quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Contexto x singularidade

Esses dois videos abaixo demonstram o quanto valorizamos as coisas somente num determinado contexto em que estão, isto é, não damos o devido valor para as coisas pelo que elas simplesmente são.







A moça fala para o músico que o viu na Biblioteca do Congresso e que tinha sido fantástico e ainda que essa é uma das coisas que só acontecem naquela cidade.

O acesso aos vídeos ocorreram através do site caiofabio.com

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O Pincel

Deus tem um pincel.
Pincel que é pincel e pintura.
A mais linda jamais igualada criação: Jesus.
Se a primeira falhou, num desatino auto-imposto, a segunda vingou.
Mais que criação, Jesus é criador.
É pincel, pintura e pintor.
Peça, artista e autor.
Assim como é sacerdote e sacrifício, porta e caminho, jornada e destino,
Leão e cordeiro, herança e herdeiro, meio, fim e começo, assim é um e outro.

Do que mais você precisa?

Deus tem um espelho, Jesus.
Espelho que não reflete por semelhança, antes, reproduz com exatidão.
Nele, tudo subsiste, logo, é tubo de oxigênio, soro antiofídico.
Bote salva-vidas, boia no mar bravio.
É cabo de aço que segura na correnteza, corda que socorre a fraqueza.
Água no deserto, sombra que protege.
Apoio na solidão, amigo que permanece.
É unção na ferida, consolo na partida.

Do que mais você precisa?

Diante dele o mais sensato é silenciar.
Uma mulher de profunda intimidade com Deus e compromisso extremo com as pessoas, quando questionada sobre o que falava com Deus em suas orações, disse “nada, eu só escuto”. E Ele, o que ele fala? “Nada, Ele só escuta”.
Em tempo: silêncio não é ausência de som.
Outra mulher foi acusada de falar com Deus. Seu bispo, querendo testá-la, desafiou-a a que dissesse quais pecados ele havia confessado para Deus no dia anterior, pois só Ele poderia saber. No dia seguinte, o bispo a abordou questionando sobre o desafio. Ela calmamente respondeu-lhe que Ele havia mandado dizer que não se lembrava mais desses pecados.

Do que mais você precisa?

Sabe por que está escrito que quem foi iluminado, provou o dom celestial, se tornou participante do Espírito Santo, provou a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caiu, sim, é impossível outra vez renová-lo para arrependimento, visto que, de novo, está crucificando para si mesmo o Filho de Deus e expondo-o à ignomínia?
Sabe por quê? Porque Deus olha para essa pessoa e lhe diz: “Meu filho, o que mais você quer? O que mais posso lhe dar que já não lhe tenha dado? Eu já lhe dei o que de mais precioso possuía, e mesmo assim você não se satisfez. Você não tem mais jeito”.

Os que recaem é porque não se satisfazem com o que recebem de Deus, o maravilhoso Jesus.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Pela paz

"Leia" no vídeo como pode inspiração, afinação, destreza, música bem feita, bem tocada estarem juntos.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Qual terá sido o grande erro da história?

Algumas sugestões:
- As câmaras de gás de Adolf Hitler
- O Bush lá e o Lulla cá
- O fatiamento da África pelos europeus no séc. XIX
- A guerra dos EUA contra o Vietnã
- Henrique Meirelles no Banco Central do Brasil
- Davi e Bate-Seba
- O segundo gol do Uruguai no Maracanã em 1950
- A democracia capitalista
- O silêncio do Papa e da Alemanha cristã na 2ª Guerra
- Eu ter nascido
- O comunismo leninista-stalinista
- O beijo de Judas
- O terceiro gol de Paulo Rossi em 1982
- José Dirceu na Casa Civil
- Golias achar que era o cara
- Pitta na prefeitura de São Paulo
- Bill Clinton e a sua namoradinha
- Jonas beber suco gástrico de peixe
- Jorge Vercillo plagiando Djavan
- Aquela maldita curva de Ímola – San Marino
- O martírio de Joana D´arc
- Luther King falar de igualdade (?)
- A invasão do Iraque em busca de armas químicas
- Bíblia servir de chave de cadeia por ser cofre de dinheiro ilegal
- As cruzadas cristãs
- Um pastor negar a divindade de Jeová
- A jovenzinha que foi “pregar” o evangelho para a Madre de Calcutá
- A decisão da ONU dando a Palestina para os judeus
- Gandhi falar de liberdade (?)
- sei lá... qualquer outra coisa

Não, nada se compara a um erro em especial: o lavar das mãos de Pilatos.
Não somente pelo ato em si, que por si só demandaria horas a fio de comentários, mas porque fez escola.
É comum, muito comum, mais que comum, quase regra, quase síndrome tomarmos a mesma atitude de Pilatos quando estamos diante de um problema para o qual achamos que não estamos capacitados a resolver. Ainda que revestidos da mais bela retórica, da mais espiritual postura ou movidos pela mais pura indolência, vivemos de ter a mesma atitude de Pilatos. Às vezes ficamos até indignados com alguma situação, indignação que não nos acompanha até a primeira esquina.
Assim que questões como a fome na África, o genocídio em Gaza, os juros praticados no Brasil que fazem com que não consigamos pagar, com tudo que poupamos, sequer os juros do que devemos, o que não deixa a dívida brasileira parar de crescer. Nossa dívida já passa de longe os 1,4 trilhão. Nossa pomposa atitude: lavar as mãos. E quanto à farra da igreja evangélica brasileira? E a impunidade em todos os níveis da sociedade? A impunidade vai acabar com essa nação. Nossa pomposa atitude: lavar as mãos. Aprendemos bem. Fazemos com uma classe tão elevada que qualquer drama de consciência é aplacado facilmente. “Fazer o que? Há gente responsável por essas coisas. Eles que deem a solução”.
Não é a toa que o Brasil tem a maior bacia hidrográfica do mundo.
Não sei não. Acho que em relação aos brasileiros o Nazareno na versão pós-moderna do séc. XXI seria careca.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

