Não
se trata de ser patriota ou apátrida, de ser revoltado ou conformado, de ser
intelectual ou analfabeto, de ser católico, evangélico ou espírita.
Não
se trata de ser guerrilheiro ou pacificador, de gostar de uma contenda ou de
querer se ver bem longe delas.
Não
se trata de ser eleitor, de ser jovem ou velho, de querer mudanças, de
provocá-las ou não.
Não
se trata de ser pela democracia, pela ditadura, pelo socialismo, pelo
capitalismo, pelo comunismo, pelo assistencialismo, pelo livre comércio ou
contra tudo isso.
Não
se trata de ser introvertido ou extrovertido, corajoso ou medroso, tímido ou
destemido.
Não
se trata de ser empresário, esportista, artista, profissional liberal ou
metalúrgico.
Não
se trata de ser um profissional gabaritado, um funcionário público, uma
empregada doméstica ou uma dona de casa.
Não
se trata de ser professor ou aluno, aprendiz ou doutor.
Não
se trata de ser nordestino ou sulista, cosmopolita ou interiorano, branco ou
negro.
Não
se trata de ser saudável ou doente, de depender do SUS ou de plano de saúde
particular.
Não
se trata de se estar no pleno vigor da saúde física e mental, ou no limiar da
exaustão, da crença na mudança ou na desilusão pela traição.
Se
trata de que o presidente do senado brasileiro escarnece dos brasileiros quando
vai a um casamento da filha de um amigo ou a uma operação para implante de
cabelo em jatinho da FAB! Afora o seu passado de corrupção.
Esse
que é um representante da faceta mais retrógrada, coronelista, nefasta,
reacionária, obscurantista da política brasileira.
É
disso que se trata: escarnecimento.
Aí
ele se faz de desentendido e pergunta: “Nossa! Não podia? Então eu devolvo o
dinheiro”.
Não
queremos seu dinheiro. Queremos seu cargo!