quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Amar

Verbo transitivo direto - Quem ama, ama algo ou alguém.
Amar é mais do que gostar, do que sentir algo de bom, ou um sentimento gostoso, como é o caso dos que se apaixonam.
Amar é mais do que querer bem, do que ter prazer na companhia do outro, do que desfrutar momentos de intimidade.
Sem querer ser reducionista, há algo que põe por terra qualquer tipo de amor, isto é, que desqualifica o amante. O nome disso é respeito, ou no caso, o desrespeito.
Eu não amo, se eu não respeito, cuja contrapartida é quase que totalmente verdadeira, ou seja, se eu respeito, eu amo.
O amor não pode estar restrito a si (amar-se a si é uma distorção emocional não validada pelas sagradas escrituras), à família, à tribo ou ao ambiente religioso, nem tampouco só a Deus. Está escrito: ‘quem diz que ama a Deus a quem não vê e não ama o irmão a quem vê, é mentiroso’.
O respeito tem o poder de transformar o amor em algo concreto, viável, consistente, real, tangível. O respeito valida o amor.
Quando eu respeito o outro eu não o leso, não o trato mal, não o difamo, não o menosprezo, não o desqualifico, não o JULGO, não o condeno.
Quando eu respeito o outro eu não o roubo, não o abandono, não o traio.  
O respeito transforma o sentimento do amor de passivo em ativo.
Quando eu respeito o outro eu mantenho a palavra, mesmo sob prejuízo pessoal, eu protejo, eu reconheço a limitação própria e se for o caso peço perdão por atitudes indevidas.
E, sobretudo, quando eu respeito o outro eu não preciso de regras e leis para me conduzir.
Deus é amor. Deus é respeito.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O que vale mais...

O que vale mais...

‘Tem algo de podre no reino da Dinamarca’ – Hamlet – Willian Shakespeare
Desculpa os constitucionalistas e democratas. De direita e de esquerda.
Essa constituição brasileira está podre.
Outrossim, o que vale mais: a constituição, ou o país que autoriza e dá sentido à constituição?
O país não serve à constituição. A constituição serve o país.
É facílimo para juízes falarem, do alto de seus vultosos salários, que a constituição tem que ser obedecida, preservada e tal e cousa e lousa e mariposa.
É uma verdadeira veneração que chega às raias da idolatria.
Fato é que entre mim e você que de repente está lendo isso aqui, de acordo com os números frios da estatística, um de nós não tem esgoto tratado em casa.
E as crianças sedentas do nordeste brasileiro? Escárnio, vergonha, ignomínia, acinte, um horror horrendo e horroroso.
Dirão os constitucionalistas: a constituição brasileira é uma das melhores do mundo. Baseado em que se afirma isso?
Dirão ainda: as leis estão lá. Tem que fazer cumprir.
Não. Eles não querem fazer cumprir. Pra eles está bom como está.
Não é que eu não queira uma constituição. Mas tem que mudar essa aí e colocá-la para servir o país, e não contrário.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Acumulativismo

Vou trair a causa e vou dizer: o capitalismo tem lá suas virtudes (???). O sistema econômico baseado na propriedade privada, que produz bens de consumo e os comercializa visando o lucro, tem lá sua razão de ser.
Não há um criador do capitalismo, como há do comunismo com o nefasto Karl Marx.
No entanto, o filósofo Adam Smith, ainda em 1776, conseguiu defini-lo em sua obra A Riqueza das Nações.
Bem, seja lá como for, acho que nenhum dos pensadores imaginava que o capitalismo daria tão certo. Aliás, não era para dar tão certo. Mas deu. E agora temos esse mundão que temos.
Em tempos de tantos ‘trans’ (temos agora até o trans-espécie: pessoas assumindo personalidade de animais), o capitalismo deu tão certo que evoluiu e transmudou-se.
O que temos hoje, no topo do sistema econômico, não é mais capitalismo.
O que há então?
Vou cunhar um termo novo aqui. O que há é o acumulativismo.
A ordem é acumular. Acumular a não mais poder.
Os números referentes aos acumulativistas são tétricos. Estarrecedores. Ignominiosos.
O capitalismo instiga o empreendedorismo, a propriedade privada, o lucro (com o senão de que o lucro, via de regra, vem da exploração da força de trabalho das pessoas), o comércio. Essas coisas, em tese, têm lá suas virtudes. A mim não me agrada, mas isso não quer dizer nada.
O drama fatal da história humana é aquilo em que o capitalismo se transmudou, o acumulativismo. Isso é terrrrrível. Horrível. Horroroso. Horrendo. Asqueroso.
E o Mestre falou tanto contra isso!!!
E o Mestre nos ensinou a aprender com os pardais. Em tempos modernos, insano.
Como lá, cá também Ele seria rechaçado.
Em tempo: caixão não tem gaveta. 

domingo, 2 de dezembro de 2018

Do dia de amanhã


O evangelho está recheado de mensagens contundentes.
Dentre essas várias mensagens, gostaria de destacar uma delas, a de que “não devemos nos ocupar com o dia de amanhã”.
Você conhece alguém que consegue viver essa mensagem?
Se sim, por favor, me apresente, eu gostaria de conhecê-lo.
Já parou pra pensar que tudo na nossa vida aponta para o amanhã?
O ocidental está preso ao futuro, ou seja, ao dia de amanhã. O ocidental não vive o dia de hoje. Ele faz tudo por causa do amanhã.
O corrupto vive em função do amanhã, em roubar e acumular para poder ter dias melhores e dar o mesmo à sua prole, ainda que o preço a pagar seja alguns anos de jaula.
Na mesma carruagem vai o capitalista, e mesmo o socialista. Eles acumulam a não mais poder, para garantir um futuro bom pra si e para os seus.
A ideologia é a mesma. O que difere é que um consegue acumular fraudulentamente, o outro, honestamente, mas a força motriz é a mesma.   
Acho essa dependência do futuro um tanto quanto opressiva.
Parece-me ser mais adequado à existência humana ocupar-se com o dia de hoje.
A felicidade não está tão longe assim, em algum lugar onde se pretende chegar num futuro distante.
O que vale é o hoje. Tenho “o que comer, o que vestir” e onde dormir? Está bom demais. Amanhã a gente vê como fica.   
Em tempo: sou ocidental, e se quiser, pode me xingar de capitalista, ou comunista, fique à vontade. Não é esse o ponto.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Lugar algum

‘Lugar algum’ é onde chegam os amantes da discriminação, e onde eles adoram chafurdarem-se, sob máculas rasteiras e tacanhas.
Aqueles que dividem a sociedade entre ricos e pobres, brancos e negros, homens e mulheres, héteros e homos, bem formados e ignorantes, Morumbi e Paraisópolis, Copacabana e Rocinha, Manhattan e Bronx, primeiro e terceiro mundo, europeu e africano, capitalista e socialista, árabes e judeus, ditadura e democracia, e, por fim, direita e esquerda.
Os sagrados Evangelhos, que contêm as divinas, imprescindíveis e indispensáveis palavras do Rabi de Nazaré, não contemplam NENHUM tipo de discriminação, nem a da classe sacerdotal e levitas (seja lá o que isso signifique), embora eles reivindiquem essa distinção. Palavras que insistem em deixar restritas ao meio religioso, quando já deveriam estar influenciando consistentemente os detentores do poder, se é que se pretende uma sociedade justa, igualitária, aberta, moderna, segura, saudável, educada, solidária, fraterna. Pense na virtude que quiser, ela estará nos Evangelhos.
'Lugar algum' é onde estamos.

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Do dinheiro


O dinheiro é um bem público, só está em mãos erradas.
Pense comigo: o que dá valor ao dinheiro?
Só há uma resposta: o pobre, isto é, aquele que tem menos dinheiro.
Pense comigo: donde vem a força, por exemplo, da Petrobras? Essa gigante do petróleo que fatura bilhões. Vem do consumo daqueles que têm menos dinheiro, porque se ela fosse depender daqueles que têm muito dinheiro, ela não venderia tanto assim.
O mesmo raciocínio vale para as grandes construtoras. Quem compra seus apartamentos? A classe que tem menos dinheiro. Os que têm muito dinheiro até compram casas caríssimas, mas poucas, em relação aos que têm menos dinheiro.   
Se todos fossem ricos, como eles se diferenciariam? Como se destacariam dos demais?
O que o dinheiro confere? O poder da exclusividade. De se morar onde se quer e distante de quem se quer. De se trabalhar nos melhores lugares, em oposição àqueles lugares degradantes. De se trabalhar o quanto se quer, em oposição àqueles que terão que trabalhar até o seu último dia.
O dinheiro é um bem público, só está em mãos erradas.
Não! Essa não é uma crítica a quem amealhou bastante dinheiro por sua própria capacidade.
A questão é que dá para compartilhar bem mais do que se faz hoje em dia, afinal, o dinheiro é um bem público.