O menino

Ouro, incenso e mirra
Três expressões da matéria
O menino, uma expressão de Deus, aliás, expressa - por exata - imagem Dele
Ouro, incenso e mirra
Três estados da matéria: sólido, gasoso e líquido
O menino, estar não importa tanto quanto o “ser”. E ele é
Ouro, metal nobre, dos metais rei
O menino, por nobre, embora pobre, rei dos reis
Incenso, fumaça que sobe e impregna o ar
O menino, uma vida que se desfaz, desde cedo, sem desvanecer
Mirra, perfume que agrada o olfato
O menino, Deus agraciando os de baixo
Três reis? Três sábios? Três magos? Três astrólogos?
Quem sabe? O que importa?
Três homens, “desneoevangelizados”, que entenderam a gravidade do momento:
- Um menino, um evangelho, um reino, um amor
Ouro, anseio dos que amam a prosperidade
O menino, tudo o que o homem precisa, pura simplicidade
Incenso, pretensão de subir a Deus
O menino, Deus descendo ao homem
Mirra, terapêutica e embalsamadora, pretende curar e preservar
O menino, a cura de Deus que preserva a alma
Ouro, pelo quê se gastam fortunas
O menino, ele próprio a fortuna
Desafortunado quem não o vê, ainda que rico
Incenso, tipifica o sacerdócio
O menino, o sacerdote máximo, supremo
Mirra, substrato de uma árvore espinhosa
O menino, encontro certo e marcado com o espinho em forma de coroa mais que dolorosa
Ouro, anos dourados, sonhos dourados, vida dourada
O menino, humano e divino, frágil e forte, findo e infindo
Incenso, fruto de lábios que louvam
O menino, da boca de quem Deus extrai o perfeito louvor
Mirra, substância que ativa os neurônios do prazer
O menino, depois de crescido, ofertado em sacrifício como suave aroma

Não, não relegue essa história à qualidade de um conto infantil a ser contado para seus filhos ou netos.

Mente quem diz que o dinheiro a tudo compra.
Na vanguarda da história da salvação, lá estava o menino, aquecido pelo bafo de um jumento.
Algumas moedas e ele teria direito a um berço.
Algumas moedas e ele teria o aconchego de um quarto.
Alguns milênios e a teologia da prosperidade não daria crédito a uma criança assim nascida.
Mente quem diz que o dinheiro a tudo compra.
Pergunte-se, afinal: por que assim Deus quis?
A mensagem é clara, cristalina.
Não me permitirei responder. Não interferiria na sua relação com Deus.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Da santidade. Um outro lado

Por anos, talvez séculos, estabeleceu-se que aqueles conhecidos como cristãos deveriam se afastar das pessoas em nome da santidade a que eram convocados a viver. Muito dessa orientação decorre do entendimento dos termos originais da bíblia para santificação, tanto do Velho quanto do Novo Testamentos, que dão ideia de separação, isto é, essas pessoas deveriam se separar das outras, dentre outros motivos, para não se contaminarem.
Pois eu acho que dá para ter outro entendimento do conceito de santificação/separação a partir do verso 36 de João 10. Diz o texto: “... então, daquele a quem o Pai santificou e enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas; porque declarei: sou Filho de Deus?”.
O entendimento é: separar para enviar, para cumprir uma missão, para desempenhar um propósito.
Pense em um agricultor que separa as melhores sementes para semear sua lavoura. Pense em um general que separa os melhores soldados para as batalhas mais importantes. Pense em um técnico esportivo de uma seleção nacional que separa os melhores atletas para as competições.
Pensou? Então me diga: uma semente pode negar o misturar-se à terra? Um soldado pode negar o enfrentamento de uma batalha? Um atleta pode negar uma convocação? Acho que só há uma resposta.
Agora pense que Deus separa (santifica) pessoas para cumprirem a missão de evangelizar a terra.
É evidente que há o aspecto moral embutido no conceito da santidade, isto é, a separação do mal, do que é errado, do que faz mal às pessoas é válido, sempre.
O que está sendo colocado é que mais do que separado de os que seguem Jesus devem entender que são separados para.
Esse conceito me parece mais próximo do que aconteceu com Jesus que foi santificado (separado) e enviado, bem por isso ele vivia misturado às pessoas, tocando-as e sendo tocado, falando-lhes e ouvindo-as.
No decorrer dos séculos, a separação do mal trouxe a reboque a separação do mau, isto é, do homem mau, que é exatamente aquele que deve ser alcançado por aqueles que seguem Jesus.
Os discípulos de Jesus não estão aqui para julgarem e condenarem as pessoas, para apontarem os dedos quase numa atitude revanchista de quem não pode usufruir das “benesses” que aqueles usufruem. Eles não estão aqui para formarem uma classe à parte, como se uns fossem melhores que outros. Não!
Esses discípulos estão aqui para apresentarem um mundo novo, uma nova vida, vida essa que prescinde dos valores materiais, dos valores da competição, da concorrência, do quem é mais santo.
Santifique-se.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O efeito coca-cola

Olhe para uma garrafa de coca-cola de 2 litros. De que cor ela parece ser? Preta, é a resposta que prontamente nos vem à mente, pois instintivamente é pelas garrafas dessa cor que procuramos quando queremos comprar uma coca-cola. Mas... ela é preta? Não, ela é transparente. Beba o conteúdo da garrafa e você mesmo o comprovará. Então, o que lhe dá sua cor preta, desde que esteja cheia, é o seu conteúdo.
Há uma lição aqui, uma alegoria.
Pela sua transparência a garrafa deixa vir à luz o seu conteúdo preto. O preto é belo. Onde ele não está presente? Já se definiu o preto como a soma de todas as cores, em contraposição ao branco que seria a ausência delas. Você teria coragem de tomar uma coca-cola branca?
Quando olhamos para a garrafa, na verdade nós não a vemos senão o seu interior. Altruísta a garrafa. Não dá a mínima por aparecer. O que lhe importa é ser reconhecida como uma garrafa de coca-cola pela cor preta de seu interior. Depois de esvaziada já não lhe importa mais qual será seu destino. Ela já cumpriu sua missão. Se vai para o lixo, se vai ser um vasinho, um porta-treco ou o que quer que seja, não lhe importa, ela pode dizer, gloriosa: eu entreguei o que vieram buscar aqueles que me procuraram.
Tente transportar isso para o espiritual, para a sua relação com Deus e veja se dá para ser como uma garrafa de coca-cola.

