segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Democracia brasileira: uma fraude


A cada dois anos você é chamado “compulsoriamente” a participar da festa da democracia.

Compulsoriamente?!

Oras! Se o voto é obrigatório, então, valha-me meus neurônios, tão escassos, não é um direito. Não é razoável que alguém seja obrigado a ter um direito. Se é um direito, não pode ser obrigatório. A menos que a elite que dirige o país trate os cidadãos como uma classe de gente pueril, qual pai em relação ao seu bebê que lhe diz o que pode e não pode fazer.

Você é chamado a cada dois anos a exercer o seu direito obrigatório. E dê-se por satisfeito, essa é a parte que lhe cabe.

Hein! Nem na semântica mais elementar e primária é possivel a construção dessa expressão: direito obrigatório. A partir do momento que algo passa a ser obrigatório, ele passa de direito a dever, logo, a democracia não é um direito, é um dever. Elementar.

Ocorre que a elite sacou que em mantendo a obrigatoriedade do voto ela mantém o controle sobre a massa daqueles que são manipuláveis e assim conseguem manter a coisa como está.

Mas, contudo, todavia, entretanto, pra desespero dos democratas, há um país tido e cantado em verso e prosa como o modelo de democracia que consta também como tendo eleições fraudulentas.

Não foi Karl Marx, Adolph Hitler, Fidel Castro, Hugo Chavez, já passados, ou Nicolas Maduro, Vladimir Putin, Lulla que falou isso.

Foi o homem mais poderoso da terra em pleno exercício do poder: Donald Trump.

Aí é o fim né?

Se lá assim está, como ficará cá?



ET: você é chamado a cada dois anos a participar da festa da democracia, mas é obrigado a dar 5 meses de trabalho do seu ano para manter aquela caterva lá.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Vantagens e desvantagens

Já dou de barato que sou um… o termo é pesado, mas expressa bem o que sou, um desajustado. Eu acho que é muito difícil (eu) me enquadrar, me rotular. Aliás, quer ter minha amizade, não me rotule.
Conta a minha história que eu teria passado bastante dos 9 meses na barriga da minha véinha, aquela santinha, quase chegado aos 10 meses. De fato, eu tenho um afundamento no topo da minha cabeça. Talvez venha daí minhas… sei lá o quê.
Por exemplo, tenho passado pela vida e poderia dizer que uma das coisas que mais ouvi é que a gente ter que correr atrás do sonho da gente.
Sonho da casa própria, da faculdade, da beleza, do… sei lá mais o quê.
Recolhido aqui à insignificância de minha existência, sou obrigado a dizer: não, não tenho sonhos (e não os tive).
Comecei muito cedo a perseguir os passos do Mestre e a fé que ganhei não foi uma instância de troca, de barganha, em que eu dou algumas coisas e Ele me dá outras.
Foi mais um lance de decisão mesmo, apesar do que quer que me ocorresse.
Não há vantagens nem desvantagens em ser assim, ou, talvez, a recíproca inversa seja verdadeira, há vantagens e desvantagens em ser assim.
Louvo a Deus que tenho cinco pessoas, minha esposa e os quatro filhos, que se não entendem e nem concordam com minhas questões, eu sei, contudo, que posso contar com eles para o que der e vier. Isso meio que me basta.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Pois é. Nem deu.

Para o que vim, e o que vi:
- Culto à personalidade, por parte dos ouvintes.
- Personalismo, por parte dos oficiantes.
- Liderança piramidal, tópica (tóxica), estabelecida e executada com base em quesitos menores como inteligência, dinheiro, verborragia.
- Amor às coisas materiais com a respectiva exacerbação da vaidade.
- Apego ao dinheiro como fonte de enriquecimento e como base de estabelecimento de uns e julgamentos de outros. (Coitado de quem não tem dinheiro. É um pária, um desgraçado e não terá oportunidades relevantes no meio).
- Sentimento de exclusividade, de superioridade, de predileção.
- Esoterismo maquiado de espiritualidade em que a própria palavra é dotada de poder, transvestida em pensamentos subliminares de positivismo.
- Julgamentos, detrações, condenações, apontar de dedos.
- Sexismo à flor da pele, com práticas farisaicas de aproveitamento da projeção do cargo.
- Equiparação em grau e número do que foi dito antes e depois com o que disse o Nazareno. Loucura!!!

terça-feira, 10 de novembro de 2020

A religiosidade

Nesses nossos tempos ficou meio que moda falar e posicionar-se contra a religião/religiosidade.
Eu mesmo já o fiz e faço. Por óbvio que não por moda, que modas me afetam bem pouco, pra não dizer nada.
Vou tentar explicar a que me refiro quando referencio a religiosidade.
Quando a religiosidade aponta para cultos, templos, usos e costumes e afins eu nem tenho tanta reserva não. Essas são instâncias válidas e até necessárias para quem está chegando à fé. Eu precisei disso por um período da minha vida e elas não são intrinsecamente más. Há mesmo certa poesia e beleza nessas práticas, que não, necessariamente, têm a ver com o evangelho.
Direi, então, a que me refiro quando questiono a religiosidade a partir da origem da própria palavra.
Já é dado que o termo vem do latin religare, que, em tese, aponta para um processo de religação do homem com deus.
Oras! E não é válido esse processo? Claro que é.
O problema não está no homem religar-se, não está no processo de religação, o problema está no deus a que se religa.
Em que pese o fato que a vida é uma relação de poder e que deuses se destacam exatamente por isso, por terem poder sobre os seus crentes/súditos/seguidores/admiradores, então se estabelece que deuses e poder formam essa entidade divina que tem os mais diversos nomes e representações e influências e domínios.
Quem quer que exerça o poder sobre um outro, seja ele quem for, é o seu deus e a religião, quando liga (ou religa) alguém a esse deus, passa a ter uma conotação e prática deturpadas.
Quem pode ser o seu deus em nome de quem você pratica a sua religião?
Não sei. Pense aí.
O que posso é dar algumas dicas: seu marido, sua esposa, seus filhos, seu pastor, seu padre, seu professor, seu discipulador, seu mestre, sua igreja, o artista, o dinheiro, seus bens, sistemas políticos. Se algum desses, ou seus assemelhados, exerce poder sobre você, logo… ele é o seu deus e a religião decorrente está deturpada e invalidada.

sábado, 7 de novembro de 2020

A real

A real.