Em tempo: nunca li Karl Marx, o que inclui o seu “O capital”. Nem sei se ele trata disso. Só não quero deixar no ar qualquer associação com quem quer que seja.  

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Três barcos e um urubu

Essa é a história de três barcos.
Um, era desses iates ultra mega blaster super modernos. Heliponto, internet de altíssima velocidade, todo revestido em ouro, 4 andares. Um palácio sobre águas.
O outro era dessas lanchas moderninhas, velozes e que servem para dar um “role” em fins de semana.
O outro. Bem, o outro era um barquinho de pescador, desses bem precários, sem nenhum aparato moderno, com uma rede já cansada de tanto trabalhar.
No meio do feriado prolongado, o iate saiu de rota, certamente o capitão estava na internet, e avançou praia a dentro abalroando o barquinho do pescador, destruindo-o por completo. O marajá de dentro de sua suíte começa a soltar impropérios para o pescador: “Por que você existe? Por que você não morre? Gente mais indigna e idiota. Suma daqui”.
Os jovens que estavam na lancha ficaram olhando, espantados com tamanha tragédia.
O pescador, sem falar nada, nadou até o que sobrara do barquinho e foi tentando juntar as madeiras para ver se conseguiria reconstruir a sua nave.
O urubu? O urubu ficava só olhando.

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência.  

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Que país é esse?

O país não está dividido. Ele está fracionado. Esmigalhado. Esfacelado.
Parece que há dois países dentro de uma mesma nação.
Não sei bem como o brasileiro ganhou fama de que é pacífico. Só não se foi às vias de fato porque as pessoas não estavam juntas umas das outras.
Mito? Que mito? Só se for um parmito (corruptela da palavra palmito). Quem explica é o próprio.
Nem de longe está começada a reconstrução do país. Só se trocaram as peças, sempre mais do mesmo, para uma nova aposta. A estrutura de poder em que se privilegia uns em detrimento de outros continua a mesma. E não mudará.
Se há um mito aqui, há um deus ali. O que não leva a nada. Mitos e deuses caem, foram feitos para caírem.
O tripudiar sobre o outro, seja quem e de que lado for, só demonstra o quão longínquo se está de se superar a infância democrática. Pueris, isso é o que são.
Por outro lado, a torcida para que esse ou aquele não dê certo, é tão juvenil quanto, e execrável, só para se ter o prazer de apontar o dedo.
Vale mais o orgasmo ideológico da sensação da vitória do que o respeito pela pessoa do outro, seja ele quem for.
Que falta faz uma madre de Calcutá, um mahatma para ensinar preceitos os mais elementares. Sim, porque, ao Mestre já se demonstrou que não querem ouvir.     
É de lascar.

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Do professor

Difícil definir um professor. Duas vezes difícil agradecer-lhe. Sempre se ficará no débito. É dessas contas que se leva para o caixão.
Ao menos, pode-se reconhecer-lhe a grandeza, a galhardia, a magnanimidade.
Recebam!!!
O professor é aquele que vai ao bambuzal seguido de seu discípulo, o faz escolher uma vara, pegam uma linha, amarrando uma ponta na vara. A outra usam para amarrar um anzol. Cavam um buraco, arrancam umas minhocas e vão, felizes e faceiros, ao “mundo” a proverem-se de coisas.
O professor é aquele capaz de fazer quem está atrás, ficar ao seu lado, que, à frente, seu discípulo nunca estará.
Tenho uma filha professora. A outra a tornar-se em.
Tenho um irmão professor, primos professores, amigos professores.
Orgulho inominável deles.
Que os olhos do Magnânimo estejam sobre vocês o tempo todo, consolando nos momentos de solidão, fortalecendo nos momentos de confrontação (que nunca deveriam existir), animando nos momentos de desalento, provendo nos momentos de escassez, enfim, retribuindo dignamente por tão bela e imprescindível escolha.
Vocês são lindos!!!
Que não se reduza a educação à categoria de uma solução para os problemas. Não. Ela é mais que isso. Bem mais. Ela é fundamento, é alicerce sobre o qual se constrói uma nação, sem o que o que se tem é um ajuntamento de pessoas sem rumo e direção a debaterem-se insanamente em ideologias vãs e vazias para ver quem prevalece sobre quem.
A educação é mais que uma ideologia.
Vocês são lindos!!!
Beijo enorme em seus corações.

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Autoridade & poder - uma confusão dos infernos

Esse negócio de reivindicar autoridade/poder sobre o outro na pessoa física é coisa do capeta, embora o capeta não fosse uma pessoa física, mas entidade espiritual, o que não invalida o argumento.No encontro com o Santo lá no monte, o capeta disse que essas atribuições tinham sido entregues a ele. Mentira. O Santo o desmentiu, já no fim do seu ministério, dizendo que a Ele, ao Santo, a autoridade (poder) havia sido entregue, fazendo do capeta um mentiroso.Aí a democracia estabelece que a autoridade máxima de uma nação é o presidente. Outra mentira, mas, essa, de acordo com o princípio democrático que diz que “todo poder emana do povo e sem seu nome será exercido”, ou seja, a democracia diz que Deus não cabe aqui, ou, quando tanto, como uma figura mitológica e genérica, que não tem a ver com o Pai de Jesus Cristo. E tá bão para os cristãos!!!Um dos trechos de mais difícil compreensão da bíblia é Rm 13,1-4, onde o coitado do apóstolo, o mesmo que escreveu coisas lindas e boas a respeito de Deus, arrisca-se a dizer que “toda a autoridade foi instituída por Deus”, e agora as pessoas se apegam a essa declaração para validarem o desejo de dominar sobre os outros.O apóstolo não errou! O contexto ali é de poder/autoridade policial.Oras!!! Quem traz a espada, de acordo com o contexto, senão o poder policial?Mas em termos de domínio sobre o outro, de poder e autoridade, esses foram entregues ao Santo.O mais próximo que alguém pode chegar sobre “ser” autoridade sobre o outro está na relação de pai e filho, que, se não for estabelecida pelo exemplo e pelo amor até, sei lá, os dez anos, esquece, não será mais. Não será na base da intimidação, do comando que o pai exercerá essa “pretensa” autoridade sobre seu filho. Fora desse contexto paternal, e até a entrada da adolescência, essa relação de poder/autoridade, como vista hoje, é coisa de gente sedenta de poder e que quer se colocar no lugar de Deus, ele sim a autoridade, e de Seu Filho, a quem Deus deu a autoridade. Não me consta que o Filho tenha repassado para alguém essa autoridade. No máximo ele autoriza esse ou aquele a falar e agir em seu nome (sabe-se lá a que custo), por um tempo e em condições limitadas no espaço e no tempo. Ponto.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Líderes, obrigado. Já deu.


Líderes, obrigado. Já deu.

