A
quem Judas traiu?
O
que ele estaria demonstrando com aquele beijo maldito?
Oras!
Quem ali não conhecia o Messias?
Do
menor ao maior, do cego aos fariseus, das pessoas comuns aos poderosos. Todos sabiam
quem era o Messias. Ele estava todos os dias no templo. Caminhava entre as
pessoas entregando seus discursos e fazendo seus milagres.
Não!
O beijo de Judas demonstrou muito mais e teve um sentido muito maior do que
simplesmente indicar aos guardas quem era o Messias.
Chocante:
o beijo de Judas demonstrou que o grupo de discípulos não estava fechado, que
não havia unidade entre eles.
Isso
sim foi o que o beijo de Judas demonstrou.
Essa
demonstração de desagregação foi ao cerne da mensagem do Messias.
Os
poderes político, religioso e espiritual, contrários à mensagem do Messias,
saíram fortalecidos daquele momento e o beijo teve essa função: demonstrar que
o Messias não conseguira congregar e estabelecer a unidade dos seus seguidores,
realidade tão necessária à sua mensagem.
Esse sim foi o efeito de Satanás ter entrado no coração de Judas.
Quando
a unidade dos seguidores de Jesus é posta à prova, e quando essa unidade sai
maculada dessa prova, Satanás saiu vencedor.
No
confronto direto, Satanás perdeu e perdeu feio. Ele foi humilhado pelo Cordeiro
que conseguiu reverter o poder da morte.
Sabedor
disso, Satanás resolveu, então, enfrentar indiretamente o Messias, atacando os
seus seguidores, enfraquecendo virtudes como a lealdade e fidelidade de uns
para com os outros e à causa comum.
Foi
o que fez Judas.
Ele
não traiu Jesus, apenas. Ele traiu seus amigos e a causa à qual eles haviam
sido chamados.
Cabe
aos seguidores de Jesus reverterem essa história e imporem a Satanás outra
vergonhosa derrota demonstrando que são leais e fiéis uns aos outros e à causa.
À
guerra, pois!
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