Bem, não sou historiador, nem pitonisa. Só sei ler… e pensar (um pouco).
O império romano, o maior desde sempre, durou 500 anos e escafedeu-se.
O Terceiro Reich pretendia durar 1.000 anos, durou 13.
O império americano durou, ou durará 80 ou 90 anos.
Aí virá o império chinês. Também cairá. Ou não. Pode ser que sob esse império se conflagre as ações para o estabelecimento do anticristo.
Não sei bem o que é isso, não sou escatologista, o que sei é que virá, e pra mim, essa figura não é uma pessoa, mas um sistema, um sistema que dispensa Deus.
Vamos lembrar que democracias e ditaduras dispensam Deus, então…
Se sim, quem há que possa segurar ou mudar o curso da história?
A história seguirá seu curso até que, enfim, a coisa toda se acabe.

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

E=mc2

Você já entendeu a Teoria da Relatividade?
Se você é um ser humano normal, não entendeu.
De qualquer forma, vou me arriscar a fazer uma colocação.
O termo “Relatividade” do título da teoria não tem a ver com relativismo, com relativização, em reação ao que é absoluto.
Tem a ver com o fato de que tudo está “relacionado”: ​​energia, massa e velocidade, em proporções as mais malucas e que escapam ao mortal, a famosa e = mc2.
Em tempos modernos só é a verdade o que a ciência comprovar. Acontece que eles não conseguem comprovar tudo o que postulam, assim surgiu a pós-modernidade, em que cada qual cria a sua verdade.
E aqui está o problema. Relativizou-se tudo. Não há mais absolutos. Nada é. Pra tudo há que há uma exceção que contempla essa ou aquela parte que não cabe dentro do que se preconiza.
Aquele que sigo ... é. É absoluto, embora acessível e misericordioso. Mas o que é, é. Ponto.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Quem é esse?

Quem é esse que se move estando parado, e em parado está se movendo?
Quem é esse que faz o silêncio falar e no barulho se faz ouvir?
Quem é esse que não tem limites, mas que respeita a limitação de cada um?
Quem é esse que tudo pode e nesse poder espera?
Quem é esse que pode matar, mas que prefere salvar, que, em julgando, pode condenar, mas que prefere recuperar?
Quem é esse que, rejeitado, não se ausenta e que mantém da vida a essência?
Quem é esse que, desconhecido, está presente, que da apresentação distorcida lamenta, buscando até o último instante o carente?
Quem é esse cujo modus operandi é o amor, que não culpabiliza e nem taca o terror?
Quem é esse dono dos raios e trovões, e da brisa suave?
Quem é esse dono do macro e do micro, do mastodonte extinto e do mico-leão-dourado quase extinto?
Quem é esse dono das cachoeiras, mas que vê cada lágrima de alegria ou tristeza.
Diga lá, quem é, quem é?

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Deus é

Deixa eu falar uma coisa aqui, embora ache que vou mais complicar que esclarecer.
Fazer o que? Não é que falte um parafuso na minha cabeça. Não tenho parafuso nenhum.
Direi então: Adjetivar Deus é legal, mas adjetivos não definem Deus. Dependendo do caso, eles podem até trabalhar contra, prendendo (hein!) Deus em alguma característica.
Então… Deus é!!!
O que Deus não é pra mim?
Não sei.
O que sei é que não departamentalizo Deus.
Deus não é um departamento, o departamento para assuntos espirituais, igrejeiros.
Deus não me merece algumas horas da semana que separo para exercícios espirituais.
Deus não me merece alguns minutos diários em oração.
Deus não me merece alguns reais em doação.
Deus não me merece algumas horas em solidariedade em alguma ação social, da igreja ou não.
Estou falando de mim.
Essas coisas citadas acima são todas válidas e valorosas, eu é que não consigo departamentalizar Deus.
Deus me afeta em TODAS as esferas e instâncias de minha vida.
Como marido, como pai, como trabalhador, como músico, como motoqueiro, como ciclista, como desportista, como amigo, como parceiro, como pensador, como o que quer que seja. Deus estará presente full time (em todo o tempo) em toda e qualquer coisa que eu faça.
Não consigo fazer algumas coisas e deixar Deus de lado para abordá-lo somente quando eu preciso ou para agradecê-lo por “alguma graça alcançada”, ainda que de forma ilícita.

Eu

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Amores

Eu tenho uma netinha.
Ela é muito lindinha.
“Se essa rua, se essa rua fosse minha,
eu mandava, eu mandava ladrilhar
com pedrinhas, com pedrinhas de brilhante
só pra ver, só pra ver ela passar”.
Ela toma leite na tigela.
Hein!
É. Ela é muito gatinha.
Tão gatinha que até os olhos são engatiados (é como o sertanejo raiz chama quem tem olhos claros).
A mãe, as tias e as avós são verdadeiras tigresas.
E tigresa toma leite na tigela?
Não sei.
Tenho um gatão também. Nascido 12 anos antes em outra manjedoura.
Ferinha, lindão e de mente brilhante.
Acho que vai me passar no tamanho.
Esse menino falou algo que nem de longe o maior teólogo/exegeta/erudito ousou sequer conceber.
Disse ele que o “livra-nos do mal” (do Pai Nosso) seria nós pedindo ao Pai para que ficássemos livres de fazer o mal ao outro. Uma epifania no seu estado mais latente, genuíno e stricto sensu.
Há também uns leões: o pai, dois tios e um avô.
O outro avô é um mastodonte, uma besta fera.
Nem tente nada.

sábado, 27 de junho de 2020

Uma dicotomia intransponível

Dicotomia é dividir algo em duas partes.
Eu juro que eu tento, mas não consigo.
Como sei que não consigo me fazer entender.
Mas… fazer o quê?
Vou seguindo assim mesmo.
Eu tenho visto pessoas se juntando a outras tantas e a uma só voz renderem o poder a Deus, seja através de canções, seja através de declarações, seja através de orações. É lindo isso.
‘Toda glória, honra e poder ao Rei de Salém’.
Onde ocorre a dicotomia?
Ocorre naquele movimento em que a cada 4 anos essas mesmas pessoas dizem a Deus: Senhor, eu vou ali dar o poder para outras pessoas e já volto.
Não consigo entender como as pessoas podem ter dois comportamentos: um na presença de Deus e outro fora de sua presença.
Nem de longe defendo a teocracia. Deus não precisa da autorização humana para exercer o seu poder, apesar da concorrência que essas mesmas pessoas insistem em dar a ele.
Com o lance de ganhar dinheiro se dá o mesmo.
Quando em ambiente religioso as pessoas são solidárias, amáveis, participam das dificuldades umas das outras. Mas fora dali exaltam e buscam a acumulação via capitalismo.
Não é errado ganhar dinheiro, muito ou pouco. É errado acumular a não mais poder.
Há sempre o vaticínio atemporal, sempre válido: ‘Louco, esta noite pedirão a sua alma’.
Enfim, não entendo esse negócio de as pessoas terem determinados valores em um respectivo lugar, como o ambiente religioso, e outro comportamento quando no trabalho, na escola, no lazer, no convívio social/político.
Parece que eles demonstram que os princípios do evangelho não valem para a vida social.
É isso então?
Se alguém puder, me ajude a entender.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Quando virá?

