segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Corrupção - uma doença mental

O corrupto é um doente mental. Eu sei que é forte, mas tentarei me explicar.
Veja: o uso do crack está sendo encarado como um caso de saúde pública.
Por quê? Porque o usuário chega a um estágio de dependência que passa a fazer uso da droga por compulsão, ele não tem mais domínio das suas ações, o que redunda em uma doença tão física quanto mental.
O corrupto tem essa mesma compulsão. Ele não consegue se dominar e vive de tramar como pode ganhar dinheiro de forma ilícita.
É impressionante!!! Eles não têm domínio sobre essa ânsia de ganhar dinheiro fraudulentamente.
Há algumas explicações:
- O corrupto acha que tem direito de roubar, pois muitos estão “levando o seu”, então ele também pode.
- O governo “rouba” muito então ele também pode.
- O importante é ser feliz, a que custo for.
- Se o preço a pagar é tomar alguns anos de cadeia, pra ele está tudo bem, ele aceita.
- O corrupto chega a achar que seu “ganho” é provisão divina.
- Ele não tem o menor escrúpulo em agir mal, não lhe importa as convenções morais.
- O corrupto desenvolve uma dupla personalidade, ele é um no convívio social, mas outro nas entranhas do malfeito, muitas vezes até extremamente violento.
- Ele se acha muito esperto e que o crime compensa.
- Muito da motivação do corrupto é garantir o futuro da prole.
- A corrupção faz o corrupto sentir-se onipotente, na verdade, esse é um efeito que o “dinheiro” produz nas pessoas.
- Parece que há uma concorrência entre eles pra ver quem “bola” a forma mais inusitada de ganhar dinheiro fácil, tipo um campeonato ou um torneio.

Quando digo que o corrupto é um doente mental não estou diminuindo a sua culpa. Pelo contrário, acho que o caso é tão grave que ele deve ser internado, no caso, encarcerado sem apelação, sem habeas corpus, sem progressão de pena, com a perda de tudo o que afanou e por longos períodos.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Sem presunção


Não presuma. Fará bem pra você e para o outro.
Casei com uma mulher maravilhosa e combinamos com isso, e assim ensinamos nossos quatro filhos a serem e agirem dessa forma também, então, você pode contar com pelo menos seis pessoas que não presumirão a seu respeito.
A que presunção me refiro?
A essa presunção de achar que alguém ao passar por algum perrengue é porque ele está em débito com algo, na terra ou no céu. Isso é odioso, uma excrescência, além de muito feio.
Então se algo dá errado, ou não muito certo na vida daquela pessoa, é porque ela está errada?! Não!!!
Pode ser em relação à saúde, ao emprego, ao dinheiro, ao “amor”, enfim, é uma infinidade de situações que provocam o juízo daqueles que se acham um pouco superiores aos demais para tascar um veredicto: “há algo errado com aquela pessoa”.
Algo aconteceu que não deu muito certo, logo vem o julgamento: “ele está com algum problema”, seja de ordem moral, espiritual, familiar, ou o que quer que seja.
Não é assim, pelo menos, eu os meus cinco não agimos assim.
Coisas podem acontecer que fujam do controle, às doenças todos estão sujeitos, o “amor” por vezes é traiçoeiro, então, não presuma e, por favor, não pronuncie um julgamento assim de forma tão açodada, sem saber as reais condições que levaram aquela determinada pessoa a estar passando por uma situação difícil.
Conte comigo e com os meus, assim como espero contar com você quando passar por alguma situação difícil.