(In)Certidão de I(n)doneidade

Nome do in-feliz (pense em inclusivo): Wani
RG (regra geral): amar; verbo transitivo, intransitivo
Ano: 2006

Introdução
Esse documento, embora contundente, tem a intenção principal de comunicar e repercutir o que tem sido minhas particulares reflexões com suas naturais e práticas implicações e consequências e assim demonstrar quem sou. É tempo de transparência.
Quero reafirmar meu visceral compromisso com os destinatários originais desse documento (meus amigos, todos eles). Eles podem e poderão continuar contando com meu sangue e com o que quer que venha antes dele, isto é, minha força, minha inteligência (embora pequena), minha amizade, minha presença, minha alegria (por vezes misturada às lágrimas), minha cumplicidade, minha proteção. Ainda não aprendi a deixar de lado meu azedume, impertinência e rabugice, então, no pacote vai tudo junto. Quem sabe daqui a alguns anos eu não melhore?! Mas, saibam todos: meus amigos me têm por completo. Mesmo meu dinheiro – tão curto - embora tenha aprendido que ele mais prejudica do que ajuda numa relação. Precisando de mim, é só estalar os dedos.

História
Para ir adiante, preciso falar um pouco de minha história.
Converti-me ao evangelho em 1.976 aos 14 anos de idade, quando fui convidado a uma festinha de um grupo de jovens da Renovação Carismática Católica. Desculpe-me falar, mas foi uma conversão maravilhosa, dessas do tipo absoluta, isto é, num dia eu estava “no mundo”, no outro estava na igreja. Uma conversão extremamente radical.
Desde cedo me apaixonei pela Palavra de Deus estudando-a sistematicamente com os parcos recursos de que dispunha. Como nasci, cresci e me converti num contexto católico, assumi essa religião. Para se ter ideia da minha entrega àquilo que acho certo, eu participava da missa todos os dias, de segunda à sexta-feira e no domingo de pelo menos três missas, pois, assim que me converti aprendi a tocar violão, sendo então requisitado (nem era tão requisitado assim, eu me oferecia mesmo para tocar), juntamente com outros integrantes do grupo. Ia de rua em rua recolher o “quilo” para obras sociais, era responsável pelo recebimento, em casa, dos “dízimos” dos moradores de algumas ruas da paróquia, atuava intensamente nas obras sociais do grupo em que participava, dentre outras atividades. Já virei muito concreto, abri cacimba, visitei hospitais e asilos. Plantei batata, cebola, couve-flor, jiló, milho e feijão indo depois às feiras para vendê-los, transportando-os serra abaixo em um caminhão sem freio, tudo para ajudar o “irmãozinho”. Carreguei um amigo paralítico no colo. Isso mesmo. Não tinha fé para curá-lo então eu o carregava nos braços quando das visitas que fazíamos a outras comunidades. Enfeitei muita rua para procissões de Corpus Christi (nem sei se é assim que se escreve). Rezei muito “terço”. Todo sábado de manhã limpava e lavava a “igrejinha” (na verdade a matriz da paróquia). Estava no meio da multidão quando o “sumo pontífice” visitou o Brasil, passei a madrugada lá. Era a minha busca. Enfim...
Foi um período maravilhoso de minha vida, impagável, que guardo com o maior carinho na lembrança.
Com o passar dos anos fui amadurecendo e conhecendo a doutrina do catolicismo de uma maneira muito profunda, pois estudava com afinco todos os seus documentos importantes, especialmente os do Concílio do Vaticano II. Manualmente eu rascunhava um resumo desses documentos. A Rosana, então minha namorada, passava-o a limpo, tudo para torná-los acessíveis aos meus companheiros, quando descobri, by myself, que aquela doutrina, dogmas, sistema eclesiástico (clericalismo), costumes, normas, regras, etc., eram incompatíveis com a Bíblia, quando não opostos e antagônicos.
Saí do catolicismo e passei a procurar um grupo de pessoas que vivessem conforme a bíblia. Rodei esse Brasilzão aí. Cheguei a dormir na rodoviária de Brasília, pois fui a um encontro lá e não tinha onde dormir, na verdade, cá entre nós, acho que não tinha mesmo era como pagar a hospedagem, se bem me lembro.
Em 1.986 conheci um pastor, Marcos Dancuart, que me pôs em contanto com a IEFA – Igreja Evangélica do Fundamento Apostólico. Desse relacionamento resultou minha ordenação a pastor em 1.988 quando liderava um grupo de irmãos que se reunia em minha casa. Esse grupo se transformou em uma igreja, hoje uma pujante igreja em Guaratinguetá.
Em 1.991 mudei-me para Belo Horizonte por motivos profissionais. Quando voltei, aquela igreja em que congregava estava se aliançando com outro ministério. Por conta de alguns desencontros, acabei indo congregar em um grupo de uma cidade vizinha, Aparecida, que mantinha algum vínculo com a IEFA.
Por uma série de fatores, acabei assumindo o pastoreamento dessa igreja que formalizou sua associação à IEFA, quando, algum tempo depois, recebi a proposta de deixar minha ocupação e trabalhar em tempo integral para a igreja. Fiz o que pude e o que não pude, foi um dos períodos mais intensos de minha vida, mas para os irmãos de lá parece não ter sido suficiente. Hoje eles estão bem e caminhando com o Senhor. Tenho o maior carinho por eles.
Passados alguns anos fui pastorear um grupo de irmãos na cidade de Barueri, irmãos que ficaram fiéis à igreja quando da cisão ocorrida na instituição. Esse grupo hoje também é uma igreja em crescimento e amadurecimento e onde tenho encontrado abrigo e amizade. Acredito muito na igreja local. Acho que ela é a expressão de Deus na terra.
Por outro lado estou em constante ebulição, procurando aprimorar o meu entendimento da obra da redenção e fazer-me participante dessa obra com todas as variantes que se possa imaginar. Dessa ebulição surgiu a essência desse documento.

Textos da minha vida
Esses textos têm me acompanhado ao longo de 30 anos e me forçado a pensar como penso.

Mt 20: 25-28
Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir (diakoneo = serviços de diaconia) e dar a sua vida em resgate por muitos (o que seria de Jesus em nossos dias se ele se apresentasse como um diácono?).

Lc 10: 26-37
Então, Jesus lhe perguntou: Que está escrito na Lei? Como interpretas? A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Então, Jesus lhe disse: Respondeste corretamente; faze isto e viverás. Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo? Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem (humanidade) descia de Jerusalém (lugar original do homem) para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto (estado atual do homem). Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo (representantes religiosos). Certo samaritano (Jesus), que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo (Espírito) e vinho (sangue); e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria (igreja) e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo. A questão não é mais uma pergunta: “quem é o meu próximo?”, mas a afirmação ao outro: “você é o meu próximo”.

Lc 22:37
Pois vos digo que importa que se cumpra em mim o que está escrito: Ele foi contado com os malfeitores (?!?!). Porque o que a mim se refere está sendo cumprido.

Jo 14:17
O Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não no vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós.

At 2: 42-47
E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.