Na proporção exatamente inversa a um estado pleno de cidadania é o quanto as pessoas precisam de um líder.
Os líderes já provaram que são dispensáveis. Todos eles, em qualquer camada, em qualquer ambiente. É só ver para onde eles trouxeram a nação.
Até porque o que se tem hoje não é liderança, é a cultura do macho alfa, aquele que pode tudo e que tem todos os privilégios e preferências e a quem os demais se submetem.
Não líderes! Não precisamos de vocês.
Esse país precisa de sábios. De gente sábia, em que pese que a sabedoria não valoriza o que é material além do que convém.
Em que pese que os sábios não valorizam o culto à personalidade, tão presente nas instâncias de liderança, todas elas.
Eu pessoalmente sigo um Rabi que jamais propôs a linha de comando chefiada por líderes. Ele propunha que seus seguidores pautassem sua conduta pelo serviço. Se voluntário, melhor, se não, “não atarás a boca do boi que debulha”, ou seja, é justo algum tipo de remuneração para o sustento daqueles que venham a se ocupar integralmente com a “res pública”.
Mas desses líderes de hoje, não precisamos não. Voltem para sua casa, para suas coisas. Vocês se mostraram incapazes e incompetentes. Deixem os sábios assumirem a coisa. Eu conheço alguns e posso indicar.       

terça-feira, 7 de agosto de 2018

O UM

O um não existe, o Um é.
Tudo depende do um. No um tudo se completa, tudo se harmoniza, tudo se concretiza, tudo se finaliza.
O que é o dois senão o um mais um? E o três, senão o um mais um mais um?
Um espermatozóide penetrou um óvulo e formou no recôndito mais sagrado da vida humana um novo ser, único, eternamente único e assim o Um o trata. 
O Um não trata ninguém de baciada, ninguém de forma igual, com clichês padronizados. 
O Um trata cada um como cada um.
A mais sublime e excelsa jornada humana é ser um com o Um, como queria o Filho.
O Um é indivisível. Antes dele é o nada, depois… mera repetição.
O Um é totalitário. O Um fala do todo, da completude, de unidade, de unicidade. 
O Um aponta para o primeiro e para o último, para o alfa e o ômega, para o princípio e o fim.
Se assim é, não dê partes para o Um, ele não aceita. Não lhe dê o primeiro lugar, ficando com o segundo e o terceiro.
Não lhe dê o dízimo, esse professor de infantis na fé, se você vai ficar com a outra parte para gastar como quiser. 
O Um é, o Um fala, te atrai, te perdoa, te transforma.
O Um te acolhe como você está, mas não aceita o que você é. Ele vai te transformar, tão certo como o ar que respiramos.
O Um é a quintessência da formosura, da beleza, da leveza. 
O Um te liberta do que é material, essa cadeia infernal. 
O Um te liberta da vaidade do brilho desse mundo.

O Um é o que há, é o que é.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Percepções dos cinquenta e poucos

Percepções dos cinquenta e poucos

- As relações estão esfriando. Esse negócio de rede social jogou uma pá de cal nas relações.
- Tudo é na base da barganha. Não só nas relações comerciais, o que já é um saco, mas nas relações pessoais e familiares também. Os pais perderam totalmente a voz de comando. Tudo tem que ser negociado com os filhos. Está dando nisso aí.
- A erotização do sexo venceu e atinge em seus efeitos até os mais sublimes e essenciais valores das relações como, por exemplo, a perenidade do matrimônio.    
- A amigalização da relação pai/filho matou o negócio. Seja amigo do seu filho, mas, sobretudo, seja pai.
- O dinheiro, a prosperidade, o enriquecimento, a que custo for, comanda tudo. E se você não ascendeu à classe de cima, saiba, você não é tão tanto assim.
- As pessoas vivem um raso total. Como as pessoas são vazias!!!
- Deus continua sendo Deus e não cedeu aos queixumes dessa gente afetada.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Do poder

Não! O ser humano ainda não evoluiu a ponto de saber usar o poder. Só Um soube. Foram lá e mataram o Inocente.
O poder traz a reboque o sentimento de que alguém é superior a outro alguém. “Eu tenho o poder, logo, eu mando. Eu escolho. Eu determino. Eu quero e pronto acabou”.
Se eu tenho o poder, eu posso.
É meio aquela coisa do He-man: eu tenho a força! É bem isso. Os poderosos são pueris, infantis, juvenis no trato com o poder.
Oras! Não se tem o poder, isto é, o poder não é algo que se tem.
Se está a serviço do poder, ou seja, o poder é (ou deveria ser) um instrumento de governança da coisa pública, especialmente, mas vale para todas as esferas e instâncias.
O poder é menor que a pessoa, que o ser humano. Se o poder não serve aos humanos, todos eles, corrompeu-se o negócio. E quem está com o poder NÃO é maior que ninguém.
Vocês que irão votar, precisam saber disso.

De que trata a democracia?

Não! Não trata da participação do povo, ou um direito exercido a cada 4 anos é direito?
Não né? Inocentes úteis pensam assim.
A democracia trata de poder. Esse nefasto instituto humano. Tudo gira em torno do poder. Da política à religião, do esporte ao trabalho, da família à sociedade, da cultura ao conhecimento. Tudo gira em torno do poder. É disso que trata a democracia.
Bem clamou o Rabi de Cafarnaum: “entre vocês não será assim”. Ele está esperando isso acontecer para dar andamento ao curso da história humana.

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Três carros e um urubu

Essa é a história de três carros.
Um, daqueles bem velhinhos, cada pneu de um tipo e careca, cheio de arame e fita adesiva, pintura queimada, licença vencida, bancos rasgados, motor “fumando” já batendo biela, um dos faróis queimados, um pisca pendurado pelo fio.
Um outro, um carro comum, moderninho, tudo certinho, motorzinho esperto, econômico, enfim, um carro maneiro.
O terceiro, aí sim. Pensa num negócio chic!!! Tecnologia de avião, estaciona sozinho, cheio de sensores pra tudo que você pensar, até para o sono. Motorzão potente V8 biturbo, blindagem nível... sei lá, direção elétrica, faróis que competem com a luz solar, painel ultra/mega moderno, reconhecimento de voz e íris, só dar uma piscadinha que ele já obedece, cada conjunto de pneu e roda vale bem mais que o  carrinho velinho lá de cima.
Bem... qual  a pendenga, qual a querela?
No cruzamento da cidadezinha onde eles moravam, o piloto do carrinho velhinho parou no sinal vermelho, o do carro chic, que estava ao telefone, não viu e passou por cima do carrinho velinho, deixando-o quase que como uma folha de papel. Acabou! Foi reduzido a um monte de ferro velho. Foi feio o negócio.
Todo mundo meio assustado, o pessoal do carro comum ficou olhando para ver o que o cara do carro chic iria fazer.
Humm!!! Nem desceu do carro. Abaixou um pouquinho o vidro e disse para o motorista do carro velhinho: “vai procurar os seus direitos”. Subiu o vidro e foi embora.
O urubu? O urubu ficava só olhando.

Qualquer semelhança com uma história real não é mera coincidência.         

sexta-feira, 13 de julho de 2018

As três casas e o urubu


Numa cidadezinha desse rico rincão brasileiro havia 3 casas.
Uma bem simples que ficava na parte baixa do monte onde as casas foram construídas. Seus moradores eram felizes, pessoas simples que nem querem muito da vida, a não ser verem os seus filhos crescerem em harmonia com as pessoas e com a natureza.
Uma outra casa era uma casa comum, habitada por gente comum.
A terceira casa era casa chic, de empresário do ramo da confecção de roupas. O negócio prosperava, embora as pessoas não fossem muito felizes, mas o negócio ia bem, até que o proprietário resolveu ampliar as instalações que funcionavam nos fundos de sua rica mansão e que ficava na parte de cima do monte.
Ele precisou fazer um grande muro de arrimo para suportar as novas instalações. Esse muro fazia divisa exatamente com o quintal da casa relatada acima, aquela bem simples.
Com o andar dos acontecimentos e com o enorme movimento do negócio do rico empresário os retalhos das roupas foram se acumulando e ele decidiu ir acumulando esses retalhos na extremidade do muro de arrimo que havia construído. Como a estrutura do muro era muito boa, o empresário não relutou em ir acumulando os retalhos sobre esse muro de arrimo e assim foi acontecendo, até que se acumulou uma enorme quantidade de retalhos ali.
Num determinado período ocorreu de caírem muitas chuvas, mas muitas chuvas mesmo, de forma que aqueles retalhos foram ficando encharcados e, obviamente, mais pesados. Mas era muito retalho, afinal o negócio do empresário ia muito bem, obrigado.
A coisa foi ficando tensa até que o muro não aguentou tamanho peso e cedeu e toda aquela montoeira de retalhos precipitou-se exatamente sobre aquela casinha simples dos alegres moradores de baixo levando muita lama junto e causando prejuízos irreparáveis a eles. Eles tinham uma hortinha de onde tiravam alimentos, criavam galinhas, patos, até um porquinho tinha ali. Eles tinham um carro desses bem velhinhos, algumas bicicletas. Tudo, tudinho foi para o beleléu. A própria casa ficou inviável para morar, as paredes ficaram rachadas, o teto veio abaixo, tudo se perdeu com tamanha avalanche de retalhos e lama e sujeira.
Bem... o pessoal que morava naquela casa comum e que não foi afetada em nada com tamanha tragédia ficou olhando e esperando que o empresário procurasse aquela gente simples e resolvesse a pendenga, a querela.
Qual nada!!! O empresário não fez nada. Arrumou o muro e continuou com seu negócio.
O pessoal da casa comum, ficou indignada com a situação e os moradores da casa de baixo estão até hoje a ver navios.
O urubu? O urubu ficava só olhando.

