Esse
é o tipo de artigo que não deveria ser escrito. É aquele tipo de coisa que
ninguém gosta de ler. Fazer o quê? Se você é um poliana, convido-o a parar por
aqui.
Penso
cá com meus botões: qual a lógica que permite uma parte da humanidade se
esbaldar em diversão quando outra parte se desmancha em fome e sede?
Não
se trata de ser radical, se bem que um pouco de radicalidade não faz mal para
ninguém.
É
uma questão de coerência. Coisa que a ESPN do Brasil, com José Trajano e Juca
Kfouri, deveria estar fazendo em relação à copa, quando se considera a linha
editorial da emissora.
Veja:
Que pai de família que se preze faria a viagem dos sonhos com os seus quando
sua casa não tem saneamento básico, o pão de cada dia ou o líquido inodoro, insosso
e incolor tão precioso?
Absolutamente
todos dirão: “Oras! Mas... a diversão é um direito”. Pode até ser. Não é este o
ponto.
Se
é um direito, viria atrás dos outros que são fundamentais, por exemplo:
alimento, saúde e segurança.
Para
o institucional, essa sequência é fundamental. Quando não, ocorre o que estamos
vendo nesse país. Escárnio.
Já
disse algumas vezes que não quero a copa aqui.
Se
verei os jogos? Pode até ser, sou um desportista, contudo, se os vir, os verei
como veria um jogo de várzea. Não estarei torcendo como um patriota (até porque
me considero apátrida). Aliás, não é o fato de torcer para a seleção de
jogadores de um esporte que faz de alguém um patriota. Aliás 2: o título para
a seleção brasileira de futebol, com seus riquíssimos e alienados jogadores, será
um desastre para a política brasileira e um cabo eleitoral fortíssimo para a
presidenta.
O
conceito vale não só para a copa, mas para os grandes eventos da humanidade
como olimpíadas, premiações do Oscar e que tais.
Acho
que um dia as coisas irão para a balança. Ai iai iai iai iai.
Um patriota apátrida.
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