Sim,
tem nome. O cravo que prendeu o Santo no madeiro tem nome: é o meu.
Ele
não queria estar ali. Nem eu.
Alguém
teve prazer nisso. Até imagino quem.
Contudo,
na força da Sua resignação, consistiu minha salvação.
Que
equação insana!
Fomos
ambos usados.
Eu
por absoluta ignorância e incapacidade de reação.
Ele
por absoluta rendição e (posterior) capacidade de reversão.
Sim,
ele sabia que reverteria aquela situação.
Ambos
presos, Ele livrando-se, livrou-me também.
Protagonizamos
assim a mais bela história: remidor e remido em um ato, livres e unidos.
Que
equação divina!
Nossa
história transcende de longe a intervenção humana. Temos um relacionamento
direto. Estivemos no mesmo lugar. Se eu, involuntariamente, Ele de forma
voluntária.
Falamos
direto, cara a cara. Ele me entende e eu O entendo, pouco, é verdade e por
enquanto, mas O entendo.
Agora
como ex-cravo, deixo de ser escravo e passo a ser irmão.
Já
não sirvo ao ódio, ao revanchismo, à essa tendência insana de querer tutelar as
pessoas.
Uma
vez livre, livre estou dessa tendência de querer deixar de ser instrumento para
ser maestro.
Atenção
aqui: não queira ser maestro. Seja um instrumento. Você foi criado assim.
Maestro é Outro.
Muito bom!
ResponderExcluirRo.
... essa bussola como sempre confirmando 'O' norte! ...orientando o rumo! vlw!!! ...haleluyah!
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