terça-feira, 26 de maio de 2020

Duas leis


Duas leis regem as relações, as amizades, os negócios, enfim, a vida.
Direi abaixo.
Essas leis comandam tudo, seja no trato com Deus, com o cônjuge, com os filhos, com o patrão, com os empregados, com o governo, com a religião, com o sexo, com o dinheiro, com o outro.
Essas leis explicam o atual estágio das relações humanas em todos os quadrantes, vertentes, nuances, anseios.
Essas leis transcendem o bom senso e dominam os que por elas são regidos a tal ponto de as pessoas não conseguirem reagir contrariamente às suas imposições.
Não são leis descritas em nenhum manual, constituição ou conjunto de regras e normas. Elas são tácitas, intangíveis, mas são leis e devem ser obedecidas.
Pense na lei da respiração dos seres vivos. Ninguém manda esses seres vivos respirarem, sequer, isso é ensinado a eles, mas essa lei é cumprida fielmente por quem quer que seja um ser vivo.
Assim se dá com essas leis.
O corrupto, em alta ou baixa escala, é seu fiel cumpridor. Ele é alimentado por elas, seguindo-as até involuntariamente.
Mas não só. Pessoas de bem, vivem regidos por essas leis, tendo mesmo o registro de casos em que se cumpre essas leis sem o prejuízo do outro. Raro. Raríssimo, mas há.
Contudo, via de regra, o prejuízo do outro é corolário fatal do cumprimento dessas leis.
- O importante é ser feliz
- Levar vantagem em tudo

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Deus, quem é?

Vou tentar expor aqui quem é Deus pra mim.
Some tudo:
A inteligência dos físicos Albert Einstein e Stephen Hawking
A genialidade tecnológica de Steve Jobs, Bill Gates, Santos Dumont, Grahan Bell, Isaac Newton
A genialidade musical de L. v. Beethoven, J. S. Bach, A. Mozart
A genialidade artística de Leonardo da Vinci, Michelângelo, Walt Disney, Charlie Chaplin, George Lucas, Steven Spielberg
A genialidade esportiva de Pelé, Usain Bolt, Michael Phelps e Nadia Comaneci
A beleza das vozes de Frank Sinatra, Elvis Presley, Luciano Pavarotti, Montserrat Caballeros,
Aretha Franklin, Freddie Mercury, Elis Regina
O brilhantismo artístico de Michael Jackson e Beyonce
A representatividade de Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá, Francisco de Assis, Cristovão Colombo, Martinho Lutero, John Wesley, Billy Grahan, Pedro, Paulo e João
A coragem de Tiradentes e daqueles que foram jogados ao Coliseu
A entrega dos profissionais dos Médicos sem Fronteira
A força revertida (para o bem) dos faraós, Cesares, reis, papas, ditadores e presidentes americanos

Há outros tantos. A lista é interminável.
Some tudo e estarás tão somente arranhando o que Deus é.

domingo, 17 de maio de 2020

Direita x esquerda


Direita e esquerda são nefastas. Sob todo e qualquer aspecto.
Eu lamento, profundamente, ver amigos, de alta estirpe, seguindo os discursos de uma ou de outra banda (ou seria ideologia, ou seria filosofia, ou seria doutrinamento, ou seria facciosismo, sei lá o que acontece).
Há outros, não amigos, que aí o que sinto é asco mesmo.
Que dificuldade há em escolher uma figura e sentar o porrete? De um ou de outro lado.
Nenhuma.
Na mídia há gente altamente capacitada e treinada pra isso. Eles vivem disso.
Houve um Rabi, de extremada sabedoria, que disse que os poderosos dominariam as pessoas.
Esse é o ponto. Mas as pessoas insistem em não ver. Elas focam em pessoas, se prendem a figuras, quando o problema é a estrutura de poder criada, mantida e venerada por essas mesmas pessoas.
Afinal, oras! O poder emana do povo.
E assim vamos.

Deus é. Ponto.