A gente até geme de dor esperando essa gente, essa geração.
Gente que não tem lado, que não tem cor, que não idolatra sistemas humanos.
Gente que aponta e condena os desmandos dos poderosos.
Uma gente que dirá: não te é lícito.
Teve um que se arriscou, jovem ainda, perdeu a cabeça. Aquele mesmo que dentre os naturalmente nascidos, não houve maior.
Não me refiro àqueles que estando de um lado ficam atirando pedrinhas em que está do outro lado, qual crianças birrentinhas e mimadinhas.
O problema é o poder.
O mundo gira em torno do poder.
O poder comanda tudo.
E assim estamos como estamos.
Fato é que é perigoso enfrentar o poder.
Parece que o habitat natural para a gestação dessa gente seria o que se conhece por igreja. Ocorre que uma parte do problema de não surgir essa geração, é que os jovens lá são ensinados que não se deve mexer com os “superiores”, que não se deve tocar no “ungido”. Hein!!!
Meio lógico isso né?
Os superiores, em qualquer ambiente, reprimem qualquer tipo de contestação do poder porque correm eles mesmos o risco de terem o seu próprio poder contestado. Então…
Agora mesmo os poderosos estão jogando para 2033 o fim da falta de saneamento básico para todos os brasileiros. Como assim? 2033?!
Continuamos aqui, gemendo até que…

terça-feira, 26 de maio de 2020

Duas leis


Duas leis regem as relações, as amizades, os negócios, enfim, a vida.
Direi abaixo.
Essas leis comandam tudo, seja no trato com Deus, com o cônjuge, com os filhos, com o patrão, com os empregados, com o governo, com a religião, com o sexo, com o dinheiro, com o outro.
Essas leis explicam o atual estágio das relações humanas em todos os quadrantes, vertentes, nuances, anseios.
Essas leis transcendem o bom senso e dominam os que por elas são regidos a tal ponto de as pessoas não conseguirem reagir contrariamente às suas imposições.
Não são leis descritas em nenhum manual, constituição ou conjunto de regras e normas. Elas são tácitas, intangíveis, mas são leis e devem ser obedecidas.
Pense na lei da respiração dos seres vivos. Ninguém manda esses seres vivos respirarem, sequer, isso é ensinado a eles, mas essa lei é cumprida fielmente por quem quer que seja um ser vivo.
Assim se dá com essas leis.
O corrupto, em alta ou baixa escala, é seu fiel cumpridor. Ele é alimentado por elas, seguindo-as até involuntariamente.
Mas não só. Pessoas de bem, vivem regidos por essas leis, tendo mesmo o registro de casos em que se cumpre essas leis sem o prejuízo do outro. Raro. Raríssimo, mas há.
Contudo, via de regra, o prejuízo do outro é corolário fatal do cumprimento dessas leis.
- O importante é ser feliz
- Levar vantagem em tudo

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Deus, quem é?

Vou tentar expor aqui quem é Deus pra mim.
Some tudo:
A inteligência dos físicos Albert Einstein e Stephen Hawking
A genialidade tecnológica de Steve Jobs, Bill Gates, Santos Dumont, Grahan Bell, Isaac Newton
A genialidade musical de L. v. Beethoven, J. S. Bach, A. Mozart
A genialidade artística de Leonardo da Vinci, Michelângelo, Walt Disney, Charlie Chaplin, George Lucas, Steven Spielberg
A genialidade esportiva de Pelé, Usain Bolt, Michael Phelps e Nadia Comaneci
A beleza das vozes de Frank Sinatra, Elvis Presley, Luciano Pavarotti, Montserrat Caballeros,
Aretha Franklin, Freddie Mercury, Elis Regina
O brilhantismo artístico de Michael Jackson e Beyonce
A representatividade de Mahatma Gandhi, Nelson Mandela, Madre Teresa de Calcutá, Francisco de Assis, Cristovão Colombo, Martinho Lutero, John Wesley, Billy Grahan, Pedro, Paulo e João
A coragem de Tiradentes e daqueles que foram jogados ao Coliseu
A entrega dos profissionais dos Médicos sem Fronteira
A força revertida (para o bem) dos faraós, Cesares, reis, papas, ditadores e presidentes americanos

Há outros tantos. A lista é interminável.
Some tudo e estarás tão somente arranhando o que Deus é.

domingo, 17 de maio de 2020

Direita x esquerda


Direita e esquerda são nefastas. Sob todo e qualquer aspecto.
Eu lamento, profundamente, ver amigos, de alta estirpe, seguindo os discursos de uma ou de outra banda (ou seria ideologia, ou seria filosofia, ou seria doutrinamento, ou seria facciosismo, sei lá o que acontece).
Há outros, não amigos, que aí o que sinto é asco mesmo.
Que dificuldade há em escolher uma figura e sentar o porrete? De um ou de outro lado.
Nenhuma.
Na mídia há gente altamente capacitada e treinada pra isso. Eles vivem disso.
Houve um Rabi, de extremada sabedoria, que disse que os poderosos dominariam as pessoas.
Esse é o ponto. Mas as pessoas insistem em não ver. Elas focam em pessoas, se prendem a figuras, quando o problema é a estrutura de poder criada, mantida e venerada por essas mesmas pessoas.
Afinal, oras! O poder emana do povo.
E assim vamos.

Deus é. Ponto.

