sexta-feira, 27 de junho de 2014

Do mundo

Sou um cidadão apátrida. Não é minha pátria a pátria que me pariu.
Não tenho pátria, tenho mátria, a Mãe Terra (Francisco de Assis).
Sou um cidadão mundano (?), do mundo, esse mesmo que Deus amou.
Xenofobia zero. Se permitida, a teria de americanos e europeus, mas não pode, então...
Tenho algo a dar, mas muito a receber.
Algo a ensinar, mas muito a aprender.
Algo a relevar, mas muito a questionar, desde as religiões, à moribunda democracia e à maldita economia capitalista. 

Se aprecio a ditadura? Sim, desde que a “ditadura” do amor, oras, o amor não leva desaforo pra casa, ele se resolve ali mesmo, na hora do pega, que, apesar de frágil é forte, que quando insignificante faz-se imprescindível, quando aparentemente dispensável é o único que pode resolver esse mundo.

Ornitorrinco Madiba

domingo, 22 de junho de 2014

Que líder o que!

Engana-se rotundamente quem acha e preconiza que o Nazareno Distinto escolheu, formou e enviou líderes quando esteve fisicamente entre nós.
Uma leitura desapaixonada e desinteressada de sua história demonstrará isso.
Esse negócio de líder pra cá, líder pra lá, já deu hein!
Ô raça difícil de lidar que é essa raça de líderes! Eles se acham!
Sei que é estranho, mas direi: Não. O mundo não precisa de líderes!
Digo isso porque já foi dito: O mundo precisa de líderes, seja ele anjo ou demônio.
Voltando ao Nazareno Distinto, que alguns adoram destacar como um grande líder, ele chamou alguns pescadores, um publicano corrupto, alguns outros sem a menor expressão, inclusive com falhas de caráter e com essa turma mudou o mundo enviando-os a ministrar, que nada mais é que servir, às pessoas.
Não tem esse negócio de líder. Tem sim serviço, muito serviço. O Próprio comparou-se a um diácono, que é aquele que serve.
Líder precisa de reconhecimento, de poder (?), de influência, de hierarquia, de privilégios, de destaque, de autoridade (?), coisas que o Nazareno Distinto nem de longe ofereceu a seus seguidores. Ele ofereceu serviço, muito serviço.
Então, quem vai?


Ornitorrinco Madiba

sábado, 7 de junho de 2014

Enquadrado

Levei uma enquadrada hoje que estou até agora sem rumo.
Eu chego hoje pela manhã em casa depois de um compromisso e estão minha esposa, minha filha mais nova e meu netinho (6 anos) em casa.
Assim que chego meu netinho me pega pela mão e me leva para a lavanderia e pede que eu feche a porta e começa a me falar que havia visto um acidente de moto.
Eu vi que ele estava meio impressionado.
Ele continua dizendo que o cara da moto estava com a cabeça e com as mãos protegidas e que não tinha se machucado muito.
Eu ali dando toda a atenção pra ele e participando daquele momento, quando ele olha nos meus olhos e me pergunta porque eu não tinha protegido minhas mãos quando eu caí da moto?
Eu quase caí pra trás.
De fato, em outubro de 2013 eu levei um escorregão na marginal Pinheiros sob um sol de uns trinta e poucos graus e detonei minhas mãos por estar sem luvas.
Eu tentei explicar pra ele que estava muito quente, mas ele insistiu dizendo que “não... tem que proteger as mãos”.  
“Então tá, o vovô nunca mais vai andar sem luvas.”
“Então tá bom.”
Me deu as costas e voltou pra dentro da casa.
E eu fiquei com cara de tacho.
Acho que anjos agem assim.