segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Deus é

Ao Rei eterno, imortal, invisível mas real

Imanente, transcendente, com a gente, Emanuel
Da aurora, a boreal e a diária
Do breu, o mais profundo breu
Aquele mesmo… objeto de gozação, de tiração
O inabalável, qual aço valiriano 
O intocável, no entanto, tangível 
Do alvorecer da vida ao desfalecer na morte
Do sol, o nascente e o poente
O desconhecido, conquanto, perceptível 
No pico mais alto, o do Everest, à fossa mais profunda, das Marianas, ei-lo lá
O imutável mutante, mutante imutável 
Das quimeras mais doces à exatidão quântica
O indefinível, ainda que tema de retóricas verborrágicas eloquentes mas prolixas, que vão de lugar algum pra lugar nenhum
Indomável, ininquadrável, inimputável 
Longânimo, magnânimo  
Respondente, conquanto, silente
Inspirador, de coisas como a Nona Sinfonia, a Pietá, a Monalisa, a Capela Sistina
Do bebê no peito da mãe à avó que chora a cada dia pelos rebentos seus e os dos seus

Eita que é grande esse Deus 

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