terça-feira, 29 de setembro de 2020

Quem é esse?

Quem é esse que se move estando parado, e em parado está se movendo?
Quem é esse que faz o silêncio falar e no barulho se faz ouvir?
Quem é esse que não tem limites, mas que respeita a limitação de cada um?
Quem é esse que tudo pode e nesse poder espera?
Quem é esse que pode matar, mas que prefere salvar, que, em julgando, pode condenar, mas que prefere recuperar?
Quem é esse que, rejeitado, não se ausenta e que mantém da vida a essência?
Quem é esse que, desconhecido, está presente, que da apresentação distorcida lamenta, buscando até o último instante o carente?
Quem é esse cujo modus operandi é o amor, que não culpabiliza e nem taca o terror?
Quem é esse dono dos raios e trovões, e da brisa suave?
Quem é esse dono do macro e do micro, do mastodonte extinto e do mico-leão-dourado quase extinto?
Quem é esse dono das cachoeiras, mas que vê cada lágrima de alegria ou tristeza.
Diga lá, quem é, quem é?