Qualquer semelhança com uma história real não é mera coincidência.               

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Tá bom pra você?


A Boeing vai ficar com 80% do negócio e a Embraer com 20%.
A Boeing vai dar a bagatela de uns 4bi de dólares pelo negócio. Só de pedido em caixa a Embraer tem mais de 18 bi de dólares, o que lhe dá a liderança do segmento de aviões de médio porte.
A Embraer vai ter “um” representante no Conselho. Vai ser jantado pelos da Boeing.
Os carinhas ultra/mega/super inteligentes formados pelo ITA não terão mais onde trabalhar e terão que sair do Brasil.
Conclusão: a esquerda socialista maledeta arrebentou a Petrobras. A direita capitalista maledeta vai arrebentar a Embraer.
Quase dá pra pensar que esse é um país amaldiçoado.
É que sou crente, então continuo crendo e orando por esse país.


terça-feira, 19 de junho de 2018

O que Deus quer?

Percepções dessa que já está se tornando uma longa jornada.
Esses dias em conversa com um jovem, ele me perguntou há quanto tempo eu havia sido ordenado pastor, lhe disse que há mais de trinta. Ele falou espantado: “mas, então o senhor deve ser muito respeitado lá, né?”. Hehehe. Jovens!!!
Bem... o que Deus quer? Direi mais ao final.
Antes, o que ele não quer.
Ele não quer devoção, veneração, adoração, fidelidade, lealdade, paixão, admiração e que tais como ações descoladas do contexto apresentado abaixo.
Jesus teve vários admiradores, muitos seguidores, até adorador endemoninhado. Pra não dizer todos, a imensa maioria o traiu, quase que não sobrou ninguém. Está no homem. Na velha criação. Esses sentimentos e emoções do coração do homem não se sustentam com o passar dos anos.
Estamos a falar de um novo nascimento. Contudo, pentecostalismo não é novo nascimento. Usar dons não é novo nascimento. Cumprir regras, rituais, regimentos, agendas não é novo nascimento. Dar dinheiro não é novo nascimento.
Estamos a falar de uma nova criação. Um novo ser.
O primeiro Adão não resistiu à criação, ele não tinha alçada pra isso. Ele resistiu ao domínio.
Desde Abraão, culminando no calvário, o que está em curso é a criação de um novo Adão. Como aquele, que teve um sentido universal e coletivo, estávamos todos lá, esse também é, e é pra estarmos todos lá.
Mas há um ponto, nevrálgico, crucial, determinante e que responde a pergunta lá de cima. E quanto a isso não há o que o homem possa fazer, até porque Deus fará o que Ele quer.
O que cabe ao homem é somente não resistir. Só isso. O “resto” Deus faz.
Pois bem... qual é o ponto? O que Deus quer?
Não deveria responder sob pena de interferir na sua relação com Deus. Acho que cada um deveria responder por si.
Mas, vou arriscar-me.
O que Deus quer?
Ele quer entrar na mente do homem. Se o homem tão somente não resistir, Ele fará isso. E daí surge uma nova criação, um novo homem. Daí participamos do novo Adão coletivo, feito à imagem e semelhança de Deus, com seus conceitos e valores, com seus impedimentos, com sua resistência, com sua força, com sua lealdade e fidelidade, com sua beleza, com sua santidade, com sua moral.
Quem tem Deus na mente é incorruptível, não é fraudável, não faz barganhas, não cumpre a religião como algo à parte de sua existência com dias, horas e canções específicos.
Quem tem Deus na mente é tomado pelo belo, pela força, pelo ânimo, pela resistência, pela solidariedade, pela boa vontade, pela simplicidade, pela singeleza, enfim... 
Acho que é isso.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Ro de Liz IX

Minha linda, nesse ano pude ver uma faceta que sabia que estava aí, só não sabia com que força.
Perder uma irmã e um cunhado num só e trágico evento, e ficar com a sobrinha gravemente ferida para cuidar, sabemos todos, não foi fácil, como não foi fácil tentar entender por que, valha-me Deus, pessoas que pensávamos próximas não prestaram sua solidariedade, aquelas mesmas a quem você tanto ensinou, aconselhou, prestou sua solidariedade e por quem você era tida em grande conta, pelo menos, essa era a impressão.
Não sei se uma dia entenderemos.
O que salta mesmo aos olhos é a sua força. Eu sabia que estava aí, mas você precisou usar em abundância. Ainda bem que o estoque era grande.
O mais difícil: deixar a sobrinha com a avó, porque seria o melhor pra ela. Abrir mão do apelo maternal latente e ardente que clamava para assumir a menina, o que faríamos com o maior prazer, foi a barreira mais difícil a superar.
O demais, as dores das perdas e da incompreensão o tempo, se não apaga, ajuda a relevar.
Resta que, isso tudo, só fez engrandecê-la ainda mais.
Você é uma linda, com 4 rebentos maravilhosos e que, pude notar, vão ao extremo por você.
Tem ainda o rebentinho, tão amante quanto, e os agregados, tão admiradores quanto.
De mim, espere TUDO. É só estalar o dedo.        
Sobretudo, antes do nada e acima de tudo, estão os olhos do Magnânimo. Ele não lhe faltou e jamais lhe faltará, cuja pequena demonstração é ter a menina estudando na escola que fundamos e hoje é uma escola de destaque em Guaratinguetá.
Beijo no coração.
Te amamos.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Quem se oferece?

A democracia brasileira está doente. Muito doente. Está de cama na UTI. Não consegue se levantar.
O que se faz com um doente acamado?
Oras! Ajuda-se a se levantar.
Quero pedir vênias aos amigos que defendem que a solução está no voto. Em trocar o congresso. Em não reeleger ninguém. Isso, de fato, é válido. Mas acho que não resolve.
A democracia está doente, se a democracia está doente, a república está doente.
Brasília é um reflexo do Brasil. Se há pessoas más lá, é porque há pessoas más na sociedade, em profusão.
Necessário entender que há outros setores tão malignamente afetados quanto a política.
Para citar alguns: o setor industrial, o comercial, o bancário, o funcionalismo público. Todas essas áreas estão afetadas gravemente. O que toca esses setores é a extorsão, o conchavo, a negociata.
Então é razoável cobrar 400% de juros no cartão de crédito? Não! Pra ficar só num exemplo.
Há ainda o judiciário e o setor militar que seriam os últimos bastiões a serem vencidos. Não sei até quando resistirão, até porque já dão sinais claros de contaminação.
Esse país está sob intervenção. Uma intervenção civil. Pessoas más tomaram de assalto o poder e estão usando-o contra a sociedade brasileira, cuja democracia está de cama e não consegue se levantar.
Essa democracia precisa de ajuda para se levantar. Sozinha, não vai.
Quem se oferece?