As relações humanas têm diversas características.
Uma delas é que é perceptível a dificuldade que temos em definir as coisas pelo que elas são.
Pra contornar essa dificuldade nós então lançamos mão de um expediente, ou seja, nós qualificamos, adjetivando, essas coisas.
Ilustrando:
- político honesto – se é político deveria ser honesto, não precisaria adjetivar (no caso com o honesto).
- igreja santa – se é igreja é santa, qualquer ajuntamento de pessoas que se intitule de igreja deve ser santa, se não é santa, não é igreja, mesmo considerando a pecaminosidade intrínseca das pessoas. Meio paradoxal isso, mas é por aí.
- marido fiel – se é marido é fiel, se não é fiel não é marido.
A lista é interminável.
O prejuízo é que parece que as coisas perdem valor por aquilo que elas são, tendo sempre que ter alguma outra qualificação. O que aponta, ainda, que daqui a pouco as coisas terão que ter duas qualificações, uma só não bastará.
Contudo, o maior problema é que agimos assim também em relação a Deus.
Deus é Deus. Ponto. Deus é!!! Ponto.
Isso deveria nos bastar. Mas, não. Nós precisamos qualificá-lo, o que, obviamente, não é ruim de per si. A bíblia mesmo é farta em adjetivar Deus.
Deus é bom, Deus é amor, Deus é justo, Deus é grande.
Não há mal nisso. Deus é tudo isso e muito mais.
O fato é que eu O qualifico de acordo com minha percepção, minha experiência, meu momento de vida, o que não pode afetar o fato de que Deus é. Ponto.

sexta-feira, 8 de maio de 2020

Rememorações do grupo caseiro

A sociedade ocidental, desde tempos remotos, meio que distorceu alguns conceitos bíblicos antigos.
Essa distorção se deu na aplicação diferente a alguns conceitos e experiências que eram expressas por algumas palavras (pra não dizer, muitas) chaves da bíblia.
Pra ficar somente em duas das principais, segue:

- Amor – o amor, no conceito ocidental tem a ver com prazer, com satisfação, com desfrute imediato. Experiências essas filosoficamente chamadas de hedonismo = busca incessante pelo prazer supremo.
Esse conceito é antigo, a sociedade ocidental tratou de popularizá-lo e torná-lo obrigatório, donde vem expressões como “o importante é ser feliz”. Se é verdade, os fins justificam os meios, e deve-se ser feliz a que custo for, mesmo em prejuízo do outro, seja ele quem for: próximo ou distante, conhecido ou desconhecido. A corrupção nasce desse tipo de sentimento.
Não há compromisso com o outro. Há interesses em jogo. Esse tipo de amor é passageiro, dura tanto quanto o perfume de uma flor. Findo esse, aquele se esvanece.

- Fé – a fé foi transformada em sentimento, em emoções, em experiências sensoriais muitas das vezes embaladas por melodias harmônicas, sem o que não sobrevive.
Fé, no conceito ocidental, é objeto por meio do qual se alcança retribuições advindas de barganha, via de regra envolvendo dinheiro.
Essa fé é tão dependente dos sentimentos e emoções que se esses faltam, ela fica comprometida, vindo mesmo a esvair-se.
Não há mais uma postura firme, destemida e invariável diante da oposição que porventura se apresente, seja em que situação for.
Amor e fé tinham a ver com decisão, com tomada de posição, com compromisso inquebrável, com uma postura consciente e irreversível. Quem de fato vivenciou essas realidades uma vez, não retrocede jamais, mesmo que sob o custo capital da vida.

Acho que é assim.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

Brasil - Um lamento

Brasil… desperta do seu berço esplêndido.

Nasci em 1962.
Logo em seguida veio o regime militar, que durou até 1985, período tido por muitos como ditadura e como um dos piores da nação. Não tenho muito como avaliar, pois pegou minha infância e juventude, o que sei vem da opinião dos outros, a favor e contra, alguns até pedindo a volta do regime.
Na sequência ao fim do regime militar, veio a eleição indireta de Tancredo Neves, que veio a falecer, vindo a assumir o seu vice, o José Sarney (hein!), representante do coronelato nordestino.
Em 1988 veio a nova Constituição. A meu ver, com a devida ignorância, uma lástima nefasta, pois não conseguiu colocar o país no eixo.
Em 1990 assume a presidência, em eleição direta, Fernando Collor, para em 1992 renunciar o cargo pois que anteviu que perderia o processo de impugnação (impeachment) por corrupção, assumindo seu vice, Itamar Franco (hein!).
Em 1994 é eleito presidente o Fernando Henrique, ancorado pelo sucesso do Plano Real que derrubou a famigerada hiper inflação. Tido como intelectual frequentava ambientes como a ABL, a USP e a Sorbonne. Difícil entender a realidade do brasileiro comum com esse currículo. Não enfrentou os escorchantes e vergonhosos juros praticados no país, deixando-o à míngua.
Em 2003 assume o Lulla. Em termos de currículo, o oposto do seu antecessor, mas de mesmo viés político. Não enfrentou os juros altos, pelo contrário, os favoreceu. Tinha tudo para entrar para a história como um grande estadista, as condições, inclusive as internacionais, eram todas favoráveis, mas, deu no que deu. Fez água.
Em 2011 chega a Dilma (hein!) para ser impugnada em 2016. Sem comentários, a não ser o fato de que também não enfrentou os juros altos.
2016 assume Michel Temer (hein!). Sem comentários. Também não enfrentou os juros altos.
Agora temos aí o Bolsonaro. Ninguém sabe o que vai dar. Dificílimo dizer, embora os indicativos sejam assombrosos.
Desde que nasci até os tempos de hoje são 58 anos.
O que vejo?
Vejo uma nação esculhambada, assaltada, mal tratada, vilipendiada, corrompida.
Democrática?
Sim, a considerar as eleições.
A considerar outros fatores e índices, não.
Não é democrática uma nação com tamanha desigualdade social.
Vejo uma nação emudecida, ensurdecida, cegada, entorpecida em que a imagem de um integrante da elite assentado em sala vip de aeroporto contrasta com a imagem de uma criança deitada em uma cadeira de plástico a tomar soro.
O que fizeram com essa nação???

Não se fica velho. Fica-se a cada dia mais perto da plenitude.

