sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Sociedade acéfala

Ora pois!
Se uma sociedade decidiu que vai deixar-se conduzir por uma pessoa seja ela um mito, um deus, uma entidade santa e insuspeita, um poste, ou quem quer que seja, então ela – a sociedade – precisa tratar de prover-se dessa figura – o seu condutor.
O que não dá é ficar nesse embate interminável dos lados que se opõem. Um embate menos de ideias e proposições e mais de gostos e preferências que resvala, recorrentemente, para ataques pessoais de lado a lado.
Oposição e situação, esquerda e direita, parece-me, são até necessárias para o andamento da coisa. Fato. Ponto.
Fato é que não é esse o ponto, com o perdão da redundância.
O ponto e o fato é que a sociedade não consegue prover-se de alguém capaz de conduzi-la. Aí fica nessa interminável luta com argumentos menos maduros que pueris, valendo-se de protestozinhos em festinhas como as ocorridas nessa semana, ou a ataques a quem já esteve no poder conduzindo essa mesma nação que não consegue prover-se de alguém que possa pacificar a coisa.
Bambambam mesmo é o bichinho que está pondo em polvorosa o mundo inteiro e suas economias e garantindo matérias para os jornais. Eh bichinho danado.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Fogaça

Pra por ordem na fogaça.
O termo aqui seria outro, mas minha esposa me enquadrou quando o usei um tempo atrás. E minha esposa é a última pessoa que desagradaria. Eram duas, mas uma delas me deixou. Abaixo da minha esposa, há outras quatro (e seus pares) que também não desagradaria espontaneamente, e abaixo dessas cinco pessoas, mais duas, ou seja, dois amigos.
Um tempo atrás, uma amiga querida e de longa data me disse algo sobre o que demos muita risada. O assunto era a respeito do quadro religioso. Ela me disse que eu era (PERDÃO!) um “porra loka” no meio e que não conseguia me fazer entender. Demos muita risada, mas concordei com ela.
Então, desculpem-me pela incapacidade de me fazer entender.
Assim...
No país temos a classe dos artistas, dos jornalistas, dos esportistas, dos músicos.
Temos ainda a classe dos empresários, dos banqueiros (humm...), dos...
Há também a classe dos pobres, e a dos muito pobres.
Por certo, há a classe dos funcionários públicos e dos políticos.
No meio disso tudo há uma outra classe, e, me parece, só ela pode trazer as necessárias, urgentes e imprescindíveis mudanças com a devida sobriedade e bom senso.
Os integrantes dessa classe precisam amadurecer um bocado, mas só ela pode mudar a fogaça. Enquanto ela permanecer deitada em seu “berço esplêndido” a coisa não muda.
Na outra ponta, o risco é a turba tomar o asfalto, aí vai ser um deusnosacuda.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Potresto



Penso, logo… não existo, com recíproca inversa verdadeira: Não penso, logo... existo.

Já fui protestante, hoje sou potrestante.

Mote: A falácia de que a educação é a panaceia para graves problemas humanos como fome, sede, doenças advindas da falta de esgoto e etc, etc, etc.

É chic falar que tem que dar educação para as pessoas. É chic, mas… fácil. Joga tudo ali na falta de educação e pronto, estamos resolvidos. Contudo, educação não é solução pra nada. Educação é base, é pilar de uma nação que se pretende digna.

Para problemas imediatos há que se tomar decisões imediatas e de efeito imediato.

Quando, ainda menino, eu tinha febre, minha mãe não me mandava estudar, ela me dava um tal de Atroveran, que se não acabava com a febre pela eficiência, me sarava rapidinho pelo gosto. Ô treco ruim! “Não mãe, não mãe… já tô bom já”.

Então pergunto e só quero saber isso: quando? Quando a coisa melhora para os menos favorecidos?

Quando a academia, enfim, parar de bater cabeça, se acertar, concordar e encontrar um caminho?

Quando o congresso for composto somente por beatos?

Quando o poder não for mais do mesmo, nessa sequência insana e mortal, hora vermelha, hora verde e amarela?

Quando houver superavit primário suficiente?

Quando a bolsa bater os duzentos pontos?

Quando a cristandade sair do seu gueto?

Quando todas as reformas forem concluídas? Pra ficar numa só, a da Previdência. Ela produzirá efeitos somente daqui a 10 anos. Ah! Vá!

Quando cortarem impostos? Ou... quando aumentá-los?

Quando burocratas decidirem? (Hein!)

Quando os brancos quiserem?

Quando os ricos…

Só quero um prazo, uma data. Aí eu paro de encher o saco.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Coisas e coisas

Eu, às vezes, me pego meio depressivo por ter estado tão perto de movimentos conhecidos como o gospel e o pentecostal.

Obviamente que não pelas pessoas. Eu convivo bem com todas (ênfase em “todas”) as pessoas, sobretudo porque não me considero melhor que ninguém, nem estou acima de NINGUÉM, e não estou preso por clichês discriminatórios.

Mas esses movimentos têm coisas muito estranhas.

Do gospel, além das músicas centradas na pessoa, há aquela exploração do efeito gerado pela melodia que nada mais é do que dopamina liberada pelo cérebro e que dá prazer ao ouvinte. Qualquer música bem feita faz isso, não precisa ser gospel. Michael Jackson tinha um poder absurdo de deixar suas plateias em estado de êxtase, coisa comum no gospel, mas que não tem a ver com adoração.

Do pentecostal, há cada coisa estranha que fica até difícil de relacionar. Coisas como sapatinho de fogo, canelinha de fogo, retété, espada de fogo, visões e pregações um tanto controversas, exploração do ato de dar dinheiro, deturpações como dinheiro sendo uma coisa boa.

Mas… aí… eu me acalmo e vejo que não me deixei enredar por esse tipo de coisa e sigo aqui perseguindo o Mestre, tentando seguir os seus passos, uma vez que ele me alcançou irremediavelmente com seu amor.