1 Co 14:26
Que fazer, pois, irmãos? Quando vos reunis, um tem salmo, outro, doutrina, este traz revelação, aquele, outra língua, e ainda outro, interpretação. Seja tudo feito para edificação.

Ef 4: 4-16
Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens (os dons são os próprios servos de Deus que Ele dá à humanidade). Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido às regiões inferiores da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para encher todas as coisas. E ele mesmo concedeu (os servos de Deus não têm dons, eles são o dom. No inglês – NKJV- está: “gave some to be”) uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo, para que não mais sejamos como meninos, agitados de um lado para outro e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia com que induzem ao erro. Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

Cl 1: 26-27
O mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória.

1 Tm 2:5
Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.

2 Tm 3:1-5
Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. (Dá para acreditar quem é a companhia dos amantes de si mesmo?).

Hb 7: 11-17
Se, portanto, a perfeição houvera sido mediante o sacerdócio levítico (pois nele baseado o povo recebeu a lei), que necessidade haveria ainda de que se levantasse outro sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque, e que não fosse contado segundo a ordem de Arão? Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei. Porque aquele de quem são ditas estas coisas pertence a outra tribo, da qual ninguém prestou serviço ao altar; pois é evidente que nosso Senhor procedeu de Judá, tribo à qual Moisés nunca atribuiu sacerdotes. E isto é ainda muito mais evidente, quando, à semelhança de Melquisedeque, se levanta outro sacerdote, constituído não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel. Porquanto se testifica: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque.

Hb 8: 10-13
Porque esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não ensinará jamais cada um ao seu próximo, nem cada um ao seu irmão, dizendo: Conhece ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior. Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei. Quando ele diz Nova, torna antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer.

Hb 10:1
Ora, visto que a lei tem a sombra dos bens vindouros, não a imagem real das coisas, nunca jamais pode tornar perfeitos os ofertantes, com os mesmos sacrifícios que, ano após ano, perpetuamente, eles oferecem.

Tg 2: 1-8
Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas. Se, portanto, entrar na vossa sinagoga algum homem com anéis de ouro nos dedos, em trajos de luxo, e entrar também algum pobre andrajoso, e tratardes com deferência o que tem os trajos de luxo e lhe disserdes: Tu, assenta-te aqui em lugar de honra; e disserdes ao pobre: Tu, fica ali em pé ou assenta-te aqui abaixo do estrado dos meus pés, não fizestes distinção entre vós mesmos e não vos tornastes juízes tomados de perversos pensamentos? Ouvi, meus amados irmãos. Não escolheu Deus os que para o mundo são pobres, para serem ricos em fé e herdeiros do reino que ele prometeu aos que o amam? Entretanto, vós outros menosprezastes o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e não são eles que vos arrastam para tribunais? Não são eles os que blasfemam o bom nome que sobre vós foi invocado? Se vós, contudo, observais a lei régia segundo a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, fazeis bem.

1 Pe 2:9
Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;

1 Jo 2:27
Quanto a vós outros, a unção que dele recebestes permanece em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina a respeito de todas as coisas, e é verdadeira, e não é falsa, permanecei nele, como também ela vos ensinou.

Ponto de vista
Já foi dito: “todo ponto de vista é a vista de um ponto”.
Apresento o meu, o que me impede de ter a presunção de que alguém mais o tenha ou o veja como vejo. Geneticamente, em questões filosóficas, não sou proselitista. Já em questões do evangelho, sim, mais que proselitista, sou um doente maniqueísta. É o evangelho e ponto.
Do meu ponto de vista, que não é mais que a vista de um ponto, digo que não consigo me enxergar dentro de qualquer religião que exista, nem na vertente protestante-evangélica. O meu Senhor jamais tratou de religião.
Isso é uma constatação. Não é um ponto de partida, já estou no meio do caminho, tampouco é um ponto de chegada ou tomada de posição. Muito menos deve ser uma questão beligerante ou determinante para o convívio com aqueles a quem aceito e por quem acho que sou aceito.
Não adianta, por mais que queira mudar, adaptar-me, enquadrar-me, não consigo. Não vai! Já tentei mudar. Fiz Shekinah, fiz Veredas, mas não vai, então estou assumindo. Para falar a verdade, jamais me enquadrei. Atenção aqui. Sempre estive fora, embora, talvez, parecesse estar dentro, digo-o para mim mesmo. Não por hipocrisia ou comodidade ou medo. Ocorre que as coisas estão ficando mais claras agora e todos estamos em constante amadurecimento e aprendizagem. Já foi dito: “só o louco tem idéia fixa”. (Posso falar a verdade? Às vezes me sinto um pouco louco, perdido em devaneios estéreis).

