sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Da religião

Não, não, não, mil vezes não.
Jesus não tratou de religião.
Religião precisa de ídolos, de líderes, de dogmas, de estrutura física e organizacional. Pois bem, não há nessa terra alguém que possa apontar alguma fala de Jesus que ampare essas questões.
Não que a religião seja intrinsicamente má. Não é, muito por conta das pessoas que a praticam, especialmente aquelas que estão na parte inferior da pirâmide hierárquica. Não é. Tornam-na assim. Seja por jogo de interesses, seja por proveito pessoal, seja pelo domínio do outro, seja por esoterismo, seja pelo medo do desconhecido, seja, enfim, pelo vazio no coração do homem.
Jesus não foi ídolo, não foi líder, não estabeleceu dogmas nem estrutura física ou organizacional para seus seguidores.
Direi novamente: na proporção exatamente inversa a uma vida de profundidade com Deus é o quanto as pessoas precisam de um líder. Ou de um ídolo. Ou de dogmas.
Dogma não é coisa só de católico não. Crente também adora um dogma: predestinação, livre arbítrio, riqueza como bênção divina, autoridade centrada no homem, proibição de se tocar no “ungido” de Deus (seja lá o que isso signifique).

Encerrarei com uma citação que um querido amigo me fez relembrar: “Se todo homem sobre a terra se tornasse ateu, isso não afetaria a Deus de modo algum. Ele é quem é, sem acatar qualquer outro ser. Crer nele não acrescenta às suas perfeições, duvidar dele não tira dele coisa alguma.” A. W. Tozer

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Será que dá?

Gente! É preciso entender que a democracia já deu. Já era. Faliu, acabou-se, escafedeu-se.
Do que os brasileiros estão tratando? Estão tratando de colocar alguém lá, seja quem for, que vai manter o desejo dos poderosos. Isso não é conversa de revolucionário. Essa minha fasezinha já passou, faz tempo.
Que opção então? Por exemplo, colocar alguém, de comum acordo, que faça a divisão dos impostos.
Não precisa nem mexer com os ricos. Deixa os ricos com o dinheirinho deles. É só pegar o volume de impostos e dividir. O problema é que nem isso os ricos querem, o que somente Gênesis 1 e 2 explicam.
Mas se é colocado alguém lá que não quer levar vantagem, nem para si nem para os seus, alguém honesto, alguém que mantenha a palavra, que pense no interesse do outro, alguém honesto, alguém com discernimento, que saiba falar e se comunicar, que caia na graça das pessoas, alguém honesto, alguém carismático e trabalhador, que tenha autoridade e coerência, alguém honesto, a coisa pode até se ajeitar.
Se for o caso pede um prazozinho maior para os credores internacionais e para os banqueiros nacionais, não é calote, a gente paga, só precisa de um prazo para colocar a casa em ordem.
Mas, na boa, a questão não é essa pessoa. A questão refere-se às pessoas. Enquanto as pessoas não mudarem, não tem jeito. Os ricos, porque não querem que os que estão embaixo subam, os que estão embaixo, porque querem subir a qualquer custo, religiosos inclusive. Aí não dá. Não há democracia que dê jeito.