas... essa seleção não é a seleção de pessoas que representam o país. É apenas um grupo de desportistas que praticam um esporte. Ponto.
Eles não são meus representantes e, por certo, também não da nação. Eles representam uma modalidade esportiva do país. Ponto.
Lembrando que essa seleção (de jogadores de futebol) é um velho instrumento dos poderosos para desviar a atenção dos reais problemas da nação. Coisa que vem da década de 50 do século passado.
Agora mesmo o Renan Calheiros, que todo mundo pede que saia da presidência do Senado, usou um avião da FAB para ir a uma festinha de casamento e ainda fala que o presidente tem direito a isso. Escárnio.
Tudo bem, “somos” campeões da Copa das Confederações.  
E vamu que vamu.


Um patriota apátrida (por autobanimento)

terça-feira, 2 de julho de 2013

Morreu!

Morreu! Morreu a esperança.
Quem foi que disse que ela seria a última a morrer?
Não. Não verifiquei isso.
Ela já morreu e eu estou aqui ainda, em pé.
Em luto, luto. Luto a luta dos que querem prevalecer, dos que não querem sucumbir, dos que não querem compactuar.
Em luto, luto. Luto a luta na certeza, que é o que me restou, já que a esperança me deixou.
Certeza não sei bem de que, mas estou certo de que não compactuarei.
Não tenho preço.
Pão e circo? Não.
Não quero a copa aqui.


Um patriota apátrida (por autobanimento).