Estava vendo aqui a jornada do jamaicano Usain Bolt.
Um dos maiores atletas de todos os tempos.
Um deus do Olimpo.
Tricampeão olímpico nos 100 e 200 metros rasos e bicampeão no revezamento 4x100.
Fazendo um paralelo com a vida, pergunto:
Qual o momento maior de cada uma dessas jornadas?
Os treinamentos, o aquecimento antes das corridas, a largada, as passadas, a velocidade?
Humm… acho que não.
O momento maior está no coroamento, no caso, no recebimento das medalhas.
Elas não vêm de graça. Há muita coisa envolvida aí. Sobretudo, ele não ganhou nenhuma medalha antecipadamente, isto é, antes do tempo devido. Contudo… a coroação veio, justa e devida, mas veio no seu tempo.
Assim é com a vida.
Você faz, faz, faz mas o coroamento está lá na frente. E virá. Pra cada um.

domingo, 3 de maio de 2020

Com uma mão se lava a outra. E com as duas, se lava a cara

Você tem a direita, a esquerda e a elite.
A direita prega livre comércio, estado pequeno, capitalismo, riqueza, alguma (mínima) distribuição de renda.
A esquerda prega comércio controlado, estado grande, socialismo, riqueza, distribuição de renda desde que…
Filosofias que servem ao poder estabelecido. Não tem nada de bom aí. São pérfidos, mal cheirosos, coisas do “coisa ruim”.
A elite. A elite comanda tudo. Hora de um lado, hora de outro. Está ali, soberana.
A elite não tem lado. Não lhe importa as filosofias, as crenças, importa-lhe o comando, o poder. O poder que emana do povo, segundo a constituição (malfadada constituição).
E eu achando que o poder vinha e era de Deus. Idiota. Eu.
Ah! Democracia, sua linda. SQN.
Aí, quem não é da elite, e é da direita, ataca quem é da esquerda.
Aí, quem não é da elite, e é da esquerda, ataca quem é da direita.
E a elite? Fica ali, olhando tudo e se regalando.
E povo achando que a democracia está a pleno. Que de fato é o povo que comanda.
E dá-lhe atacar o outro lado.
Como se a extorsão e abuso dos juros praticados no país só afetasse um lado.
Como se o desemprego só afetasse um lado.
Como se a Covid só afetasse um lado.
Ou é assim e não me avisaram?
E a elite? Fica ali, olhando tudo e se regalando.
O que quer a elite?
Que os lados fiquem se atacando, se ofendendo, mesmo nas redes sociais, que em tese seria para celebrar a amizade.
Uai! Use as redes para atacar a elite, que, presta atenção, não tem lado. E não tem nome. Se liga nisso: não é atacando um nome que você estaria atacando a elite. Se liga. A elite é soberana e não tem lado.
Amigo… presta atenção. Seu problema não está no seu amigo, ou conhecido, que está do outro lado. Seu problema está na elite, que não tem lado.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Da veneração

O ser humano é, de fato, eminentemente religioso.
A relação dele com algumas pessoas, instituições e regras demonstra isso.
Ou seja, ele se prostra, venera, defende, ataca os opositores e se cala diante dos mal feitos e imperfeições do “objeto” de sua veneração.
Alguns deles: artistas, cantores, pastores, governantes com especial destaque para o presidente, líderes em geral, dinheiro, jogadores e clubes de futebol, santos, democracia, igrejas e, por fim, a constituição.
Não há um mal intrínseco nisso. Eu também sou assim, com o detalhe que restrinjo a Deus esse comportamento.
Muito pode ser falado a respeito, mas gostaria de questionar essa veneração a um ponto em especial: a constituição.
Não! A constituição brasileira não é boa.
Uma constituição que não consegue atacar a infame desigualdade social como a que ocorre nesse país em que quase a metade da população (100 milhões) não tem acesso a esgoto tratado, essa constituição não é boa.
É uma desgraça de constituição. Tira, troca e põe outra.
Essa veneração à constituição, como a qualquer outro “objeto” de veneração, não leva a nada.
O mesmo vale para a democracia. Já deu. A validade já venceu. Tira, troca e põe outra. Desde que não autoritarismo e ditadura, qualquer coisa serve.

domingo, 19 de abril de 2020

A falácia da eletrônica

A eletrônica tem um poder algo subliminar, ou seja, que atua no limiar inferior da consciência alterando as emoções, as vontades, as opiniões. A conferir? Veja o resultado dos jogos eletrônicos na mente das pessoas.
De que consiste esse poder?
Especialmente da velocidade da informação. Velocidade tal que deforma a própria informação que pretende veicular.
As sociedades não estavam preparadas para esse evento. Algo o precipitou. E em o precipitando impactou de tal forma as sociedades que elas perderam o senso do juízo, do bom senso.
Dessa velocidade resta que ela se colocou, a eletrônica, como o parâmetro das relações, cujo principal e universal instrumento é a internet.
Caíram os jornais. Caíram as televisões. A internet hoje reina absoluta. Para o bem e para o mal.
Qualquer evento, de que natureza for, e em que ponto geográfico for, será imediatamente compartilhado com a quase totalidade dos humanos viventes então.
Na vida moderna, tudo o que há gira em torno do tempo. Esse é o bem maior, o ativo mais valioso pelo qual a criança cresce, o adolescente estuda, o jovem trabalha, o adulto acumula e o velho pretende desfrutar: o tempo.
O dinheiro, a saúde, a inteligência só fazem sentido se estiverem relacionadas ao tempo. Se não há tempo, tudo perde seu sentido.
A internet lida com o tempo, inflando uma corrida contra o tempo.
Há, contudo, entretanto, porém, todavia, um conjunto de palavras que são extemporâneas, isto é, estão fora, ou acima, do tempo. Palavras que não são corrompidas pelo tempo, que não envelhecem, cuja validade não é medida pelo tempo.
Onde estão essas palavras?
Existem algumas bibliotecas espalhadas pelo mundo e que certamente estão acessíveis a você. Mais ou menos no meio delas há quatro livrinhos. Estão ali.

Quem pode assumir o negócio?

Não pode ser muito inteligente, pois ficará elucubrando, procurando soluções científicas.
Não pode ser muito burro, pois não terá uma percepção global do negócio.
Não pode ser muito falante, nem prolixo, isso não leva a nada.
Não pode ser muito retraído, ninguém lhe dará crédito.
Não pode ser muito extrovertido, as pessoas o acharão infantil.
Não pode ser introvertido, as pessoas acharão que ele não tem compromisso.
Não pode ser rico, pois não terá a real percepção das situações.
Não pode ser pobre, uma vez que vai querer resolver só os seus problemas.
Não pode ser corruptível, pelo óbvio, vez que mexerá com muitos recursos.
Não pode ser muito convicto, turrão, a ponto de não reconhecer as próprias limitações.
Não pode ser influenciável, a menos que esteja errado de fato.
Não pode ser autossuficiente, precisará de conselhos.
Não pode ser vulnerável, deixando-se levar por opiniões inconsequentes.
Não pode ser muito experiente, isso pode coibir experimentações.
Não pode ser um novato, um neófito, pois será irresponsável.
Não pode ser um especialista, isso limitará sua visão.
Não pode ser genérico, isso não lhe dará foco.
Não pode ser racista, tampouco homofóbico, óbvio.
Não pode ser um líder, pelo menos não aquele líder do tipo piramidal.
Não pode ser leviano, deixando-se levar pelas delícias do poder.
Não pode ser uma pessoa muito traumatizada, isso turvará sua visão.
Não pode ser autoritário, óbvio.
Não pode ser hipócrita, óbvio.

