segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A pajelança da democracia

O voto é “vendido” como o instrumento que determinará o destino daqueles que o usam.
Puxa! Legal isso! Então o voto – um gesto de alguns minutos - determina um destino!
Pra mim, esse negócio de votação parece mais com torcida de time. Joga-se o voto lá e fica-se na torcida pra ver se o candidato ganha. Se ganha, tem-se uma sensação de prazer, quase um orgasmo. Se não, logo se esquece e volta-se à vida, deixando para pensar no candidato somente na próxima eleição.
E a democracia? Haja demanda de fé. É mais ou menos como o ateísmo, ou seja, é preciso muita fé nas suas postulações para ser um ateu.
Com a democracia é assim também, é preciso muita fé para acreditar nos seus princípios. Fé que não deveria sobrar de quem se dispõe a crer em Deus, entretanto, há aqueles que acham que podem tirar um pouquinho da fé em Deus para colocar na democracia.
Vai de cada um.
De minha parte, eu acho que tenho algum defeito de fabricação. Eu não consigo extrair um pouquinho da minha fé para crer na democracia.
Eu gostaria de incensar a democracia como vejo tantas pessoas fazê-lo. Ou como se diz: celebrar a festa da democracia.
Mas aí eu olho para o Nazareno e vejo que ele não fez nenhuma menção à democracia, mesmo tendo ela já algo em torno de 500 anos quando ele esteve aqui conosco.
Então, vou seguindo aqui com minha débil fé nele mesmo e quem sabe um dia eu possa colher os frutos dessa fé. Se não acontecer, tomara seja eu colhido por ela.

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