As relações humanas têm diversas características.
Uma delas é que é perceptível a dificuldade que temos em definir as coisas pelo que elas são.
Pra contornar essa dificuldade nós então lançamos mão de um expediente, ou seja, nós qualificamos, adjetivando, essas coisas.
Ilustrando:
- político honesto – se é político deveria ser honesto, não precisaria adjetivar (no caso com o honesto).
- igreja santa – se é igreja é santa, qualquer ajuntamento de pessoas que se intitule de igreja deve ser santa, se não é santa, não é igreja, mesmo considerando a pecaminosidade intrínseca das pessoas. Meio paradoxal isso, mas é por aí.
- marido fiel – se é marido é fiel, se não é fiel não é marido.
A lista é interminável.
O prejuízo é que parece que as coisas perdem valor por aquilo que elas são, tendo sempre que ter alguma outra qualificação. O que aponta, ainda, que daqui a pouco as coisas terão que ter duas qualificações, uma só não bastará.
Contudo, o maior problema é que agimos assim também em relação a Deus.
Deus é Deus. Ponto. Deus é!!! Ponto.
Isso deveria nos bastar. Mas, não. Nós precisamos qualificá-lo, o que, obviamente, não é ruim de per si. A bíblia mesmo é farta em adjetivar Deus.
Deus é bom, Deus é amor, Deus é justo, Deus é grande.
Não há mal nisso. Deus é tudo isso e muito mais.
O fato é que eu O qualifico de acordo com minha percepção, minha experiência, meu momento de vida, o que não pode afetar o fato de que Deus é. Ponto.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Rememorações do grupo caseiro

A sociedade ocidental, desde tempos remotos, meio que distorceu alguns conceitos bíblicos antigos.
Essa distorção se deu na aplicação diferente a alguns conceitos e experiências que eram expressas por algumas palavras (pra não dizer, muitas) chaves da bíblia.
Pra ficar somente em duas das principais, segue:

- Amor – o amor, no conceito ocidental tem a ver com prazer, com satisfação, com desfrute imediato. Experiências essas filosoficamente chamadas de hedonismo = busca incessante pelo prazer supremo.
Esse conceito é antigo, a sociedade ocidental tratou de popularizá-lo e torná-lo obrigatório, donde vem expressões como “o importante é ser feliz”. Se é verdade, os fins justificam os meios, e deve-se ser feliz a que custo for, mesmo em prejuízo do outro, seja ele quem for: próximo ou distante, conhecido ou desconhecido. A corrupção nasce desse tipo de sentimento.
Não há compromisso com o outro. Há interesses em jogo. Esse tipo de amor é passageiro, dura tanto quanto o perfume de uma flor. Findo esse, aquele se esvanece.

- Fé – a fé foi transformada em sentimento, em emoções, em experiências sensoriais muitas das vezes embaladas por melodias harmônicas, sem o que não sobrevive.
Fé, no conceito ocidental, é objeto por meio do qual se alcança retribuições advindas de barganha, via de regra envolvendo dinheiro.
Essa fé é tão dependente dos sentimentos e emoções que se esses faltam, ela fica comprometida, vindo mesmo a esvair-se.
Não há mais uma postura firme, destemida e invariável diante da oposição que porventura se apresente, seja em que situação for.
Amor e fé tinham a ver com decisão, com tomada de posição, com compromisso inquebrável, com uma postura consciente e irreversível. Quem de fato vivenciou essas realidades uma vez, não retrocede jamais, mesmo que sob o custo capital da vida.

Acho que é assim.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Brasil - Um lamento

Brasil… desperta do seu berço esplêndido.