Recomendável: ter uma família estável, ter filhos, ter ‘amigos’, praticar um esporte, não ser dado ao álcool, ter em torno de 40 anos.
Saber falar e escrever com o mínimo de correção, sem ser catedrático.
Ter a capacidade de harmonizar a academia com as ruas.
Gênero: não se aplica, pode ser homem ou mulher.
Religião: necessário saber como o candidato entende religião.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

O madeiro


O que aconteceu ali naquele madeiro?
Por que ele causa hora stress, hora paz, para em seguida causar reflexão e contrição?
É realidade que simboliza, é símbolo que realiza, ou... se realiza.
Fato é que, vamos e convenhamos, comamos e bebamos que amanhã morreremos, e tal e cousa e lousa e mariposa, há algo ali que transcende, que é imanente, imarcescível, imensurável, intangível, inenarrável.
Faraós, imperadores, reis, déspotas, tiranos, ditadores, generais, presidentes, primeiros ministros, governantes, líderes, anjos, demônios, potestades, celebridades, empresários.
O Sol, a Lua, a Terra, a Via Láctea, os buracos negros, a luz com sua velocidade absurda de quase 300.000 km por segundo, o céu, o mar, o vento, o fogo, os montes (alguém consegue imaginar o Everest se dobrando? Pois é), a besta fera, o bichinho do colo, as células com seus DNA´s, os átomos, os quarks em suas seis formas, a física, a química.
Os sistemas humanos: capitalismo, comunismo, democracias, ditaduras.
Mesmo a eternidade, que nem é tão eterna assim, oras!, se está escrito “de eternidade em eternidade” logo... a eternidade é eterna enquanto dure (?).
O Senhor, porém, é Eterno além da própria eternidade.
Isso dito, a própria eternidade estava ali, naquele momento, presente e se dobrando, como todos os outros eventos e poderes e formas e forças e existências e...
Mesmo o mais inexorável, indomável, cruel, mas ainda assim uma realidade puramente humana: o tempo. Mesmo ele, estava ali se dobrando, juntamente com a precisão da matemática.
E da música? Do o “Atirei o pau no gato” à 5ª Sinfonia de Beethoven, do “Jesus, a alegria dos homens” à Bohemian Rhapsody, do funk (?) e do sertanejo (?) à The Wall. Todas as notas e acordes e escalas e pausas estavam ali se dobrando.
O que aconteceu li naquele madeiro?
Não sei.
Sei que ali está e é o centro da história humana.
Não existe AC/DC – antes e depois de Cristo.
Há, sim, antes e depois da cruz de Cristo. Aliás, maldita cruz, que expôs o Santo nu. Que ousadia!!! Que deu firmeza àqueles cravos que o atravessaram.
O que aconteceu ali naquele madeiro?
Não sei.

terça-feira, 14 de abril de 2020

O lado

O lado não é um bom conselheiro.
Ficar de lado significa que alguém não quer encarar a situação, seja por medo, por pavor, por vergonha ou por descompromisso.
Os lados se opõem, se conflagram, se embatem, se atacam, indo, às vezes, às vias de fato.
Difícil um lado aceitar quem está do outro lado.
Em São Paulo a única solução encontrada para o enfrentamento das torcidas que se engalfinhavam à morte defendendo seus lados foi proibir a presença de duas torcidas no mesmo estádio para acompanhar o jogo.
Os discípulos tiveram enorme dificuldade em entender que o Mestre não tinha lado.
Num determinado episódio um deles falou para o Mestre que havia proibido alguém de agir pois não estava com eles.
Em outra ocasião, por não haverem sido acolhidos eles queriam mandar fogo do céu contra aquela gente.
Não entenderam nada.
De que lado você está?
Sério mesmo que você se opõe a alguém? Que você quer derrotá-lo? Quer vencê-lo? Quer vê-lo morto?
Claro que há inimigos. Que há gente endemoninhada. Eles estão por todos os “lados”. À direita e à esquerda. À frente e atrás.
Sério mesmo que você está convencido de que o seu lado é o “sserto”?
De que lado Jesus está?
Os mais religiosos dirão que ele está à direita do Pai.
Hã hã.

sexta-feira, 27 de março de 2020

O deus que pesa a mão

Desconheço.
Convivendo em alguns meios, por vezes eu ouvia: “Olha, deus vai pesar a mão, viu?”.
Como assim?
O que isso significa?
Parece que significa que de alguma forma deus vai dar o troco, vai revidar, vai de alguma forma punir esse ou aquele que não o esteja agradando. Sei lá, alguma coisa por aí.
Esse seria um deus irascível, ou seja, um deus que se deixa irar, que fica chateado, magoado e que entra em uma batalha com aqueles que não o obedecem.
E aí eu vejo serem criadas algumas relações desse período que o mundo está passando como algum tipo de punição divina. ??? Hein!!!
Que deus é esse que entra em batalha com o homem? Que reage ao homem, às provocações do homem?
Uai!!! Pra falar bonito, qual o corolário, ou seja, qual a dedução disso: que esse deus é um deuzinho né? Um deuzinho que está competindo com homem.
Uai 2!!! Não foi esse deus que conheci há 44 anos.
E na boa, o que eu quero mesmo é a mão de Deus pesando sobre mim.
Estarei lascado quando ele “TIRAR” a mão de sobre mim.
Dirão alguns: De Deus não se zomba. Hã, hã. Brother... não se zomba de ninguém, né?

quinta-feira, 26 de março de 2020

Sob quem você vive?

Uma nação dividida

A hora da hora. Oras! Ora que melhora. Ora! Será? A hora é agora. Por falar em hora… ou… em orar...
O que vejo?

Vejo gente aflita, agoniada, enlaçada e que não consegue se soltar. Hora de uma banda, hora de outra.

Tenho pra mim que as futuras gerações, talvez meus bisnetos ou tataranetos, descobrirão outra forma de se organizarem que não pela democracia. Será, talvez, um sistema baseado em sábios, pois que a democracia dá claros sinais de esgotamento, até pelo avançado da idade (coisa de 2.500 anos) e que não mais atende às demandas contemporâneas, bem como as extemporâneas. Mesmo na maior democracia do ocidente, o que valida a democracia lá é o capital. Tire o capital e a democracia lá agonizará, como cá. E… uma hora o capital acaba.