Assim:
Repilo a autoridade presente na igreja evangélica – especialmente na pentecostal-neopentecostal-apostólica - que se estabelece pelo princípio da proximidade aos poderosos. Sim, porque na Roma antiga era assim, nas grandes potências atuais é assim, nas pequenas nem se fale, na Igreja Católica era e é assim, isto é, os que querem ter autoridade a conseguem aproximando-se dos poderosos e sujeitando-se a estes, para então terem a sua própria autoridade validada (quem não se lembra do centurião). Esse é o sistema terreno, humano, contaminado, afetado, pernóstico e presente no meio evangélico de maneira geral (para maiores informações a respeito, pesquisem as Assembléias de Deus e afilhadas).
A autoridade que vem do alto, pura, inquestionável, lastreada em santidade é conferida também a quem se aproxima de um poderoso, do Poderoso, portanto, conferida a TODOS, pois na Nova Aliança TODOS podem se aproximar de Deus. Se assim é, então não há quem tenha autoridade sobre os demais, ou alguém dirá que está mais perto do Poderoso do que o outro, como pretendia aquela mãe – a esposa de Zebedeu - que queria seus filhos assentados ao lado de Jesus? Se assim é então não há hierarquia. Se assim é então não há escala de pessoas mais importantes que outras.
Difícil de entender? Nem tanto.
Repilo privilégios. Será algum desvio de personalidade, algum trauma da infância? Não sei, pode ser, dou a mão à palmatória, mas que os repilo, repilo. Lugares de destaque, distinções, preferências, referências, deferências, reverências. Repilo. Seletividade, tratamento diferenciado, concessões. Repilo. Os pastores sabem do que estou falando. O chamado a ser servo seria só uma questão de semântica? Teria já o Senhor cumprido isso por nós (digo-o como representante da categoria), estando nós, então, isentos de praticá-lo, podendo assim usar e abusar das prerrogativas humanas e carnais que o cargo dispõe e que aqueles que estão “abaixo” na hierarquia gostam tanto de valorizar (não sei por que eles gostam tanto de valorizar essas coisas)? Não me parece.
Repilo a teoria da prosperidade que leva à financeirização da mensagem do evangelho. Ter como base de avaliação do outro o quanto ele - indivíduo ou coletividade – é capaz de ganhar ou arrecadar, é demais! Vale menos o dom que ele tem, ou que ele é (cf. Ef 4). Não sei, tenho a impressão que o meu Senhor não passaria pelo crivo do evangelicalismo cristão pós-moderno. Como é triste, quase vou às lágrimas, perceber pessoas preciosas, até do meu convívio, enveredarem por esse caminho, em termos de prática e avaliação. Vale dizer aqui: como é triste ver o quanto se gasta mal o dinheiro arrecadado em nome de Deus nas igrejas.
Repilo o clericalismo. Herança judaico-católica presente em todos os quadrantes do evangelicalismo cristão. Eu, saído do catolicismo, por vezes pensei que encontraria alguma coisa diferente do que vi lá. Engano. Não deu. Lá, como cá, há castas megalomaníacas, e ordens, e títulos, e separações como, por exemplo, a existente entre clero e laicato. Essa é uma tentativa de retrocesso que está sendo frustrada pelo meu Senhor. Existem hoje grupos, mesmo no interior das denominações, os quais não são enquadráveis, que estão em conformidade com o padrão de Deus.
Repilo aqueles que se colocam entre Deus e as pessoas. Cobertura?! Como assim? Quem pode estar acima das pessoas? Não pode, n i n g u é m pode estar acima de ninguém. Aos desavisados: só Jesus pode estar entre Deus e o homem, isto é, sobre o homem como seu sacerdote e intercessor e senhor e rei.
Repilo a judaização do cristianismo. Não deveria. Que tenho eu com isso? Então deixa essa pra lá.
Repilo o sincretismo religioso que usa elementos do evangelho e da bíblia para autorizar devaneios espíritas.
Repilo a americanização da brasilidade. Musicalmente inclusive. Digo-o em um contexto de evangelho, embora valha para o sócio-cultural também.
Repilo rótulos. Qualquer um deles. Pense em um... Repilo. O “termo” pastor hoje se tornou um rótulo. Então repilo. Não a função. O meu Senhor é pastor pleno na plena expressão da palavra, eu mesmo exerço o pastorado, mas o termo... repilo. Pense em outro... Repilo. Evangélico? Pense nos deputados evangélicos que roubaram dinheiro da saúde pública e depois pense nos velhinhos moribundos nos corredores dos hospitais. Agora responda sem medo e sem paradigmas pré-estabelecidos: você quer ser contado com esses?
Agostiniano, franciscano, luterano, calvinista, wesleyano, ortodoxo, fundamentalista, tradicional, pentecostal, neo-pentecostal, pós-pentecostal, judaizante, liberal, extravagante, levita, apostólico, cristão genuíno, dentre inúmeros outros, repilo. Inclua-se aí: joanino, pedrino e paulino.
Radical que era, ao extremo, Jesus não permitia qualquer tipo de distinção. Ele citou três: mestre, pai e guia – Mt 23. Evidente que os citou como representantes dessa instituição, refiro-me à instituição humana de distinção entre uns e outros. É textual o alerta: “vós todos sois irmãos”.
Se alguém pensar, ainda que de longe, que eu estaria provocando uma contradição entre as palavras do meu Senhor e as de Paulo que usou dessas distinções, digo: não estou. Não é possível contraditar as palavras de meu Senhor. O evangelho é um documento bloqueado que não aceita adulterações. Sei que Paulo não quis isso. O fato é que, embora inspirado pelo Espírito Santo, ele está num plano muito abaixo do meu Senhor. De minha parte, estou totalmente descansado quanto a saber que Paulo, jamais, quis contraditar ou acrescentar o que quer que seja ao evangelho.
Repilo a presunção, a prepotência, o pernosticismo, a vaidade, a postura de quem acha que sabe tudo ou alguma coisa, que acha que controla tudo ou alguma coisa, em qualquer área, que acha que não tem o que aprender ou que já sabe o suficiente, que acha que é dono de alguma coisa, que é indispensável.
Repilo paradigmas e estereótipos criados por não sei quem, não sei quando, não sei onde. Coisas que não têm a menor interação comigo, a menor razão de existir pra mim, que não fazem parte de minha existência. Por isso mesmo não me vejo na condição de segui-los ou de submeter-me a eles, pelo menos não daqueles que já consegui identificar (leia-se: penduricalhos carnais que querem impingir ao comportamento cotidiano – e litúrgico – dos chamados “evangélicos”).
Repilo o paradoxo entre discurso e comportamento, entre retórica e prática, entre belas palavras e comprometimento, entre essência e aparência, entre forma e conteúdo (avisei: sou um doente maniqueísta).
Repilo a mais flagrante, rasteira e capciosa afronta à mensagem do evangelho que propaga aos quatro cantos que “fomos colocados por cabeça e não por cauda”. Poucas colocações estão mais divorciadas da mensagem e espírito do evangelho.

Quem sou
- Um filho de Deus que quer, em santidade, amá-lo com toda a força, e também e nessa ordem a esposa - minha fidelíssima companheira em toda essa minha jornada. Como a amo! - os filhos, os amigos (parentes incluídos), os concidadãos, os brasileiros, enfim, qualquer um. Sem julgamentos, sem juízos preconcebidos, portanto, sem prejuízos. Sem manias, sem clichês, sem rótulos, sem acepção, sem caricaturas, sem máscaras, sem superficialidades, sem “perfumarias”. Não quero dar tampouco receber essas coisas.
- Alguém com um razoável entendimento da Palavra de Deus, da vida (será mesmo? Acho que não, cada vez mais vejo que sei menos, embora sempre com muita vontade de aprender) e que quer compartilhar sentimentos e respostas e - por que não?- perguntas.
- Alguém visceral, que costuma ir aos extremos.
- Alguém que procura a humildade. Não a humildade de pensar menos de si, mas menos em si.
- Um amante da vida, da simplicidade, do passado existencial, das crianças, dos velhos, da natureza, dos animais, da boa música, dos livros, da meditação, do silêncio, não nessa ordem. Só não me amo a mim mesmo. Essa doutrina da psicologia humanista e pós-moderna da auto-estima (seria o auto-amor?) comigo não rola. Aqui eu sempre dou uma canja para os psicólogos de plantão. Rapidinho acho que eles pensam: “Pronto! Descobri o problema do infeliz. Ele tem baixa-estima (ou seria baixa auto-estima, ou ainda baixa-alto estima. Alguém pode me explicar?)”. Não sei, acho que não, lido razoavelmente bem comigo.
- Um “ademocrata”. Não acredito na democracia. Por mais de 25 anos não tenho votado, sequer possuo título eleitoral. Talvez quando o voto deixar de ser obrigatório eu vote, porque aí ele deixará de ser um instrumento a favor dos poderosos e passará a ser uma atitude qualificada. Muitíssimo menos acredito no capitalismo globalizante, e asfixiante, e empobrecedor, e discriminador, e... tudo de ruim (Nova Orleans que o diga). Já tiveram sua chance. Faliram. Ou a sociedade descobre outro jeito de se organizar, ou já era. Verdade?! Já foi. A natureza e o meio ambiente, para dizer o mínimo, estão gritando. E o máximo, o que seria? Que tal a fome das crianças africanas? Ou os 2 bilhões de humanos (tratados por Jesus como irmãos, vide Mt 25) que vivem abaixo da linha da pobreza?