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Retardação mentálica

O texto tem o cuidado de não criar relação nenhuma com os nossos irmãos que têm retardamento mental, que nos merecem o mais sublime dos carinhos.
Assim, tive que inventar uma expressão para poder dizer o que quero dizer:
Retardação mentálica.
É isso! Corruptos têm retardação mentálica.
São sujos, no sentido mais abjeto possível. São malcheirosos, embora usem os mais caros perfumes. Asquerosos, embora vestidos com as mais caras vestimentas. Repugnantes, embora formosos (alguns).
Cresceram no corpo, na idade biológica/cronológica, mas na mente, ficaram retidos ali no que se conhece como pré adolescência, e chegaram a entrar na puberdade, pois adoram sexo, especialmente o sexo desregrado. Ganharam peso, músculos, rugas, vários sentem o peso da senilidade, mas, na mente, têm uma grave enfermidade: a retardação mentálica.
Eles adoram se apropriar do que não é seu. Adoram a traquinagem, o mal feito, a esperteza. São irresponsáveis, não têm o sentido da consequência, vivem pelo imediato, pelo prazer imediato e máximo com esforço mínimo, conhecido como hedonismo.  
Anátemas sejam os corruptos.

sábado, 2 de junho de 2018

Do amor - uma releitura de Co 13


Ainda que eu falasse o inglês, o grego, o sânscrito ou o mandarim seria como a guitarra de heavy metal, ou como o bumbo da Sapucaí...
Ainda que fosse proeficiente na fala, que conhecesse o que causou o big bang há 14 bilhões de anos, ainda que fosse um poliana sobejamente positivista a ponto de considerar todos os problemas removíveis e solucionáveis...   
Ainda que fosse um socialista comunista xiita pretensamente defensor do vulnerável social, ou o mais bem sucedido e próspero capitalista, ou desnudasse minha alma, meus pensamentos, minha vergonha aos olhos do meio nessa irreverência que domina as relações em nome de uma pretensa transparência vazia...
Nada disso faria qualquer sentido se existisse por e para si mesmo.
Quem ama vai junto não importa a situação, faz e não quer recompensa nem reconhecimento; quem ama se regozija com o crescimento do outro; não permite a falsidade, a representação hipócrita, a máscara que esconde a real condição de cada um; jamais trata o outro como inferior, agindo com a sublime equidade que a todos trata não como iguais, que ninguém é igual a ninguém, mas trata cada qual com o devido respeito que merece na sua condição de ser.  
Quem ama não é inconveniente, achando que tem resposta pra tudo, não quer impor-se achando-se superior e insubstituível; não perde a linha por questões menores, parte do princípio de que todo mundo quer jogar o jogo como ele deve ser jogado; não julga ninguém apontando o dedo de forma leviana imprecando juízos vazios.
Quem ama aponta que todos os sistemas de organização humana são flagrante e irremediavelmente falhos pois dispensam a condução do Divino. Aponta caminhos, aponta soluções, aponta conciliações, promove reconciliações, propõe que se troque a mentira como mola propulsora da sociedade.
Quem ama não se abala ao sabor das vicissitudes da vida, tendo por certo que um dia a coisa muda, não importando pelo que tenha que passar. Dobra-se para não romper, e quando necessário carrega o soldado ferido nos ombros, jamais abandonando-o no campo da batalha, tendo na proatividade a baliza do seu comportamento.
Se assim é, sempre acerta, porque, considerando todas as variáveis, nunca quer se impor nem levar vantagem em nome de uma esperteza torpe, vil e canalha.
A verborragia daqueles que falam muito cairá no vazio, a desunião, de que os diversos idiomas são expressão, acabará; um dia todas as perguntas serão respondidas.
Há um vazio no coração do homem, e tudo o que foi, é e será falado não o preencherá.
Um dia o homem encontrará a sua plenitude, quando o imortal envolver o mortal, o eterno envolver o temporal,
A adolescência mental que domina as relações humanas levando as pessoas a se apropriarem do que não é seu, usando, abusando e lambuzando-se do poder, essa excrescente instituição humana, cujas distorções são a pedofilia, o adultério, o machismo, o sexismo, a discriminação, a corrupção, a chefia coronelesca, a violência contra o outro/a seja porque motivo for, pois essa adolescência acabará.
A maturidade é o destino da humanidade.    
Tudo, absolutamente tudo, ainda é uma ínfima e subatômica centelha da realidade.
Um dia o homem não precisará mais crer, não precisará mais esperar, só lhe restará amar, pois que será impossível não amar o Amor.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Oras! A democracia

Oras! A democracia

Os democratas (todos os que defendem a democracia) pecam na base.
A partir do momento em que condenam qualquer outro tipo de sistema de organização de povo, eles estão indo contra o que defendem. 
A presidente do STF acabou de dizer que “o único caminho legítimo é a democracia”. Não tem como ser mais paradoxal. Se é único, logo exclui todos os outros, logo... fere na base o princípio da democracia.
Winston Churchill, considerado um dos caras que venceram a segunda guerra, dizia que “a democracia é o pior de todos os sistemas, excluídos todos os outros”. Pois é.
Não defendo a democracia, como não defendo a ditadura.
Nada, nem ninguém me representa. Falo por mim mesmo.
No Brasil a democracia falhou. Retumbantemente falhou. Como falhou a ditadura em tempos outros.
Não defendo a intervenção militar, como não defendo a intervenção civil na rês pública.
Em nome da democracia uma corja assaltou o país, e o sistema é válido!!??
A democracia não é uma deusa a quem todos têm que se submeter. Não!!! Ela falhou, e falhou feio, como falhou a ditadura.
E quem disse que a democracia não pode ser substituída?
Democracia é muito bom pra quem já está resolvido na vida.
O caminho legítimo é o que atende o pobre, o que distribui não a renda, mas a riqueza.
Tic tac...


segunda-feira, 28 de maio de 2018

Coisas que aprendi na vida

Aprendi que...

1 - Nem todo mundo gosta da comida que todo mundo gosta.

2 – A mentira é o motor propulsor da sociedade.

3 – As pessoas adoram ostentar e sentirem-se maiores que as outras.

4 – Casamento virou passaporte para o divórcio.

5 - Há exércitos que abandonam soldados feridos no campo de batalha.

6 – Sortudo é quem tem cabelo, ainda que ele esteja numa perua Kombi bem usada e o careca esteja numa Fat Boy da Harley Davidson que custa quase 4 vezes o valor da Kombi.

7 – Sortudo é quem é branco, ainda que esteja na poltrona de um coletivo na volta do trabalho e o negro esteja na poltrona de uma primeira classe indo para Dubai.

8 – O importante é ser esperto e levar vantagem em tudo, sempre.

9 – As pessoas só se comprometem até a página dois.

10 – Que toda a unanimidade é burra, mas que a religiosidade também é.        

sábado, 26 de maio de 2018

V e r g o n h a

Eu tenho vergonha de ser contemporâneo dessa gente que dirige o país. Vergonha e asco. Eu desprezo essa gente, quase odeio, é que o Sábio de Nazaré ensinou que devemos orar pelos inimigos, contudo, tenho pra mim que há algo a considerar aí, pois essa gente não se coloca como inimigo, logo...
Eu imagino que os filhos dos meus netos, quando estudarem essa época, se perguntarão como a população deixou chegar a essa situação, como a população deixou esse bando tomar a nação de assalto. Mais: o fizeram de terno e gravata, nos endereços assépticos e aclimatados dos mais caros do país. Gente que envelheceu no corpo, mas na mente são infantis, pueris, juvenis no pior sentido. Bando de adolescentes brincando de mandar, de pegar o que não é seu, coisas muito próprias da adolescência. Gente bárbara.    
Acho que os filhos dos meus netos ficarão tão intrigados quanto nós quando ficamos sabendo das barbáries que as gerações que nos antecederam cometiam.
Quando eles ficarem sabendo que os políticos viviam cercados de aviltantes privilégios, enquanto grande parte da população era desprovida de elementos básicos da sobrevivência.
Quando souberem da discrepância absurda havida entre a renda de ricos versus a dos pobres.    
Por fim, acho que quando eu for mais velho, eu ficarei bravo comigo mesmo por ter feito tão pouco para mudar essa situação, por ter esperado que pessoas se juntassem a mim ao invés de ter ido à luta munido das mais letais armas, não as de fogo nem as brancas.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Algumas classes que acho que poderíamos viver sem


Político de partido comprometido
Artista (arte e artista não são correlatos)
Jornalista de bancada a serviço do poder estabelecido
Pastor midiático...
Jogador de futebol nonsense  
Influenciador digital: youtuberererer – facebookerererer – twitterererer – instagranererer – whatsapperererer, blogueirorerererer
Apresentador de programa de televisão que vive no mundo da lua
Economista vendido que manipula dados e números
Banqueiro sacana
Empresário sem o senso do contrato social
Funcionário público corrompido
Trabalhador corrompível
Estilista sem noção    

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Na feira

Na chegada...

