terça-feira, 30 de junho de 2015

Sei lá...

Não sou dono de ninguém, ninguém é dono de mim.
Não tutelo ninguém, ninguém dá tutela a mim.
Rio na cara de quem acha que pode me enquadrar.
Não sou anarquista, capitalista, socialista ou comunista.
Não sou de direita, de esquerda, nem centrista.
Não sou líder de nada, ninguém está sob mim.
Não cubro ninguém, ninguém está sobre mim.
Mas sou visceral, se preciso, vou às vias de fato por amigos meus.
Não sou seguidor dessa profusão histérica que a tudo e a todos quer intitular.
Já fui judoca, mas não sou pugilista, nem do verbo, que o que estou vendo não passa de pugilismo retórico (desse doente do Malafaia).
Não sou músico, cantor, poeta ou escritor.
Daqui a dois anos serei administrador.
Será? Não, não é a faculdade que faz de alguém, alguém.
Se tenho autoridade sobre mim?
Tenho: Deus, Seu Filho, a bíblia e a polícia.
Não acredito na democracia.
Não tenho partido, não tenho candidato, não é por essa gente que sou representado.
Eu me represento a mim mesmo.
“Nessa estrada só quem pode me seguir sou eu”.
A liberdade é isso: eu te aceito como você é, você me aceita como eu sou.
Ninguém tem toda a resposta, não se atreva.
Uma proposta: entre os dois caminhos, entre pelo apertado, não se esqueça. Quem disse não fui eu. Se estão te falando o contrário, o azar é todo seu.

Sou todo família. É o que há. É o que fica. É a minha prosperidade. É a minha sina.

domingo, 21 de junho de 2015

Teologia de calçada 4 - A eloquência da sarça ardente

Há muito mais ali do que uma arvorezinha em chamas que não se desfaz.
É elementar o conhecimento de que fogo na madeira a consume quase que instantaneamente e quase que por completo.
O que estaria o Magnânimo querendo demonstrar ali?
Difícil reposta.
Há, contudo, nuances que se podem destacar:
Objetivas
-       O completo domínio de Deus sobre a natureza
-       O Seu completo conhecimento e manipulação do microcosmo com seus átomos e quarks
-       A demonstração de que a natureza está sujeita à Sua vontade
-       O exercício de sua Soberania sobre o plano material
-       Que as regras e leis da física não enquadram Deus
-       A percepção de que as leis naturais não são absolutas quando diante do Divino, pois que absoluto só Ele

Subjetivas
-       A contradição da lei da hierarquia em que os mais fortes dominam sobre os mais fracos (tão presente na religião) pois que o fogo (mais forte) não prevaleceu da madeira (mais fraco)
-       A preferência pelo Divino do mais fraco pelo mais forte, como o Nazareno viria demonstrar 2.000 anos depois
-       Que o batismo com fogo, executado pelo mesmo Nazareno, não suprime a personalidade do batizado 
-       Que essa imersão no fogo divino deve resultar em brilho, não em cinzas
-       Que Deus não se deixa encaixotar pelas regras humanas
-       Que se havia fogo, tinha que haver ar. Ar em movimento é vento. E vento não se encaixota, pois que não seria mais vento.

Enfim, grande Deus o Deus da bíblia 

sábado, 20 de junho de 2015

Tentando explicar a geringonça

 Um comparativo entre a época áurea do futebol e o atual.

Lá, os times queriam ganhar
Cá, os times não querem perder
Lá, tínhamos boleiros
Cá, temos atletas
Lá, a bola corria
Cá, é uma correria só
Lá, domínio da pelota
Cá, quanto mais longe melhor
Lá, criação
Cá, marcação
Lá, Pelé, Garrincha, Gerson, Rivelino, Tostão, Zico, Falcão, Romário, Rivaldo, Kaká, Ronaldinho, Ronaldo...
Cá, Neymar
E assim vamos
Mundiais
De 58 a 70 - Brasil 3 títulos
De 74 a 16 - Brasil 2 títulos
De 74 a 16 – Alemanha 3 títulos, Itália 2 títulos, Argentina 2 títulos, França 1 título, Espanha 1 título
Quando nos convenceremos de que não somos mais o país do futebol?     

sábado, 13 de junho de 2015

Quem mesmo?

