sábado, 21 de abril de 2018

O Deus II

Força da fortaleza.
Potentíssimo, dono da vida, do ar, dos tempos. Diz-se também que do ouro e da prata. Mas isso foi tão mal usado e entendido que não compensa a citação.
Está no frio do pico do Everest, o ponto mais alto, e no silêncio da Fossa das Marianas, o mais baixo.
Inominável, não há o que lhe possa definir. É tudo e nada.
A tridimensionalidade não lhe contém. Talvez uma decadimensionalidade pudesse arranhar-Lhe uma definição.
Diz a ciência ter sido capaz de gravar o eco do big bang ocorrido há bilhões de anos. Risível. De qualquer forma, se sim, alguém teve que colocar a espoleta lá. Foi Ele.
Criou os quarks, essa ínfima subdivisão dos átomos, o DNA com seus códigos sensacionais.
Criou as centenas de milhares de galáxias do universo. Ou seria multiverso? Que, UM mesmo só Ele.
Criou a placenta!!! Mecanismo da contra criação que protege o óvulo fecundado, aquele corpo estranho no organismo da mulher, dos ataques desse organismo para expelir esse corpo estranho. Quem pensaria isso?
Quer falar com Ele? Leia os quatro evangelhos.

terça-feira, 17 de abril de 2018

O Deus

Deus, sobretudo e sobre todos.
Deus, absoluto, pois que não varia, e relativo, pois que relaciona-se.
Deus, imutável e mutante, faz o que e como quer.
Deus, curto e grosso, mas longânimo e delicado.
Deus, inexplicável e ininquadrável, não tente.
Deus, naturalmente sobrenatural e sobrenaturalmente natural.
Deus, inteligente, Deus da gente, Deus de nós, Deus conosco.
Deus, inacabável, inatacável, indefensável. Quem poderá?
Deus julgador e perdoador, que perdoa a culpa mas que o ato, julga. 
Deus da matemática, da física, da química. Das letras, da história, da geografia, da ciência.
Deus da filosofia, da sociologia, da antropologia, da psicologia.
Me diga: onde ele não esteve, não está, não estará?
O que Ele não soube, não sabe, não saberá?
Quer falar com Ele? Leia os quatro evangelhos.

sábado, 7 de abril de 2018

Chegará o dia, não tardará

Chegará o dia, não tardará em que em um funeral estarão presentes somente os parentes do falecido, e olha lá.
Os demais? Oras! Os demais terão mandado mensagens via whatsapp ou likes via facebook.
Nos tempos pré-históricos do e-mail eu recebi um e-mail num determinado grupo de e-mails informando do falecimento de um amigo, integrante do grupo.
Indignado, procurei o administrador do grupo. “Como assim?”, questionei-o. “Então esse tipo de comunicação é feita por e-mail?!”. “Quando for a minha vez” pedi-lhe “por favor, digne-se a pelo menos dar um telefonema”. Não estarei aqui para verificar, rsrsrs.
A frieza das relações, especialmente nos grandes centros urbanos, está sendo recrudescida pelas redes sociais. O que já era frio está ficando congelado.
Não sei bem porque, mas as pessoas se fazem representar pelas redes. Não sei se é algum medo, fobia ou acomodação mesmo.
Anátemas sejam essas redes sociais quando interpõem-se nas relações pessoais.