domingo, 17 de maio de 2020

Deus é. Ponto.

As relações humanas têm diversas características.
Uma delas é que é perceptível a dificuldade que temos em definir as coisas pelo que elas são.
Pra contornar essa dificuldade nós então lançamos mão de um expediente, ou seja, nós qualificamos, adjetivando, essas coisas.
Ilustrando:
- político honesto – se é político deveria ser honesto, não precisaria adjetivar (no caso com o honesto).
- igreja santa – se é igreja é santa, qualquer ajuntamento de pessoas que se intitule de igreja deve ser santa, se não é santa, não é igreja, mesmo considerando a pecaminosidade intrínseca das pessoas. Meio paradoxal isso, mas é por aí.
- marido fiel – se é marido é fiel, se não é fiel não é marido.
A lista é interminável.
O prejuízo é que parece que as coisas perdem valor por aquilo que elas são, tendo sempre que ter alguma outra qualificação. O que aponta, ainda, que daqui a pouco as coisas terão que ter duas qualificações, uma só não bastará.
Contudo, o maior problema é que agimos assim também em relação a Deus.
Deus é Deus. Ponto. Deus é!!! Ponto.
Isso deveria nos bastar. Mas, não. Nós precisamos qualificá-lo, o que, obviamente, não é ruim de per si. A bíblia mesmo é farta em adjetivar Deus.
Deus é bom, Deus é amor, Deus é justo, Deus é grande.
Não há mal nisso. Deus é tudo isso e muito mais.
O fato é que eu O qualifico de acordo com minha percepção, minha experiência, meu momento de vida, o que não pode afetar o fato de que Deus é. Ponto.

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