Mas, por hora, é o que há, e a alternância de poder é parte fundamental do jogo democrático. Perpetuar-se no poder não faz parte do jogo. Ceausescu na Romênia em 15 anos foi de bonzinho e promessa a executado por fuzilamento, juntamente a sua esposa.

Os que hoje, e ontem, pegam em panelas, permitido lhes fora, pegariam em armas. É o que se depreende de tamanha insatisfação, nos de hoje e nos de ontem.

Sob quem você vive?

Os que ascendem ao poder, não podem estar sobre você. Se estão é porque você permitiu. É do jogo democrático que, se não prestam, que saiam, não via impeachment, que só se configura sob crime. Impeachment não é recall. Não existe essa figura na democracia. Os que não prestam serão substituídos na outra rodada de sufrágios.

Essa fixação advinda, plantada, patrocinada, manipulada, instigada por parte de alguns meios de comunicação, porque afetados de alguma forma e que alcança parcela enorme de pessoas, tem levado alguns a viverem em círculos.

Oras! Se você vive em círculos é porque você só vira à direita ou à esquerda, logo, você é prolixo e não consegue caminhar pra frente. A vida não é uma reta. Pra caminhar pra frente você tem que girar hora à direita, hora à esquerda.

Vou parando por aqui porque o texto já ficou grande demais e a internet não aceita textos grandes.

quarta-feira, 18 de março de 2020

Guerra sem fim



Tamanha rejeição que o Bollsonaro enfrenta é gerada pelos seus próprios seguidores.

Veja: A sociedade pode ser entendida sob duas bandeiras (poderia ser mais ácido aqui, mas em tempos tão susceptíveis, não convém).

Uma parcela não aceita salvadores da pátria que a outra apresente.

Foi assim com Lulla/Dillma e está sendo com Bollsonaro, como foi desde tempos antanhos.

O fato de ele ter sido apresentado como mito, como o cara que iria salvar a nação do caos, como o cara que iria peitar os podres poderes estabelecidos, como o cara que iria enfrentar a mídia maldita estabeleceu essa rejeição.

Ele foi apresentado assim, assumiu essa postura e os seus seguidores recrudesceram, exacerbaram essa postura, como aconteceu com os antecessores, com a única diferença de que foi apresentado pela outra ala.

Aí ficam as duas bandeiras se digladiando em afrontas intermináveis.

Não há curso para presidente. Não há como colocar alguém lá que esteja adequadamente ajustado ao cargo. Esse é o defeito da democracia. Alguns dirão que essa é a virtude, mas de virtude em virtude o país segue girando, girando, girando com a duas bandeiras se engalfinhando porque não aceitam o salvador que a outra apresentou.

Então, parece mais razoável, mais inteligente, mais sensato que, de posse de mínima lucidez, se apresente alguém que atenda minimamente as duas bandeiras e que, portanto e para tanto, não se apresente como o salvador da pátria, porque… ou uma ou outra bandeira não o aceitará.

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Sociedade acéfala

Ora pois!
Se uma sociedade decidiu que vai deixar-se conduzir por uma pessoa seja ela um mito, um deus, uma entidade santa e insuspeita, um poste, ou quem quer que seja, então ela – a sociedade – precisa tratar de prover-se dessa figura – o seu condutor.
O que não dá é ficar nesse embate interminável dos lados que se opõem. Um embate menos de ideias e proposições e mais de gostos e preferências que resvala, recorrentemente, para ataques pessoais de lado a lado.
Oposição e situação, esquerda e direita, parece-me, são até necessárias para o andamento da coisa. Fato. Ponto.
Fato é que não é esse o ponto, com o perdão da redundância.
O ponto e o fato é que a sociedade não consegue prover-se de alguém capaz de conduzi-la. Aí fica nessa interminável luta com argumentos menos maduros que pueris, valendo-se de protestozinhos em festinhas como as ocorridas nessa semana, ou a ataques a quem já esteve no poder conduzindo essa mesma nação que não consegue prover-se de alguém que possa pacificar a coisa.
Bambambam mesmo é o bichinho que está pondo em polvorosa o mundo inteiro e suas economias e garantindo matérias para os jornais. Eh bichinho danado.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Fogaça

Pra por ordem na fogaça.
O termo aqui seria outro, mas minha esposa me enquadrou quando o usei um tempo atrás. E minha esposa é a última pessoa que desagradaria. Eram duas, mas uma delas me deixou. Abaixo da minha esposa, há outras quatro (e seus pares) que também não desagradaria espontaneamente, e abaixo dessas cinco pessoas, mais duas, ou seja, dois amigos.
Um tempo atrás, uma amiga querida e de longa data me disse algo sobre o que demos muita risada. O assunto era a respeito do quadro religioso. Ela me disse que eu era (PERDÃO!) um “porra loka” no meio e que não conseguia me fazer entender. Demos muita risada, mas concordei com ela.
Então, desculpem-me pela incapacidade de me fazer entender.
Assim...
No país temos a classe dos artistas, dos jornalistas, dos esportistas, dos músicos.
Temos ainda a classe dos empresários, dos banqueiros (humm...), dos...
Há também a classe dos pobres, e a dos muito pobres.
Por certo, há a classe dos funcionários públicos e dos políticos.
No meio disso tudo há uma outra classe, e, me parece, só ela pode trazer as necessárias, urgentes e imprescindíveis mudanças com a devida sobriedade e bom senso.
Os integrantes dessa classe precisam amadurecer um bocado, mas só ela pode mudar a fogaça. Enquanto ela permanecer deitada em seu “berço esplêndido” a coisa não muda.
Na outra ponta, o risco é a turba tomar o asfalto, aí vai ser um deusnosacuda.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Potresto



Penso, logo… não existo, com recíproca inversa verdadeira: Não penso, logo... existo.

Já fui protestante, hoje sou potrestante.

Mote: A falácia de que a educação é a panaceia para graves problemas humanos como fome, sede, doenças advindas da falta de esgoto e etc, etc, etc.

É chic falar que tem que dar educação para as pessoas. É chic, mas… fácil. Joga tudo ali na falta de educação e pronto, estamos resolvidos. Contudo, educação não é solução pra nada. Educação é base, é pilar de uma nação que se pretende digna.

Para problemas imediatos há que se tomar decisões imediatas e de efeito imediato.

Quando, ainda menino, eu tinha febre, minha mãe não me mandava estudar, ela me dava um tal de Atroveran, que se não acabava com a febre pela eficiência, me sarava rapidinho pelo gosto. Ô treco ruim! “Não mãe, não mãe… já tô bom já”.