Ô Mané, quanto tá o kilo do tomate?
3 reais.
Tá. Vou ali pegar uma dúzia de banana e já volto.

Na volta...

Vou levar um kilo de tomate. É três né?
Humm... tá cinco.
Cinco!!?? Mas eu passei agora a pouco aqui e você me disse que estava três!
É... mas é que a banca ao lado aumentou para 5,50. Eu ainda estou dando 50 centavos de desconto.
Ô Manoel, se liga. Já esqueceu que quando você pediu dinheiro para comprar a barraca eu arrumei e nem cobrei nada!?
É... mas não vai dar. Tem que ser cinco reais mesmo.
Então vou levar um kilo de pepino.
Ô seu João, mas se todo mundo fizer isso, eu vou perder o meu tomate.
Então, abaixa o preço que você não perde.

Essa conversinha do Mané é o que a Petrobras quer que os brasileiros engulam.
Quando ela diz que sobe o preço porque está acompanhando o mercado internacional, ela está chamando todo mundo de trouxa.
Nossa arma é abastecer o carro com etanol.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

Termos NÃO correlatos


Arte – artista
Ciência – certeza
Fé – religião
Bíblia – cristianismo
Amor – sexo
Sexo – egoísmo
Riqueza – dinheiro
Beleza – formosura
Discipulado – controle
Igreja – limite
Casamento – briga e separação
Conceito adequado de si – autoestima
Autoestima – felicidade
Felicidade – conquista
Vida – respiração
Discurso – convencimento
Verborragia – inteligência
Inteligência – superioridade

quinta-feira, 17 de maio de 2018

E a copa hein?

Fato é que onde quer que a Fifa esteja envolvida há malfeito.
Passou pelo Brasil recentemente, com o então seu presidente que foi sumariamente destronado, e deixou um rastro de destruição para os cofres públicos. Na Rússia não será diferente, pois um país tão ou mais corrupto que o Brasil. Não saberemos pois lá a imprensa é controlada.
Mas e o Tite?
O Tite é gente boa, mas, cuidado, não se deve fazer de ninguém alguém maior do que ele seja.
O Dunga em 2010 classificou o Brasil em primeiro nas eliminatórias, tendo ganhado a Copa América e a Copa das Confederações. Depois sabemos bem o que a opinião pública e imprensa fizeram com ele.
O Tite é gente boa, tem um bom papo com os jogadores, mas, com todo direito, está faturando com o Itaú, e o Itaú com ele. Ponto.
Em 2012 ele ganhou a Libertadores e o Mundial com o Timão, todos sabemos como, ou seja, sem um futebol de encher os olhos (leia sem paixão), para em 2013, não tendo ganhado nada, ser defenestrado pelo mesmo Timão, numa das maiores injustiças que esses olhos viram.
E agora ele está aí, com a obrigação de ganhar a copa, em nome de um patriotismo meio “insano”, como se de fato aqueles milionários jogadores estivessem de fato representando a nação. Em tempo: aquilo é um esporte. Ponto. Se ganha ou se perde. Ponto.

terça-feira, 15 de maio de 2018

Classe média - a bola da vez, desde sempre

Classe média - a bola da vez, desde sempre

A Apple está para atingir a emblemática marca de 1 trilhão de dólares pelo seu valor de mercado, e crescendo, com a Amazon no seu encalço.
A corrupta e gigante Odebrecht, que quase quebrou o Brasil, continua de pé, para revolta geral.
A gigante e corrompida Petrobras, quase quebrada pelos governantes brasileiros, continua lá, sabe-se lá como. 
O que essas empresas têm em comum?
A classe média. Todas elas estão de olho na classe média. Elas só existem por causa da classe média. É a classe média que as mantém.
Os pobres sempre os teremos conosco. Já foi vaticinado. Até porque o coração do homem é mau, intrinsecamente mau, mesmo quando se encontra com o Divino, muito porque se interpreta equivocadamente o “o amar o próximo como a si mesmo”. As pessoas acham que elas têm que amarem a si mesmas. E haja autoamor, e haja narcisismo. Ainda mais grave por que capitaneadas por esse sacerdotismo doentio dos nossos dias. Risível. (Não condene o texto por esse parágrafo. Rsrs).
Os ricos, afora um ou dois, mas não mais que três, que conheço, e que se fossem imitados teríamos a situação muito encaminhada, pois... os ricos, estão lá e não vão mudar.
Os políticos. Por mim, não teríamos políticos nem partidos políticos, ele não vão mudar a situação. Não mesmo!!! Acho que teríamos que achar um jeito de nos resolvermos por nós mesmos. Mas eu sei que é uma utopia.
Pois bem, o que sobra?
A classe média.
Os gigantescos navios, os fenomenais aviões, as imensas rodovias, os carros cheios de perfumarias tecnológicas, a questionável chegada do homem à Lua, a busca por Marte, os fantásticos avanços da biologia, a insossa copa do mundo, os gastos infernais com armamentos, enfim, o que quer que haja, há por causa da classe média.
É classe média que pode mudar a coisa toda, e, no caso do Brasil, acho que passa por não reeleger ninguém que está aí.  

domingo, 13 de maio de 2018

Os co-irmãos Síria & Brasil

Bashar Al Assad & Pauerpipol – líderes de duas ditaduras.
Na Síria o Al Assad, como tantos outros ditadores, mantém o poder na base da bala. Um país destroçado em que todo mundo é contra todo mundo e em que morre muita gente por conta da guerra.
Aqui, nos domínios da Pauerpipol também é todo mundo contra todo mundo e mata-se mais que lá, na Síria.
Na Síria, sob o domínio do Al Assad, parece ser impossível unir as pessoas em torno de um objetivo comum, o que prevalece é a opinião de cada um tendo que derrotar, que reduzir a zero os que pensam em contrário.
Pois não é que no Brasil, sob o domínio da Pauerpipol, se verifica o mesmo beligerante antagonismo. É todo mundo contra todo mundo, não importa quem tenha a melhor proposta, se não é do meu lado, tem que ser atacado, com ou sem razão, com ou sem sentido. O outro lado não pode prevalecer, em hipótese nenhuma, ainda que ele tenha razão.
O que mantém as ditaduras? A corrupção. Velada ou às claras. Grande ou pequena. Localizada ou disseminada. Não importa quem será prejudicado pela corrupção, o importante é corromper e manter a ditadura.   
Triste desses dois países.

sexta-feira, 11 de maio de 2018

A morte como baliza


Muitos defendem a democracia como um sistema em que um determinado tipo de liberdade impera, a liberdade de expressão, de ir e vir e que tais.
A considerar o Brasil esses valores citados acima não funcionam a pleno, acho mesmo que nem minimamente.
Um dos maiores argumentos contra o governo militar seria que nesse período se matou os opositores ao regime, logo não haveria liberdade de expressão, nem de ir e vir. Ok, fato.
Mas, pergunto, é essa liberdade propagada, propalada e defendida um grande valor do cidadão, senão o maior? A resposta talvez seja sim, ok. Eu pessoalmente tenho, além desse, outros valores.
Mas... pergunto de novo: o cidadão brasileiro é de fato livre? A quem essa liberdade tem servido?
O que se vê é o corrupto dominando o país. A liberdade tem servido para favorecer o corrupto. A corrupção está entranhada na sociedade brasileira até às últimas instâncias. O brasileiro comum (e o das elites, sobretudo), dada as condições favoráveis, facilmente corromperá, ou se deixará corromper.
Oras! Mas, o que tem a ver liberdade com corrupção? É fato que corrupção há em todo lugar, desde as nações livres como as ditatoriais. Ok.
Contudo, quando a liberdade favorece, instiga, estimula a corrupção, aí é o caos. É o que se verifica nesse país. Já foi dito: “a corrupção mata milhões”.
O regime militar matou? Matou.
Essa democracia corrompida mata? Mata milhões.
No Brasil tudo é motivo para corrupção e não só no meio político. O meio privado está tão corrompido quanto. O meio político sozinho está corrompido. O meio privado sozinho está corrompido. Aí quando esses dois se encontram é o caos.
Já não dá pra saber qual é o regime melhor: se o militar, se a democracia. Ambos matam.     