Meu desejo

Ser reconhecido pelo que sou, conforme descrito acima. Sem rótulos. Acho que desejar ser aceito seria pedir demais, seria muita presunção de minha parte.

Algumas frustrações
Ter aprendido a jogar tênis muito tarde. Estar aprendendo a dizer “não” muito tarde também. Ter que ficar longe da “véinha”.

Temores
São bem poucos. Um deles é apresentar incoerências entre discurso e comportamento. Pode acontecer, mas não será deliberado. Se alguém notar alguma, por favor, me avise, tentarei mudar. Outro seria perder a amizade das pessoas, por quaisquer motivos, especialmente dos meus filhotes. Acho que dessa meu Senhor me livrou, eles se dão muito bem comigo, mas mais lindo ainda é ver o quanto eles se dão bem uns com os outros. Essa é minha prosperidade, minha posteridade, meu legado, meu testamento. Esse será meu epitáfio.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Corra!

Recebi o link do Gustavo. É qualquer coisa.


http://www.youtube.com/watch?v=4Yc4L-ffj8c

Você deve ouvir para sentir o pregador. Há legenda, mas de qualquer forma eu transcrevi a mensagem para guardar.

___________________

No primeiro domingo depois da tragédia de 11 de setembro de 2001 Carter Conlon pregou essa mensagem na Igreja Times Square em Manhattan NY.

Escute-me como você nunca escutou jamais em sua vida
Temos que derramar nossas vidas pelos propósitos de Deus
Isso não é uma escolinha bíblica para a Igreja de Jesus Cristo
Isso não é um convite para contínuos passa-tempos
Isso é uma guerra pelas almas dos homens
Saia do meio deles
Corra pela sua vida
Porque isso é sobre a sua vida
Isso não é apenas sobre uma teologia contrária
ou novos pontos conflitantes sobre Jesus
Isso é sobre a sua vida
Minha mente está marcada para sempre
Com a história que ouvi de policiais de New York
Enquanto pessoas fugiam de um edifício se despencando
Havia policiais e bombeiros e outros que corriam em direção aos edifícios
Dizendo: corra pela sua vida
Como se fossem seus próprios colegas
Em alguns casos eu creio que eles sabiam que iriam morrer mas havia um senso de dever
E eu indo até Deus disse: Deus! Oh Jesus
Não deixe meu senso de dever ser menos pelo teu reino do que o que esses amados bombeiros e policiais foram por aqueles que pereciam enquanto as torres caiam
Vivemos e uma geração onde Jesus tem caído pelas ruas
Eu quero estar no meio daqueles que não estão correndo do conflito mas estão correndo para o conflito e dizer: corra pela sua vida
Corra de evangelhos que focalizam apenas sucesso e prosperidade
Corra! Corra daqueles que usam o nome de Cristo somente para o seu próprio ganho
Corra daqueles que roubam do seu bolso em nome de Jesus
Corra! Corra de evangelhos que somente estão focalizados no auto-progresso
Corra! Corra de igrejas onde o homem e não Cristo é glorificado
Corra! Corpo de Cristo, corra!
Saia e não toqueis nada imundo
Corra de igreja na América e Canadá onde não há bíblia
Não há custo na teologia
Não há uma palavra que examina a alma, não há arrependimento de pecados
Não há menção do sangue de Jesus
Corra! É imundo
Corra! Corra de igreja onde você fica confortável em seus pecados
Você vai à casa de Deus e tem pecado em sua vida e não é convencido dele
Você participa de mesa de demônios
Corra de púlpitos que satisfazem homens políticos que estão usando o púlpito de Deus para seus próprios interesses políticos
Corra! Corra daqueles que pregam divisões entre raças e cultura, corra!
Corra! Saia, desligue, fique longe disso. Eles não sabem nada de Deus
Corra de movimentos ímpios espasmódicos e intermináveis profecias vazias
Amada igreja, corra pela sua vida
Corra de pregadores que se levantam para dizer estórias e piadas.
Corra como você nunca correu antes
Corra! Corra! Corra!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O ladrão

O que todos buscamos e esperamos;
o que todos queremos e ansiamos;
o que todos ardentemente desejamos;
para o que todos nos preparamos e trabalhamos;
para o que todos jejuamos e oramos;
para o que todos brigamos e discutimos;
para o que todos competimos e digladiamos
aquele vil pecador recebeu surpreendente e instantaneamente de graça.
O que todos achamos ter posse;
o que todos achamos controlar;
o que todos presumimos conhecer;
para o que todos nos dispomos a interceder;
para o que todos nos dispomos a ensinar;
para o que todos arrecadamos e deliberamos;
para o que todos ouvimos e aconselhamos
aquele vil pecador, por simplesmente estar cara a cara com o Galileu, sem mediador e sem poder fazer nada, a não ser pedir uma lembrança, conseguiu.
Quem, jamais, ouviu o que ele ouviu? Abraão, Jacó, José, Moisés, Davi, Salomão, Isaías, Paulo, Pedro, João, Jerônimo, Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley, Moddy, Graham, Macedo(s), Hernandes(s), você, eu?
Esse episódio da bíblia é simplesmente um arrasa quarteirão dos castelos das teologias e teólogos que acham que sabem alguma coisa.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

