segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Do casamento

Do casamento

Por que, oras!, casamentos acabam?
Por que duram tão pouco? Um, três ou cinco anos?
Por que duram mais - dez, vinte ou trinta anos - e acabam?
Diz a tradição que aqueles canalhas fariseus que queriam pegar o Rabi em alguma contradição pediam divórcio até se não gostassem do tempero de suas esposas!!!
Bem. Há resposta? Não sei, mas tenho alguma opinião sobre.
Parece que as pessoas se casam com o corpo do outro, entendendo por corpo não só o que diz respeito ao campo sexual, senão que à completude do que o corpo significa e representa, ou seja: inteligência, capacidade de ganhar dinheiro, gostos, saúde e afins.
Quando as qualidades do corpo, sexuais inclusive, não atendem mais a uma das partes, o caminho que se segue é a separação.
Ainda que haja respeito e consideração entre as partes, as coisas relacionadas ao corpo parece que se sobrepõem e determinam o rumo do casamento, derivando inexoravelmente para a separação.
Há casos, óbvio, em que a separação parece ser a melhor opção, como os casos de violência e traição como prática reiterada, crônica e incorrigível de comportamento.
Mas a considerar que sob o amor há (pelo menos deveria haver) uma aliança que lhe sustenta (ao amor), há muito que se possa fazer para ajustar a coisa toda.
Destaque para um ponto: filhos não podem ocupar o lugar dos cônjuges, sob pena de fortes abalos no casamento. O melhor que pais podem dar aos seus filhos é se amarem, guiados pela aliança assumida. Dinheiro e bens, quando conquistados licitamente, são bem vindos, mas não superam em importância ao respeito e consideração que os progenitores devem ter, manter e “demonstrar” (imprescindível).
Acho que é isso.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O cristão

O cristão era pra ser a pessoa mais fantástica da terra.
Alguém que não vive para o próprio ventre, que está sempre preocupado com o outro e sempre disposto a ajudá-lo.
Alguém fiel às pessoas e às causas. Honesto, que pode ser colocado para cuidar do dinheiro dos outros que não pegará o que não é seu e que faz um bom trabalho ainda que ninguém esteja vendo.
Alguém que, a despeito das características de personalidade de cada um, é de fácil trato. Alguém que não pisa nos outros querendo impor-se a qualquer custo e que não faz acepção de pessoas sob nenhum critério.
Alguém que não mente, ainda que sob prejuízo pessoal.
Mas aí veio uma série de doutrinas e posicionamentos que deturparam a coisa toda.
Coisas como: você é filho do rei e tem direito ao melhor da terra; você foi colocado por cabeça e não por cauda; você faz parte de um povo eleito; a execrável doutrina da prosperidade que bagunçou tudo na cabeça do cristão fazendo-o amar o dinheiro; uma filosofia de barganha com o divino; uma sincretização da fé com a valorização de objetos e prédios; a judaização da fé com a importação de usos, costumes e símbolos do judaísmo; que o importante é ser feliz (a que custo for); a importação de práticas do mundo secular para dentro da igreja, especialmente para tentar atrair os jovens; que a doença é sinal de pecado e você não pode ficar doente.
Uma pena. O cristão poderia ajudar muito o mundo.

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Eu confio em Nosso Senhor


‘Eu confio em Nosso Senhor com fé, esperança e amor’.
Essa era uma música cantada nas procissões e nas missas da velharada das 18:00h na matriz da paróquia onde morava.
Era cantada à capela (só vozes). Lindo.
Quando me converti, há 43 anos, eu pedi um violão pra minha véinha sagrada. O meu dinheiro eu dava todo ele pra ela.
Ela comprou um desses bem baratinhos. Meus dedos chegavam a ficar em carne viva, tão duro que era, mas foi nele que aprendi, ainda com 14 anos.
Bem, um amigo me disse que a gente recebe dons e que os dons têm que ser compartilhados. Então, passei a tocar na missa das crianças às 8:30, dos jovens às 10:00, no orfanato às 17:00 e por várias vezes saía correndo daí e ia para a matriz para tocar na missa das 18:00.
O tempo passou. Toquei em muitos lugares. Praças, escolas, asilos, conventos, seminários, acampamentos, ruas, casas, clubes, roças, salões, e igrejas, muitas igrejas.
Por uma conjunção de fatores, nunca toquei música secular, nada contra (ou... alguma coisinha), mas nunca toquei.
Em 2018, sentado à mesa com dois dos meus filhos, em agosto, um deles me perguntou o que eu iria querer de presente do dia dos pais.
Não vacilei: se vocês dividirem, eu quero o Logic Pro X. Um poderoso e caro software da Apple que simula um estúdio. Na hora eles concordaram.
Como sou autodidata e gosto de fazer as coisas sozinho (isso às vezes não é muito bom) fui tentar dominar o bicho.
Está saindo alguma coisa.
A bateria é sampler do software. O baixo é timbre do software, mas tem que ser executado. O violão de nylon eu tenho um bem bom agora, da Yamaha, coisa fina. A guitarra ganhei do meu genro. O teclado também é bem bom, um Kurzweil com 6 oitavas com o qual executo os pianos e sintetizadores. A voz, bem, quanto à voz, não há muito o que fazer, é isso que taí e é o que tem pra hoje.
De qualquer forma, estou compartilhando o dom que recebi.
Estou compartilhando uma música hoje. Virão mais. Espero de alguma forma acrescentar algo à vida dos amigos.

https://www.youtube.com/watch?v=3PYzt-jAxcw&feature=youtu.be&fbclid=IwAR2c7kUK3Rb6mlYAuGl9sfX_3FClQdHmI7H0Jaw4ujI3Zh-bgnT2ElOOPL0