segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Do direito à paternidade


A quem assiste esse direito? Ao homem maduro, casado e que acha que pode ter um filho? Ao imaturo, solteiro e que acha que pode “fazer” filhos sem o contexto familiar? Ao casado e que acha que pode “fazer” filhos em mulheres que não são suas esposas? Ao casal de homossexuais que acha que a criança pode ter dois pais?
Não. Esse direito é da criança, por paradoxal que possa parecer.
Crianças precisam de pais.
Amigos elas terão na escola, no esporte, na faculdade, nos passeios. De seu progenitor elas precisam que eles sejam pais, entendendo que uma de suas mais importantes missões e fazê-las amar e respeitar suas mães, dando-lhes um lar equilibrado e pacífico, aonde as crianças possam estar seguras de retornar a cada dia e saber que encontrarão um lugar de paz, um ninho, que é o cheiro que elas devem exalar, não o das creches.
Diz o livro sagrado que “há amigos mais chegados que irmãos”, mas não há amigos mais chegados que pais.
A paternidade é a sublimação da amizade. Um pai até pode ser amigo, mas há que ir além, pois importa ser pai.
Pode ser que um pai não possa dar todos os bens materiais que um filho necessite, isso nem é o que conta, mas ele tem que dar presença, acompanhamento, acessibilidade, correção, disciplina, exemplo, proteção, provisão do básico.
A paternidade é tão divina que a maior qualificação que o homem pode ter é a de ser filho de Deus. Ninguém enfrentará as forças inimigas baseado em títulos humanos: pastor, padre, bispo, apóstolo, reverendo, majestade, ilustres eminências pardas. À condição de filhos de Deus o inimigo se retira, até porque nunca conseguirá sê-lo, diferente das outras.
Voltando à terra: Pais: não conversem no mesmo nível com seus filhos, eles precisam saber quem é que manda. Saibam dizer não. Não deem tudo o que eles querem, mesmo porque pais abastados não têm conseguido viver a paternidade a pleno, cujo contraponto é verdadeiro, ou seja, a penúria é pressuposto para a excelência, não a miséria ou pobreza extrema, mas a luta por conseguir as coisas é uma ótima escola para os filhos. Cuidado com os jogos eletrônicos, eles são inimigos de seus filhos e não contribuirão para a formação deles.
No mais, curta, curta muito. De quando criança é bom e lindo, mas quando adultos é demais ter o respeito, a consideração, o amor, a honra, a parceria, a cumplicidade, a gratidão, o que só se colhe quando se planta de criança.

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Há vida fora da eletrônica

Em uma reunião com alguns pastores e líderes de adolescentes em que estávamos preparando um currículo para o trabalho com eles (os adolescentes), defendi a ideia de que não precisa muito não. Eu me converti adolescente, e lá se vão 40 anos, e o que experimentei lá me sustenta até hoje, como ao meu casamento e paternidade.
Bíblia, testemunho de vida, música, Espírito Santo, trabalho social e mais uma ou outra coisa, como atividades afins e apropriadas à idade.
Fui contestado por um dos presentes, homem já maduro e formado, dizendo que as épocas são diferentes, tem a questão da internet e coisa e tal e lousa e mariposa.
Eu sou usuário da tecnologia eletrônica há muitos anos, mas não sou um geek, esses caras aficionados pela eletrônica. Tenho dois filhos que vivem dessa tecnologia, mas ATENÇÃO: há vida fora da tecnologia eletrônica.
Nós temos que ter a sabedoria e a coragem de falar e mostrar isso para essa geração. Evidente que me dirijo aos que estão de fora.
Há casos, como em outras áreas da vida, que os usuários, de todas as idades, estão se tornando doentiamente dependentes do negócio, especialmente no caso dos smartphones, dependência que remete aos usuários de drogas.
Sabedoria e coragem para tirar essa meninada do buraco em que estão se metendo, muito por conta dos jogos eletrônicos, que tira delas a capacidade de raciocinar criticamente, de refletir abalizadamente, de responder e corresponder às situações que se impõem.
Quem vai?