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

Público/Privado

Qual é a linha que divide o público do privado?
Quem sustenta um e outro?
Quem mantém um e outro?
A quem se destina um e outro?
Qual a razão de ser de um e outro?
De onde vêm os recursos de um e outro?
Afinal, não é tudo feito em nome do povo, da população, das gentes, dos povos?
O que dá peso, força e substância ao negócio é o consumo, e o consumo não se mantém quando se considera somente a parcela de cima. Eles gastam muito, mas, proporcionalmente, muito menos que a grande massa.
Assim, a razão de ser do negócio privado é o povo.
Desnecessário dizer que a razão de ser do negócio público também é o povo, embora os dominadores não pensem e não ajam assim.
Se assim é, há um desequilíbrio na parada toda. O privado não pode reter tanto, até sob o risco de entrar em colapso.
Se assim é, o (setor) público não pode entender que existe para si.
Um e outro existem para o povo, para a população, para as gentes, para os povos.
Nada contra uns terem mais. Se é inteligente, honesto, sabe fazer dinheiro e é trabalhador, nada contra.
Fato é que a coisa vai colapsar.
A violência pública, seja a brasileira seja a internacional, dá mostras disso.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Eu e a moto

Não sei quem possui quem, seu eu a ela ou ela a mim.
O que sei é que somos cúmplices, até o limite extremo.
O vento... ambos sentimos, de cara, na cara.
Se ela toma chuva, eu tomo.
Se ela sente calor ou frio, eu sinto.
A terra e o barro grudam igualmente em nós.
Os perigos, estamos ambos na berlinda.
Parada, eu a sustento.
Em movimento, ela me carrega, com o sol, a lua e as nuvens como companheiras sob o olhar atento e cuidadoso do Divino.
Se gasto dinheiro com ela? Sim, contudo, menos do que gastaria com um terapeuta.
Tenho a nítida sensação de que a moto é um ser vivo, pois qualquer pancada me dói na alma.
E a liberdade?
Que outro veículo tem como combustível não o derivado o petróleo, mas o vento?
Que outro veículo te leva lá no ponto exato aonde você quer ou precisa ir?
Que outro veículo te faz parar na frente do comércio pra comprar o que você precisa?
Que outro veículo te liberta do congestionamento?
Que outro veículo te instiga tanto a injetar adrenalina nas veias? E haja adrenalina, especialmente na chuva com carros, caminhões e ônibus do seu lado.
A gente não é sabão, mas é cada escapada que a gente dá!!!
Que outro veículo te expõe tanto? Sim, em cima dela você é o que você é, não adianta nem encenar.
Que outro veículo te faz arrancar um aceno de uma criança com cara de espanto misturada com admiração?
Que outro veículo transforma ilustres desconhecidos em amigos do peito?
Que outro veículo te transforma em parte da natureza?

Eu e a moto. Compre uma.  

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Esse Cordeiro

Da volatilidade das emoções e convicções nasce a ânsia por estereótipos.
A humanidade não sabe caminhar a não ser dirigindo-se por regras, costumes, padrões, paradigmas que acabam transformando-se em estruturas muito bem elaboradas, alicerces inabaláveis, também conhecidos em parte como moral de um povo, que é construída pelos seus costumes e que pode ser boa.
Bem verdade que alguns desses parâmetros são valiosos, aproveitáveis, até virtuosos. Eles não são intrinsecamente maus e descartáveis, embora, extremamente susceptíveis à frigidez.
Fato é que o Nazareno colocou tudo por terra. Não há quem consiga sistematizá-lo, enquadrá-lo, defini-lo.
Raramente Ele era objetivo em suas respostas, quando, sequer, as respondia. Via de regra, respondia as perguntas com outra pergunta, ou então respondia com uma resposta totalmente fora do assunto.
“Ouvistes o que foi dito... mas eu vos digo”. Que petulância. 
E o ladrão? “Hoje estarás comigo no paraíso”. Como assim? Mas e os cursos, os diplomas, os títulos?
“As prostitutas vos precederão”. Não! Para! Aí não né?
Incontornável. Inconcebível. Indefinível. 
E quando ele desceu o reio nos comerciantes do templo? Como interpretar isso? Há quem queira alegorizar, espiritualizar. Mas não dá.
Indomável. Fortíssimo. 
Eu Sou o caminho, a verdade e a vida!!! Quem jamais ousou tamanha convicção?