Líderes,
obrigado. Já deu.
Na
proporção exatamente inversa a um estado pleno de cidadania é o quanto as
pessoas precisam de um líder.
Os
líderes já provaram que são dispensáveis. Todos eles, em qualquer camada, em
qualquer ambiente. É só ver para onde eles trouxeram a nação.
Até
porque o que se tem hoje não é liderança, é a cultura do macho alfa, aquele que
pode tudo e que tem todos os privilégios e preferências e a quem os demais se
submetem.
Não
líderes! Não precisamos de vocês.
Esse país
precisa de sábios. De gente sábia, em que pese que a sabedoria não valoriza o
que é material além do que convém.
Em que
pese que os sábios não valorizam o culto à personalidade, tão presente nas
instâncias de liderança, todas elas.
Eu pessoalmente
sigo um Rabi que jamais propôs a linha de comando chefiada por líderes. Ele
propunha que seus seguidores pautassem sua conduta pelo serviço. Se voluntário,
melhor, se não, “não atarás a boca do boi que debulha”, ou seja, é justo algum
tipo de remuneração para o sustento daqueles que venham a se ocupar
integralmente com a “res pública”.
Mas desses
líderes de hoje, não precisamos não. Voltem para sua casa, para suas coisas. Vocês
se mostraram incapazes e incompetentes. Deixem os sábios assumirem a coisa. Eu
conheço alguns e posso indicar.