sábado, 27 de junho de 2020

Uma dicotomia intransponível

Dicotomia é dividir algo em duas partes.
Eu juro que eu tento, mas não consigo.
Como sei que não consigo me fazer entender.
Mas… fazer o quê?
Vou seguindo assim mesmo.
Eu tenho visto pessoas se juntando a outras tantas e a uma só voz renderem o poder a Deus, seja através de canções, seja através de declarações, seja através de orações. É lindo isso.
‘Toda glória, honra e poder ao Rei de Salém’.
Onde ocorre a dicotomia?
Ocorre naquele movimento em que a cada 4 anos essas mesmas pessoas dizem a Deus: Senhor, eu vou ali dar o poder para outras pessoas e já volto.
Não consigo entender como as pessoas podem ter dois comportamentos: um na presença de Deus e outro fora de sua presença.
Nem de longe defendo a teocracia. Deus não precisa da autorização humana para exercer o seu poder, apesar da concorrência que essas mesmas pessoas insistem em dar a ele.
Com o lance de ganhar dinheiro se dá o mesmo.
Quando em ambiente religioso as pessoas são solidárias, amáveis, participam das dificuldades umas das outras. Mas fora dali exaltam e buscam a acumulação via capitalismo.
Não é errado ganhar dinheiro, muito ou pouco. É errado acumular a não mais poder.
Há sempre o vaticínio atemporal, sempre válido: ‘Louco, esta noite pedirão a sua alma’.
Enfim, não entendo esse negócio de as pessoas terem determinados valores em um respectivo lugar, como o ambiente religioso, e outro comportamento quando no trabalho, na escola, no lazer, no convívio social/político.
Parece que eles demonstram que os princípios do evangelho não valem para a vida social.
É isso então?
Se alguém puder, me ajude a entender.

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Quando virá?

A gente até geme de dor esperando essa gente, essa geração.
Gente que não tem lado, que não tem cor, que não idolatra sistemas humanos.
Gente que aponta e condena os desmandos dos poderosos.
Uma gente que dirá: não te é lícito.
Teve um que se arriscou, jovem ainda, perdeu a cabeça. Aquele mesmo que dentre os naturalmente nascidos, não houve maior.
Não me refiro àqueles que estando de um lado ficam atirando pedrinhas em que está do outro lado, qual crianças birrentinhas e mimadinhas.
O problema é o poder.
O mundo gira em torno do poder.
O poder comanda tudo.
E assim estamos como estamos.
Fato é que é perigoso enfrentar o poder.
Parece que o habitat natural para a gestação dessa gente seria o que se conhece por igreja. Ocorre que uma parte do problema de não surgir essa geração, é que os jovens lá são ensinados que não se deve mexer com os “superiores”, que não se deve tocar no “ungido”. Hein!!!
Meio lógico isso né?
Os superiores, em qualquer ambiente, reprimem qualquer tipo de contestação do poder porque correm eles mesmos o risco de terem o seu próprio poder contestado. Então…
Agora mesmo os poderosos estão jogando para 2033 o fim da falta de saneamento básico para todos os brasileiros. Como assim? 2033?!
Continuamos aqui, gemendo até que…