Então pergunto e só quero saber isso: quando? Quando a coisa melhora para os menos favorecidos?

Quando a academia, enfim, parar de bater cabeça, se acertar, concordar e encontrar um caminho?

Quando o congresso for composto somente por beatos?

Quando o poder não for mais do mesmo, nessa sequência insana e mortal, hora vermelha, hora verde e amarela?

Quando houver superavit primário suficiente?

Quando a bolsa bater os duzentos pontos?

Quando a cristandade sair do seu gueto?

Quando todas as reformas forem concluídas? Pra ficar numa só, a da Previdência. Ela produzirá efeitos somente daqui a 10 anos. Ah! Vá!

Quando cortarem impostos? Ou... quando aumentá-los?

Quando burocratas decidirem? (Hein!)

Quando os brancos quiserem?

Quando os ricos…

Só quero um prazo, uma data. Aí eu paro de encher o saco.

domingo, 2 de fevereiro de 2020

Coisas e coisas

Eu, às vezes, me pego meio depressivo por ter estado tão perto de movimentos conhecidos como o gospel e o pentecostal.

Obviamente que não pelas pessoas. Eu convivo bem com todas (ênfase em “todas”) as pessoas, sobretudo porque não me considero melhor que ninguém, nem estou acima de NINGUÉM, e não estou preso por clichês discriminatórios.

Mas esses movimentos têm coisas muito estranhas.

Do gospel, além das músicas centradas na pessoa, há aquela exploração do efeito gerado pela melodia que nada mais é do que dopamina liberada pelo cérebro e que dá prazer ao ouvinte. Qualquer música bem feita faz isso, não precisa ser gospel. Michael Jackson tinha um poder absurdo de deixar suas plateias em estado de êxtase, coisa comum no gospel, mas que não tem a ver com adoração.

Do pentecostal, há cada coisa estranha que fica até difícil de relacionar. Coisas como sapatinho de fogo, canelinha de fogo, retété, espada de fogo, visões e pregações um tanto controversas, exploração do ato de dar dinheiro, deturpações como dinheiro sendo uma coisa boa.

Mas… aí… eu me acalmo e vejo que não me deixei enredar por esse tipo de coisa e sigo aqui perseguindo o Mestre, tentando seguir os seus passos, uma vez que ele me alcançou irremediavelmente com seu amor.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Acontecerá

Toda ferida será sarada
Toda fome e sede saciadas
Todo menosprezo extirpado
Toda lágrima enxugada

Todo sem teto terá uma casa
Toda criança amparada
Todo pobre respeitado
Toda família valorada

Onde? Quando?
Aqui e acolá
Agora e pra já

Pra quem e como?
Pra todo mundo, é só compartilhar
Ninguém precisa ficar pobre. Não. Fique tranquilo.
É só ouvir o Nazareno falar.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

Um vaticínio

Um vaticínio, um augúrio, um presságio.
Um diagnóstico com respectivo prognóstico.
Um alerta, uma sentença, um aviso (que quem avisa amigo é).
Uma constatação, lamentável, mas factual.
“Os pobres sempre os tereis convosco”.
Há muito dito aqui. Só Ele tinha essa capacidade de falar tanto com tão poucas palavras. Aqui, mais uma vez, Ele descreveu a história humana do seu início ao seu fim.
Mas fique tranquilo, pois, embora Ele não trate com a coletividade e sim com pessoas (isto é, cada um de forma individual), ele sabe que essas mesmas pessoas estariam enredadas por sistemas que promovem a acumulação em detrimento dos pobres. Assim, o alerta é mais contra o sistema do que contra pessoas, aliás, Ele não tem nada contra as pessoas, pelo contrário, Ele quer salvá-las (eu sou o primeiro da fila), a começar pela libertação dos sistemas.

domingo, 19 de janeiro de 2020

O marido fiel, o político cristão e o pardal

Não há “marido fiel”.
Hein?! Lascou.
Pois é.
Há marido, e maridos são fiéis. A expressão “marido fiel” é um pleonasmo, uma superfluidade redundante, pois, se é marido, é fiel, se não é fiel…
Do “político cristão” há que se definir o que significa cristão, o que é tarefa deveras trabalhosa dado o imenso universo que o termo abrange: católicos, evangélicos, protestantes, pentecostais, até algumas parcelas do espiritismo se declaram cristãs.
Fato é que o termo “político cristão” é um tanto paradoxal, se há alguma vinculação do cristão com o Cristo, o que é quase impossível estabelecer. Ocorre que nos sistemas de governo modernos os políticos estão intrinsecamente ligados a um padrão de poder que dispensa o divino uma vez que esse padrão declara que “todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido”.
Quando cristãos são entendidos como uma força de poder, via de regra, eles trazem mais prejuízos que benefícios à coletividade. A história é pródiga em exemplos os mais nefastos, desde tempos antigos, quando ainda a democracia não era hegemônica, até os tempos modernos com escândalos os mais abjetos.
Contudo e entretanto, contar com pessoas que têm o caráter tratado por Cristo nas esferas do poder, é tudo de bom e desejável, esses jamais trairão a causa, mesmo quando lidando com o poder e suas demandas de recursos financeiros.
Pessoas essas que vivem como os pardais, como ensinou o Cristo, sem pretensões de qualquer natureza, confiantes na provisão do pão diário e do abrigo necessário, até que venha o Grande Dia. Já dizia bela música: his eye is on the sparrow.
Em documento público compartilhado em 2009 via internet e encaminhado à agremiação religiosa da qual fazia parte, eu abri mão de todo e qualquer título ou rótulo a que teria direito. Está no blog sob título (In)Certidão de I(n)doneidade.
Me defino como: um andarilho, filho de Deus, marido e pai.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Um genocídio em curso

O corrupto brasileiro é um genocida.
Veja: genocídio - Ação de aniquilar grupos humanos através da utilização de diferentes formas de extermínio como a pobreza ou a fome em certas regiões do mundo.
Existe corrupção pesada em países ricos, mas ela não se reflete diretamente sobre a população.
No caso brasileiro, com enormes contingentes de pessoas pobres, como no caso de outros países também pobres, a corrupção tem ação direta sobre essa população.
O corrupto brasileiro ataca feroz e vorazmente recursos públicos, recursos esses que seriam destinados às necessidades mais básicas da população como a saúde.
A saúde pública brasileira é uma vergonha, um caos, um desplante e… mata.
Há sim um genocídio em curso nesse país, orquestrado e exercido pelos corruptos, com anuência e conivência dos políticos e agentes públicos.