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Está dando no que está dando

Aprendemos, eu e minha esposa, desde muito cedo que a responsabilidade pela educação dos nossos filhos não era do governo, com a escola pública, e nem tampouco da escola particular.
Não!!!
A responsabilidade pela educação dos nossos filhos era nossa, por mais óbvio que isso possa parecer.
Eu vejo pais transferindo ou para o governo ou para as escolas particulares essa responsabilidade. Está dando no que está dando.
Essa transferência é um crime, em que pese o fato de que os filhos educados assim estão se transformando em verdadeiros...
Tenho visto pais querendo comer o fígado dos professores, seja da estrutura pública ou privada achando que, ou porque pagam impostos ou porque pagam mensalidades caras, os seus filhos podem/devem/têm que ser tratados como reizinhos e rainhazinhas.
É o fim.
Como os pais (refiro-me a pais e mães) hoje trabalham demais e ficam muito ausentes, eles, então, querem transferir para outros suas responsabilidades. Está dando no que está dando.
E para compensar mais ainda, dá-lhes eletrônicos: os malditos joguinhos, tablets, smartphones e o que quer que apareça. O importante é compensar a ausência dos pais.
Está dando no que está dando.



sábado, 21 de abril de 2018

O Deus II

Força da fortaleza.
Potentíssimo, dono da vida, do ar, dos tempos. Diz-se também que do ouro e da prata. Mas isso foi tão mal usado e entendido que não compensa a citação.
Está no frio do pico do Everest, o ponto mais alto, e no silêncio da Fossa das Marianas, o mais baixo.
Inominável, não há o que lhe possa definir. É tudo e nada.
A tridimensionalidade não lhe contém. Talvez uma decadimensionalidade pudesse arranhar-Lhe uma definição.
Diz a ciência ter sido capaz de gravar o eco do big bang ocorrido há bilhões de anos. Risível. De qualquer forma, se sim, alguém teve que colocar a espoleta lá. Foi Ele.
Criou os quarks, essa ínfima subdivisão dos átomos, o DNA com seus códigos sensacionais.
Criou as centenas de milhares de galáxias do universo. Ou seria multiverso? Que, UM mesmo só Ele.
Criou a placenta!!! Mecanismo da contra criação que protege o óvulo fecundado, aquele corpo estranho no organismo da mulher, dos ataques desse organismo para expelir esse corpo estranho. Quem pensaria isso?
Quer falar com Ele? Leia os quatro evangelhos.

terça-feira, 17 de abril de 2018

O Deus

Deus, sobretudo e sobre todos.
Deus, absoluto, pois que não varia, e relativo, pois que relaciona-se.
Deus, imutável e mutante, faz o que e como quer.
Deus, curto e grosso, mas longânimo e delicado.
Deus, inexplicável e ininquadrável, não tente.
Deus, naturalmente sobrenatural e sobrenaturalmente natural.
Deus, inteligente, Deus da gente, Deus de nós, Deus conosco.
Deus, inacabável, inatacável, indefensável. Quem poderá?
Deus julgador e perdoador, que perdoa a culpa mas que o ato, julga. 
Deus da matemática, da física, da química. Das letras, da história, da geografia, da ciência.
Deus da filosofia, da sociologia, da antropologia, da psicologia.
Me diga: onde ele não esteve, não está, não estará?
O que Ele não soube, não sabe, não saberá?
Quer falar com Ele? Leia os quatro evangelhos.

sábado, 7 de abril de 2018

Chegará o dia, não tardará

Chegará o dia, não tardará em que em um funeral estarão presentes somente os parentes do falecido, e olha lá.
Os demais? Oras! Os demais terão mandado mensagens via whatsapp ou likes via facebook.
Nos tempos pré-históricos do e-mail eu recebi um e-mail num determinado grupo de e-mails informando do falecimento de um amigo, integrante do grupo.
Indignado, procurei o administrador do grupo. “Como assim?”, questionei-o. “Então esse tipo de comunicação é feita por e-mail?!”. “Quando for a minha vez” pedi-lhe “por favor, digne-se a pelo menos dar um telefonema”. Não estarei aqui para verificar, rsrsrs.
A frieza das relações, especialmente nos grandes centros urbanos, está sendo recrudescida pelas redes sociais. O que já era frio está ficando congelado.
Não sei bem porque, mas as pessoas se fazem representar pelas redes. Não sei se é algum medo, fobia ou acomodação mesmo.
Anátemas sejam essas redes sociais quando interpõem-se nas relações pessoais.

terça-feira, 27 de março de 2018

O Bom Samaritano & o Brasil moribundo


A parábola do Bom Samaritano é a parábola da minha vida. Poderia falar horas a fio sobre cada detalhe ali, mas vou resumir dizendo que a parábola é a história da humanidade e o Bom Samaritano o próprio Jesus. Do encerramento, falarei abaixo.
Ok. Estamos aqui a falar de bíblia, bíblia remete à igreja, igreja remete aos seus representantes.
É assustador, causa espécie, o silêncio ensurdecedor dessa classe. Já estive lá. Não nego nem renego, e o quanto pude, em tempos outros e na insignificância da minha representatividade, tentei puxar os pares para uma ação mais consistente. Infrutífera, inócua e estéril tentativa.
Eu sei que o que impera, a filosofia reinante, é a de que as coisas referentes à política, à sociedade, ao povo, ao corpo, devem ser resolvidos pela classe política. À classe religiosa cabe envolver-se com as coisas relativas à alma e ao espírito. Tipo os sacerdotes e levitas da parábola. Se a classe dirigente vai por aí, é de se imaginar por onde irá a classe dirigida.
Tudo válido, muito válido.
Fato é que o Brasil é um moribundo.
Da igreja, dá pra fazer mais, muito mais. Há gente boa, muito boa lá. Gente com a família ajustada, gente do bem e honesta, gente inteligente e capaz, profissionais gabaritados, enfim, dá pra fazer mais.
Contudo... essa isenção reinante no meio é deveras revoltante, porque remete à atitude do sacerdote e do levita.
A fenomenal conclusão da parábola é que eu devo ir além da pergunta “quem é meu próximo?”. Eu devo falar e me apresentar como um próximo. “Você está mal, doente, fraco, debilitado, machucado, depauperado, ferido, sem rumo, sem destino, saiba ‘eu sou o seu próximo’ e vou tirar você dessa situação”, que foi o comportamento do Bom Samaritano.
A considerar somente a porção da vertente protestante/evangélica são aí mais de 40 milhões de pessoas. O que esse povo mobilizado não faria pela nação para enfrentar a corrompida classe dominante?
Essa mobilização não significa abandonar a liturgia, as práticas, os cultos. Não mesmo. Isso tudo é imprescindível para qualquer nação.
Mas, dá pra fazer mais, o Brasil é um moribundo.

sábado, 24 de março de 2018

Precisa-se!!!


Precisa-se, urgente, de uma revolução.
Armada, sim, fortemente armada, que, com menos que isso, ela sucumbirá, tombará ferida.
Armada até aos dentes, com todas as armas disponíveis. Só não as de fogo e as brancas.
Precisa-se, urgente, de um líder.
Por anos preconizei que um povo pode prescindir da figura do líder (se existe uma classe pernóstica é a classe do líder), mas, cheguei à conclusão que essa dispensa só pode ocorrer em povos evoluídos, o que não é o caso brasileiro.
Alguém do naipe de um Luther King, um Gandhi, um Mandella. Será pedir demais?
Precisa-se de uma revolução.
E ela não virá pelas redes sociais, que limitam-se à conveniente indignação do sofá.
Ela não virá “pacificamente” com a paz que instituições religiosas pregam, dada a sua isenção quanto ao momento nacional.
Ela não virá pelas elites. Não mesmo. Desportistas, artistas, jornalistas, intelectuais, políticos. Não mesmo. Eles estão inebriados, e gostosamente assentados em sua gostosa e alheia prosperidade.
Ela não virá pelos pobres. Eles estão anestesiados.
Precisa-se de uma revolução capaz de enfrentar os 3 podres poderes.
Quem vai?
Os Céus estarão com os que forem. Parece-me suficiente.

quarta-feira, 21 de março de 2018

O que será que será?