O pastor

Haverá alguém mais incompreendido?
Poucas categorias são tão ecléticas como a desse personagem, sendo possível encontrá-lo em várias versões. Católico romano ou ortodoxo, evangélico fundamentalista ou pentecostal. Culto, cheio de títulos ou analfabeto funcional. Rico, próspero, muito bem colocado, às vezes fazendo-se acompanhar das mais vis figuras sob o falso pretexto de influenciá-los ou pobretão morando em lugares totalmente indignos. Está sempre querendo crescer. Alguns são honestos e são exemplos do mais puro altruísmo. Outros são francamente interesseiros e inescrupulosos, materialistas ao extremo. Amantes da prosperidade mais que da simplicidade. Aliás, simplicidade que é a virtude que um cantor “gospel” quer imitar de Jesus. Ademais ele quer ser forte como Sansão e rei como Davi. Não é piada, ele canta isso mesmo.
Pastor. De odiado a amado, teve um, um negro, barbaramente assassinado, por ousar falar em igualdade. Igualdade?! Isso é coisa de um livretinho ultrapassado, arcaico, prosaico, démodé denominado Atos dos Apóstolos.
Em terras tupiniquins o pastor já foi mais respeitado. Era exemplo de dedicação e honestidade. Por ignorante, tinham-no como despreparado. Debaixo daqueles ternos puídos, era quase lendário. Hoje, é duro defender-lhe o caráter. Por muito capaz, têm-no como salafrário. Contudo, vez que há sempre um remanescente, procurando encontra-se bons exemplares da classe. Pessoas que vão ao extremo, seja em presídios ou hospitais, em favelas ou residenciais, em catástrofes ou em velórios, lá estão em busca de uma alma perdida.
Quem dera mantivessem sempre aquela ingenuidade original do começo de seus ministérios. Quem dera. Assim seriam, de fato e de direito, pessoas a serem imitadas. Mas, os anos se passam e com eles vão-se os mais belos sentimentos, as mais belas ações, as mais tocantes atitudes para ficar essa necessidade de destaque, de serem obedecidos a qualquer custo, de serem “honrados”, de terem primazia, de terem ascendência, de levarem vantagem, de serem reconhecidos, de serem bajulados.
Pena, pena que estão acabando, trocando o celestial pelo terreno, o espiritual pelo material, o santo pelo profano, o servir pelo ser servido.
Um consolo: haverá, há de haver, sempre, um remanescente.

A apóstolo

Apóstolo, afinal, existe ainda ou não mais? Encerrou-se com o período bíblico, ou é válido alguns postularem o título, ainda que por auto-intitulação? O colégio fechou-se com os doze, depois onze, depois doze novamente na base do sorteio (será que eles usaram dadinhos), ou depois com treze por causa do abortivo? Os fundamentos do muro da grande cidade (Ap 21) em que estarão escritos os nomes dos doze apóstolos é literal? O Apocalipse suporta tal literalidade? Parece-me que não. Mas, será a isso, então, que aspiram os atuais apóstolos, isto é, terem também os seus nomes escritos no fundamento da grande cidade? Pode ser, porque se tem uma coisa em que os atuais são chegados é em exposição.
Os de antanho eram uns pobretões. Certa vez, dois deles foram abordados por um mais pobre que eles e eles não tinham um tostão para lhe dar! Tiveram que apelar para o imaterial. Os de hoje são “chicões”. Têm dinheiro até para criar cavalo de raça. Prosperou o negócio!!!
Os de cá vivem de dar testemunhos, especialmente dos milagres que fazem. Os de lá eram eles as testemunhas. Há toda diferença aqui, muito além da semântica. Pense que na língua em que o Novo Testamento foi escrito a palavra para “testemunha” é a mesma para “mártir”. Pense que de acordo com At 1:8 aqueles receberiam e seriam. Não diz que receberiam e dariam, mas que receberiam e seriam. Há toda diferença aqui. Os de hoje vivem de dar testemunho, que ir para a cruz é demais para eles. Esse negócio de cruz está meio ultrapassado.
Eu, saído do catolicismo, ex-estudioso de seus princípios e preceitos e regras e normas e dogmas e tradições consigo enxergar tanta similaridade entre as principais partes dos denominados cristãos (católicos e evangélicos), cuja expressão de modernidade consiste exatamente de serem liderados por um apóstolo (Uai, mas apóstolo não é líder, apóstolo é mensageiro! Deixa pra lá). Nada contra, há até frutos que se podem extrair dessa similaridade, em que pese uma convivência pacífica entre elas (as partes). Só não se diga que uma quer melhorar a outra, pois o que se tem copiado são os vícios não as virtudes, quando as há. Lá eles têm um apóstolo, na verdade, segundo eles, o legítimo sucessor dos apóstolos. Aqui há os apóstolos que se sucedem indistintamente. Em ambos os casos há um verdadeiro fascínio por essas figuras, que faz com que seus seguidores, como que encantados, façam quase tudo o que eles determinam. Mas, bola pra frente, que atrás vem gente. O importante é crescer, a que custo for. Os fins justificam os meios, sem receios, nem escrúpulos.
Haverá um tempo, ah! haverá... em que os títulos darão lugar a um comportamento cujo modelo único será o Cristo evangélico dos evangelhos (com o perdão da redundância), não o dos apóstolos, menor, sempre, que o Auto-apresentado, ou, do alto apresentado/presenteado.

