sábado, 17 de novembro de 2012

A desubstantivação de Deus

Só para contrapor o gênio do cabelo desgrenhado, “não, nem tudo é relativo”.

Está em curso um movimento que procura desabsolutizar Deus.
Que isso ocorra no meio secular, é esperado.
O fato é que esse movimento quer se instalar no meio da igreja.
Deus está deixando de “Ser o que É” para ser aquilo que as pessoas querem que ele seja.
É um processo de adjetivação de Deus.
Assim, para uma pessoa carente, Deus será amor.
Para uma pessoa ofendida, agravada, injuriada, Deus será justiça.
Para uma pessoa esotérica, Deus será a luz.
Para uma pessoa próspera, Deus será fiel.
Há aqueles que veem em Deus a felicidade, ainda que tenham que submeter-se à ditadura da felicidade, porque “o importante é ser feliz”, não importa a que preço.
Na mesma onda, há o processo negativo.
Isto é, para uma pessoa democrática, Deus será dispensável.
Para uma pessoa que não entende a vida, Deus será inexistente.
Para o que sente a dor dos menos favorecidos, embora não faça nada a respeito, Deus será injusto.
Há dezenas de centenas de anos, Deus apresentou-se como “O que Sou”.
Tempos depois, o Nazareno apresentou-se assim também.
Bem verdade que Ele próprio (o Nazareno) adjetivou-se. Mas Ele pode tudo. Ele pode, por exemplo, dizer que “não veio trazer paz, mas espada”!
Deus do céu! Quem na terra entende o que Esse Homem quis dizer?
Chegará o tempo em que quando aqueles que creem em Deus forem questionados em que Deus creem, eles simplesmente responderão que creem em Deus. Ponto.
Deus é Deus. Ponto.
A bíblia aponta para esse Deus. Embora em um determinado contexto, ou vários, a adjetivação seja válida, Deus é Deus. Ponto.