Eu, um leigo, tento mas não entendo a Carmem Lúcia, presidente do STF.
Quando ela assumiu, em 2016, ela me surpreendeu positivamente pois no auge da recente recessão pela qual o país passou, ela poderia dar um magno banquete, já que a elite (anátema seja) estaria ali. Mas, não, ela ofereceu água e café, dizendo respeitar o momento do país.
Bem, mais pra frente, o STF estava julgando se quem estava na linha sucessória da presidência da república poderia perder o mandato, por conseguinte o foro privilegiado. O caso era em relação ao Renan Calheiros, essa figura abjeta, então presidente do Senado e, portanto, incluído na linha sucessória.
Cheguei em casa depois do trabalho e acompanhei o final da votação. Confesso que foi um dos piores dias da minha vida, pois com voto da Carmem Lúcia o Renan foi salvo.
Tempos depois, foi a vez do Aécio Neves, essa figura tacanha e rasteira, que, por conta da delação daquele bandido que vende carne de vaca, estava enrolado, pois veio a público o seu pedido de dinheiro. O julgamento era se ele perderia o mandato de senador e portanto o foro privilegiado. De novo, a Carmem Lúcia salvou o meliante.
Agora, ela disse aos quatro ventos que não cederia à pressão pelo julgamento do habeas corpus do Lulla, e que o STF se apequenaria se incluísse na pauta de votação o julgamento do habeas corpus, pois que já havia decisão tomada pelo tribunal.
Pois, amanhã votarão o dito cujo.
O que será de um povo que tem um Executivo incapaz, um Legislativo corrompido e um Judiciário pusilânime e comprometido com o que há de pior na nação?
Amanhã será um dos principais dias da história recente desse país. 
A ver.

terça-feira, 13 de março de 2018

Reminiscências de uma escravidão


Tenho pra mim que um dos capítulos mais tétricos, abjetos e repugnantes da história humana seja a escravidão, o domínio de uma pessoa sobre outras pessoas.

A escravidão consiste, em uma definição livre, da impossibilidade de tecer os próprios caminhos, de estabelecer a própria trajetória.
Fato é que a escravidão está na origem da nossa formação como povo.
Há sempre um amo a comandar os passos.
Não se é livre para ir aonde se quer ir, para fazer o que se quer fazer, para não fazer o que não se quer fazer, para amar a quem se quer amar, para se distanciar daquele ou daquilo que se quer distanciar.
Eu, um andarilho, certamente tenho algum nível de escravidão por isso ou aquilo. Dou de pronto.
Contudo, eu, um andarilho, tenho visto como as pessoas se escravizam, ou se deixam escravizar por coisas!!!
Pessoas há que se escravizam por emoções e sentimentos, ainda que esses lhes façam mal.
Pessoas há que se escravizam por tecnologia, pelo smartphone, pelas redes sociais, pelos “likes”.
Pessoas há que se escravizam pelo cigarro, pela bebida estonteante.
Pessoas há que se escravizam pelo sexo indevido, no casamento ou fora dele.
Pessoas há que se escravizam pela intriga, pela discórdia, pela desconfiança.
Pessoas há que se escravizam pelo dinheiro, pela ostentação.
Pessoas há que se escravizam pelo passado, ou pelo futuro, ou ainda, pela culpa de atos ou fatos já devidamente tratados.
Pessoas há que se escravizam por hábitos nefastos.
Há até aquelas que se escravizam pela religião, ou pelos seus representantes.
Há, por fim, aquelas que se escravizam por pessoas, por grandes figuras, via de regra, pessoas muito carismáticas que se postam como superioras.
Triste. Muito triste.  

quarta-feira, 7 de março de 2018

Ótimo motorista x ótimo motorista

Ok. Você venceu. Você é um ótimo motorista. Se você diz que consegue dirigir e usar o telefone, não serei eu que vou dizer o contrário. Talvez o Detran não goste, mas é só você colocar no recurso que você é um ótimo motorista que talvez eles aceitem.
Contudo, minha oração é para que você não dê de frente com um bruto de 40 toneladas também dirigido por um ótimo motorista que também acha que consegue dirigir o bruto e usar o telefone.
Oras! Se você pode, ele também pode.

segunda-feira, 5 de março de 2018

Quão grande é o meu Deus I


Uma maratona mede pouco mais de 40 km.
A distância entre São Paulo e Rio de Janeiro é de 400 km.
A circunferência da Terra é de 40 mil km.
A distância entre a Terra e o Sol é de 150 milhões de km.
Agora veja: um único ser humano tem algo em torno de 100 trilhões de células, cada uma com uma fita de DNA que mede em torno de 3 metros cada. Se enfileirar essas fitas dá para dar umas 70 voltas entre a Terra o Sol.
Tá bom pra você?!

sábado, 3 de março de 2018

Uai uai uai

A meca do capitalismo não é tão capitalista assim.
Já foi estranho quando socorreram empresas privadas com rios de dinheiro público como o caso, por exemplo, da GM, anos atrás.
Agora, ferem a concorrência e o livre mercado sobretaxando produtos importados.
É, parceiro, o capitalismo não é tão capitalista assim.
O capitalismo é capitalista até que..., ou, digamos, até à segunda página.

quinta-feira, 1 de março de 2018

Sem cobrança

A cobrança faz parte da vida. Querer crescer, desenvolver-se, é próprio da natureza humana. Pais, professores e chefes têm uma relevante responsabilidade nessa questão.
Isso está posto.
O outro lado da moeda é que a cobrança, seja a pessoal seja a de outras fontes, pode alcançar níveis opressivos, resvalando para uma neurose.
A sociedade moderna está estabelecida sobre a prosperidade onde convencionou-se que é imperioso ser bem sucedido, ainda que isto custe muito mais horas de trabalho, além do que seria o razoável se os objetivos não fossem tão grandes para se estar de acordo com os apelos da sociedade.
A própria religiosidade tem reflexos consistentes dessa imposição pelo sucesso em que a atuação tem que ser exaustiva e frutífera a não mais poder.
Calma! Não se cobre tanto. E não deixe te cobrarem tanto.
Não tenha objetivos tão altos. Contente-se com um pouco menos. Se você está cercado de pessoas ou vive em ambientes que te cobram o tempo todo, aos poucos, vá mudando.
Afinal, a coisa toda é entre você, Deus e a sua família, entes que só querem o seu bem.
Avalie as situações. Se a cobrança está te oprimindo, seja inteligente e mude a situação.

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Corrupção - uma doença mental

O corrupto é um doente mental. Eu sei que é forte, mas tentarei me explicar.
Veja: o uso do crack está sendo encarado como um caso de saúde pública.
Por quê? Porque o usuário chega a um estágio de dependência que passa a fazer uso da droga por compulsão, ele não tem mais domínio das suas ações, o que redunda em uma doença tão física quanto mental.
O corrupto tem essa mesma compulsão. Ele não consegue se dominar e vive de tramar como pode ganhar dinheiro de forma ilícita.
É impressionante!!! Eles não têm domínio sobre essa ânsia de ganhar dinheiro fraudulentamente.
Há algumas explicações:
- O corrupto acha que tem direito de roubar, pois muitos estão “levando o seu”, então ele também pode.
- O governo “rouba” muito então ele também pode.
- O importante é ser feliz, a que custo for.
- Se o preço a pagar é tomar alguns anos de cadeia, pra ele está tudo bem, ele aceita.
- O corrupto chega a achar que seu “ganho” é provisão divina.
- Ele não tem o menor escrúpulo em agir mal, não lhe importa as convenções morais.
- O corrupto desenvolve uma dupla personalidade, ele é um no convívio social, mas outro nas entranhas do malfeito, muitas vezes até extremamente violento.
- Ele se acha muito esperto e que o crime compensa.
- Muito da motivação do corrupto é garantir o futuro da prole.
- A corrupção faz o corrupto sentir-se onipotente, na verdade, esse é um efeito que o “dinheiro” produz nas pessoas.
- Parece que há uma concorrência entre eles pra ver quem “bola” a forma mais inusitada de ganhar dinheiro fácil, tipo um campeonato ou um torneio.

Quando digo que o corrupto é um doente mental não estou diminuindo a sua culpa. Pelo contrário, acho que o caso é tão grave que ele deve ser internado, no caso, encarcerado sem apelação, sem habeas corpus, sem progressão de pena, com a perda de tudo o que afanou e por longos períodos.