sábado, 12 de dezembro de 2009

O profeta

O profeta, essa criatura tão... tão... que direi? Tão sem pé nem cabeça!
O profeta, cuja arma não é a palavra, tão somente, mas sua presença, sempre instigadora, por vezes, muitas, indesejada.
O profeta, jamais se adequando ao meio, parece estar sempre em devaneio, nem sempre falando coisa com coisa. Ele sabe que só se é aceito no meio quem ao meio se adéqua, mas ele não tem preço, vivendo do meio o avesso.
De uma coisa ele não é adepto. Dessa filosofia antropológica pós-moderna do “deixa a vida me levar, vida leva eu” na versão zecapagodiana, ou do “vou deixar a vida me levar pra onde ela quiser, seguir a direção de uma estrela qualquer” na versão samuelroseana dos Beatles. Oras! Já foi dito: “o acaso é a providência dos imbecis”.
Num meio densamente mitômano ele é invariavelmente visto como o do contra, pois da farsa é inimigo, do embuste, opositor, da encenação, adversário, a hipocrisia causa-lhe horror.
O profeta, sempre sozinho, um estranho no ninho, sabe não haver respaldo para suas questões. Desde tempos muito antigos vem pagando com a vida pela fidelidade à sua missão/vocação, aos seus senões, tombando, enfim ferido, mas não compactuando.
Não é um especialista. Sabe de tudo um pouco, do trivial ao essencial. Ao ignorante ou ao intelectual, ao médico ou ao louco, ao fraco ou ao poderoso terá sempre uma sacada, às vezes até bem humorada, outras, francamente ousadas, sem jamais render-se à conveniência. Não é covarde a esse ponto, nem a ponto nenhum. Alguém aí conhece algum? Dê-me o seu celular, vou convidá-lo para jantar.
O profeta, essa criatura tão intrigante, estará ainda presente entre nós? Pode ser, não será, contudo, encontrado engravatado, montado em bens advindos da teoria humanista da prosperidade, pois abdica de interesses pessoais em prol do bem comum. Sempre se oporá ao capital visto como fim, até que se entenda o dito cujo como meio para um objetivo maior, mais sublime e compartilhado, que partilhar é a essência de sua mensagem. 2008 (com sua grave crise econômica) o ajudará a convencer as pessoas a esse respeito.
Imagino-o de compleição franzina, não podendo valer-se, portanto, disso para fazer valer seus valores. Vai no verbo ou não vai. Sua oração: “Pai, afasta de mim esse ‘cale-se’”. Sua maior virtude: enverga até quase não poder mais, mas não rompe.

Do descanso

Há um descanso para o povo de Deus
Ele não está em Canaã
Ele não está no sábado
Canaã é espaço físico, geografia
Sábado é lapso de tempo, cronometria
Há um descanso para o povo de Deus
Ele não está na consciência tranquila pelas boas ações cometidas
Ele não está no domingo
Consciência tranquila é extensão e expressão de autossuficiência
Domingo é pretexto para indolência
Há um descanso para o povo de Deus
Ele não está na segurança da prosperidade
Ele não está no sono tranquilo
Prosperidade pode ser engano que laça com promessas temporais
Sono tranquilo só o tem quem não vai além, jamais
Há um descanso para o povo de Deus
Ele não está no milagre recebido
Ele não está na superação do sofrimento
Milagre recebido, depois sempre esquecido, é desperdício
Sofrimento é mestre, da plenitude é princípio
Há um descanso para o povo de Deus
Moisés não o achou, Josué também não
Davi o procurou, mas ficou só na percepção
A geração do Mar Vermelho caiu pela provocação, erraram no coração
Há um aviso: não incorramos em tal tentação
Há um descanso para o povo de Deus
É meio e fim, parte e todo
Descendente e ascendente, sem mistério, sem engodo
É precedência e consequência, imprescindível, indispensável
Como achá-lo? Como desfrutá-lo?
Evangelho, evangelho, evangelho!
Maiores informações: Hebreus 3 e 4

O guia turístico

Jesus é um guia turístico, cujo destino que apresenta é ele próprio.
Ele é o mapa de Deus. O melhor caminho, a melhor trilha, a melhor sina.
Ele é do lugar para onde queremos ir. Mais: ele é esse lugar.
Ele conhece cada passo a ser dado, cada desvio a ser evitado.
Se não há pré-condições para segui-lo, há por outro lado despojamentos a serem feitos.
Alguns deles:
- abrir mão de qualquer privilégio
- abrir mão de preferências, referências, deferências
- abrir mão de acepções, comparações, distinções, discriminações
- abrir mão da vaidade, da fatuidade, da frivolidade, da futilidade
- abrir mão da prosperidade, da felicidade
- abrir mão da auto-suficiência
Jesus é um guia turístico.
Os que o seguem, devem “segui-lo”. Oras!
Ele não andará por ninguém, embora seja certo que estará ao lado de todos, especialmente nos momentos difíceis.
Impossível desfrutar-lhe o conhecimento e a companhia sem sair da zona de conforto tão característica da sociedade moderna.
Impossível desfrutar-lhe o conhecimento e a companhia sentado na poltrona de casa ou em um banco de igreja, ou ainda em um banco desses carrões modernosos.
Impossível desfrutar-lhe o conhecimento e a companhia sem sair ao sol, ou... à chuva.
Impossível desfrutar-lhe o conhecimento e a companhia sem correr riscos.
Impossível desfrutar-lhe o conhecimento e a companhia se o que se busca é o bem estar da segurança que o dinheiro dá.
Se não há pré-condições para segui-lo, há por outro lado “professores” que ajudam muito na preparação para a jornada.
Alguns deles:
- doença
- recursos limitados
- solidão
- desespero
Jesus, o nosso melhor destino.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Três em um - I

O caminho não é um conjunto de direções ou de passos a serem dados.
O caminho não é um traço no mapa ou uma via de acesso a outros lugares.
Não está no caminho aquele que tão somente se sente seguro pensando que sabe para onde vai.
A verdade não é um conjunto de regras ou princípios a serem seguidos.
A verdade não é uma coleção de tratados e leis aceitos pelas pessoas, tampouco é simplesmente o oposto da mentira, assim, não está na verdade aquele que simplesmente não mente.
A vida não é o respirar ou o desfrutar daquilo que se quer e se pode fazer.
A vida não é simplesmente o oposto da morte, assim, pode-se estar vivo e ainda não estar na vida.
O caminho, a verdade, a vida são uma Pessoa.
Enquanto não se trava um relacionamento com essa Pessoa, nem se caminha, nem se é verdadeiro, nem se vive.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Três em um - II

A vida é a verdade.
A verdade é a vida.
Caminhando se vai a elas.
Sem chegada, sem partida.
A vida é verdadeira quando e quanto vital é a verdade.
Assim, uma e outra, transformam-se em caminho.
Em assim caminhando não se chega a lugar algum senão a Alguém.
A vida é o caminho de uma jornada.
No caminho se vive concretamente, jamais fora dele.
Que fora dele é só respirar.
Há os que dizem: “o importante é ser feliz”.
Felicidade que consiste em consumir.
De bens materiais a massagens espirituais.
Da liberdade de se fazer o que se quer às bajulações emocionais.
Ainda não descobriram a vida verdadeira do caminho.
A verdade está no caminho, ou... é o caminho.
Que caminho verdadeiro!
A vida é a essência imanente de ambos.
Enquanto caminho (n)o caminho, caminho vivo.
Se vivo caminhando, vivo verdadeiramente.
Se a verdade está em minha mente, então estou vivo.
Assim posso dizer: verdadeiramente vivo caminhando.