Nasci em 1962.
Logo em seguida veio o regime militar, que durou até 1985, período tido por muitos como ditadura e como um dos piores da nação. Não tenho muito como avaliar, pois pegou minha infância e juventude, o que sei vem da opinião dos outros, a favor e contra, alguns até pedindo a volta do regime.
Na sequência ao fim do regime militar, veio a eleição indireta de Tancredo Neves, que veio a falecer, vindo a assumir o seu vice, o José Sarney (hein!), representante do coronelato nordestino.
Em 1988 veio a nova Constituição. A meu ver, com a devida ignorância, uma lástima nefasta, pois não conseguiu colocar o país no eixo.
Em 1990 assume a presidência, em eleição direta, Fernando Collor, para em 1992 renunciar o cargo pois que anteviu que perderia o processo de impugnação (impeachment) por corrupção, assumindo seu vice, Itamar Franco (hein!).
Em 1994 é eleito presidente o Fernando Henrique, ancorado pelo sucesso do Plano Real que derrubou a famigerada hiper inflação. Tido como intelectual frequentava ambientes como a ABL, a USP e a Sorbonne. Difícil entender a realidade do brasileiro comum com esse currículo. Não enfrentou os escorchantes e vergonhosos juros praticados no país, deixando-o à míngua.
Em 2003 assume o Lulla. Em termos de currículo, o oposto do seu antecessor, mas de mesmo viés político. Não enfrentou os juros altos, pelo contrário, os favoreceu. Tinha tudo para entrar para a história como um grande estadista, as condições, inclusive as internacionais, eram todas favoráveis, mas, deu no que deu. Fez água.
Em 2011 chega a Dilma (hein!) para ser impugnada em 2016. Sem comentários, a não ser o fato de que também não enfrentou os juros altos.
2016 assume Michel Temer (hein!). Sem comentários. Também não enfrentou os juros altos.
Agora temos aí o Bolsonaro. Ninguém sabe o que vai dar. Dificílimo dizer, embora os indicativos sejam assombrosos.
Desde que nasci até os tempos de hoje são 58 anos.
O que vejo?
Vejo uma nação esculhambada, assaltada, mal tratada, vilipendiada, corrompida.
Democrática?
Sim, a considerar as eleições.
A considerar outros fatores e índices, não.
Não é democrática uma nação com tamanha desigualdade social.
Vejo uma nação emudecida, ensurdecida, cegada, entorpecida em que a imagem de um integrante da elite assentado em sala vip de aeroporto contrasta com a imagem de uma criança deitada em uma cadeira de plástico a tomar soro.
O que fizeram com essa nação???

Não se fica velho. Fica-se a cada dia mais perto da plenitude.

Estava vendo aqui a jornada do jamaicano Usain Bolt.
Um dos maiores atletas de todos os tempos.
Um deus do Olimpo.
Tricampeão olímpico nos 100 e 200 metros rasos e bicampeão no revezamento 4x100.
Fazendo um paralelo com a vida, pergunto:
Qual o momento maior de cada uma dessas jornadas?
Os treinamentos, o aquecimento antes das corridas, a largada, as passadas, a velocidade?
Humm… acho que não.
O momento maior está no coroamento, no caso, no recebimento das medalhas.
Elas não vêm de graça. Há muita coisa envolvida aí. Sobretudo, ele não ganhou nenhuma medalha antecipadamente, isto é, antes do tempo devido. Contudo… a coroação veio, justa e devida, mas veio no seu tempo.
Assim é com a vida.
Você faz, faz, faz mas o coroamento está lá na frente. E virá. Pra cada um.

domingo, 3 de maio de 2020

Com uma mão se lava a outra. E com as duas, se lava a cara

Você tem a direita, a esquerda e a elite.
A direita prega livre comércio, estado pequeno, capitalismo, riqueza, alguma (mínima) distribuição de renda.
A esquerda prega comércio controlado, estado grande, socialismo, riqueza, distribuição de renda desde que…
Filosofias que servem ao poder estabelecido. Não tem nada de bom aí. São pérfidos, mal cheirosos, coisas do “coisa ruim”.
A elite. A elite comanda tudo. Hora de um lado, hora de outro. Está ali, soberana.
A elite não tem lado. Não lhe importa as filosofias, as crenças, importa-lhe o comando, o poder. O poder que emana do povo, segundo a constituição (malfadada constituição).
E eu achando que o poder vinha e era de Deus. Idiota. Eu.
Ah! Democracia, sua linda. SQN.
Aí, quem não é da elite, e é da direita, ataca quem é da esquerda.
Aí, quem não é da elite, e é da esquerda, ataca quem é da direita.
E a elite? Fica ali, olhando tudo e se regalando.
E povo achando que a democracia está a pleno. Que de fato é o povo que comanda.
E dá-lhe atacar o outro lado.
Como se a extorsão e abuso dos juros praticados no país só afetasse um lado.
Como se o desemprego só afetasse um lado.
Como se a Covid só afetasse um lado.
Ou é assim e não me avisaram?
E a elite? Fica ali, olhando tudo e se regalando.
O que quer a elite?
Que os lados fiquem se atacando, se ofendendo, mesmo nas redes sociais, que em tese seria para celebrar a amizade.
Uai! Use as redes para atacar a elite, que, presta atenção, não tem lado. E não tem nome. Se liga nisso: não é atacando um nome que você estaria atacando a elite. Se liga. A elite é soberana e não tem lado.
Amigo… presta atenção. Seu problema não está no seu amigo, ou conhecido, que está do outro lado. Seu problema está na elite, que não tem lado.