quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Jesus, o diálogo de Deus

Antes mesmo das coisas virem à luz Deus já tencionava dialogar com sua criação. Ele estabeleceu parâmetros para isso, criou meios de interlocução, mostrou-se, falou, ouviu, até que a criatura não quis mais, fechando o canal. Não foi Deus, foi a criação que se afastou, ficando por sua conta e risco. Se deu mal. Muito mal.
Deus, então, proveu um meio ainda mais eficaz de dialogar com a criação.
O diálogo agora não se daria por sons silábicos ou sinais gráficos geradores de palavras.
O diálogo agora não seria uma construção retórica.
O diálogo agora não consistiria de perguntas e respostas, ou regras e normas.
O diálogo agora seria em um nível muito mais elevado e causaria tamanha estupefação, tamanho torpor que via de regra redundaria em silêncio. Não o silêncio obsequioso em que se é obrigado a ficar quieto, mas o silêncio da admiração, tal qual a conversa silente do firmamento.
Há os que creem que a Terra foi formada há menos de 10 mil anos.
Há os que creem que o Universo tem 14 bilhões de anos.
Fato é que na plenitude do tempo, Deus dialogou com a criação.
Diálogo mais que audível ou legível, senão, visível, sensível, tangível.
Diálogo profundo, que vai ao âmago.
Que toca ao vil e ao nobre, ao rico e ao pobre.
Ao velho e ao jovem, à mulher e ao homem.
À autoridade e ao destituído, ao religioso e ao possuído.
Sentido primeiro e último de sua (criação) existência: dialogar com Deus.

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