Uma infeliz
dicotomia
Não
há um evangelho espiritual e um evangelho social.
Há um
evangelho capaz de salvar a sociedade.
Essa
dicotomia serve aos corruptos, aos adúlteros que permitem-se, num momento,
apresentarem-se a Deus em preces cumprindo rituais religiosos e noutro momento entregarem-se aos mais vis
comportamentos.
Essa
dicotomia serve aos religiosos que permitem-se, num momento, prestarem cultos
pretensamente espirituais sem se envolverem com os descalabros dos índices
sociais que se abatem sobre a nação.
Essa
dicotomia serve aos que defendem que toda a autoridade vem de Deus validando
assim o comportamento de crápulas como Hitler, ontem, e outros tantos
desvairados hoje.
Em
tempo, Romanos fala de poder policial, ou algum líder religioso está pensando
em pegar em armas?
Essa
dicotomia serve aos políticos que querem separar o estado da igreja, para não
terem suas consciências sendo questionadas.
Dirão
os (democratas) puristas: “O estado é leigo”.
Oras!
Mas a igreja também é leiga. Eminentemente leiga.
A
mensagem da qual é portadora - frise-se que é o povo (= laos, laicato, leigos)
que
é portador dessa mensagem, não a sua liderança, que está a seu serviço - não é
válida somente em seus “domínios” senão em todos os quadrantes da sociedade.
O
que o Jovem Galileu falou vale para todas as pessoas, em todos os lugares, em
todos os tempos, em todas as instâncias, em todas as esferas.
Assim
é.
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