Quem é você? Quando quase ao toque, escapa. Quando quase à vista, desvanece.
Quem é você que se impõe qual ditadura e que justifica as mais insanas ações?
É possível vislumbrar-te na efemeridade das redes sociais, na exaustão das selfies.
Seus defensores dizem: o importante é ter você.
Mas, quem é você?
De parte, você se transformou no todo, de meio você se transformou em fim, o objetivo máximo daqueles que não sabem para onde vão.
Seus defensores dizem: onde você não está não é um lugar para se estar.
Hedonismo é a sua cama, seu jardim.
Imediatismo é a sua cara, seu modo de operar.
Barganha é a sua marca, nunca dar sem receber.
Materialismo é o seu valor, o intangível seu demônio, que você estremece com aquilo em que não se pode tocar.
Por ti vale tudo: o sexo barato e sem compromisso; o suborno que garante o futuro; a mentira que posterga uma situação, oras! o que vale é o momento.
Por ti vale tudo: o senso de domínio sobre o outro; a violência em toda forma como meio de descarregar o estresse.
Quem é você que propõe essa catarse em nome de uma quimera que nunca chega? Pois você promete mas não entrega.
Você não se deixa encontrar, é da sua natureza, até porque quem te conhecer verá que você não é tudo isso que diz ser.

Bem aventurado quem fugir de você.   

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Lógica insana

Há uma lógica insana na postura da cristandade moderna (seja lá o que o termo signifique).
O fato é que existe uma organização moderna que se diz representante da igreja de Cristo.  Uma organização estruturada como uma empresa baseada em uma hierarquia piramidal, que tem receitas e despesas e um espaço físico (portanto, fixo. E imaginar que o Deus de Moisés não queria a construção de um templo!!! A transitoriedade do Tabernáculo era propósito divino!!! Mas... essa é outra questão) onde ocorrem suas ações, considerado como um lugar sagrado.
Assumindo que essa organização seja representante da igreja, tem-se que ela contradiz o modo de agir daquilo que diz representar quando para contestar o padrão de filosofia e vida daqueles que estão fora da organização recorre aos mesmos meios deles, ou seja, quer fazer-se representar ora por meio de leis ora por meio de ações contra essa leis ou contra o modo de ser deles.
Estou a dizer que o “enfrentamento” (sem sentido bélico aqui) para questões como o homossexualismo não pode se dar na base do estabelecimento ou não de leis, ou de ações contra campanhas como essa da Boticário. Coisa mais infantil. Esse senhor que está convocando essa campanha contra a campanha publicitária é uma criança, como crianças são os que lideram as igrejas e a nação. Crianças... que agem com base no revanchismo, no quanto podem prejudicar esse ou aquele, que estão preocupadas com seus próprios umbigos. Vejo crianças liderando a nação, seja no plano político, seja no plano religioso.
Os líderes religiosos demonstram que dependem da agenda secular para estabelecerem a sua. Parece que ficam aguardando o próximo passo da sociedade para então estabelecerem o seu. Coisa de quem não tem noção de para onde está indo e que só reage ao que lhe é proposto. Coisa de quem não tem noção do eterno e que se deixa envolver por questões transitórias dessa terra, aliás porque valorizam muito essas coisas (dinheiro, fama, destaque, autoridade). Bem por isso essa organização não consegue dialogar com a sociedade, sendo mesmo irrelevante, pois suas bases são as mesmas. Essa organização não consegue propor à sociedade um caminho, pois ela própria está sem saber para onde vai, ocupando-se das mesmas coisas que aquela.
Contudo, há um remanescente. Na hora certa será levantado. Espero estar vivo para ver como ele agirá.