sábado, 8 de fevereiro de 2014

Há algo de muito podre no reino de Poliana


Esse é o tipo de artigo que não deveria ser escrito. É aquele tipo de coisa que ninguém gosta de ler. Fazer o quê? Se você é um poliana, convido-o a parar por aqui.
Penso cá com meus botões: qual a lógica que permite uma parte da humanidade se esbaldar em diversão quando outra parte se desmancha em fome e sede?
Não se trata de ser radical, se bem que um pouco de radicalidade não faz mal para ninguém.
É uma questão de coerência. Coisa que a ESPN do Brasil, com José Trajano e Juca Kfouri, deveria estar fazendo em relação à copa, quando se considera a linha editorial da emissora.
Veja: Que pai de família que se preze faria a viagem dos sonhos com os seus quando sua casa não tem saneamento básico, o pão de cada dia ou o líquido inodoro, insosso e incolor tão precioso?
Absolutamente todos dirão: “Oras! Mas... a diversão é um direito”. Pode até ser. Não é este o ponto.
Se é um direito, viria atrás dos outros que são fundamentais, por exemplo: alimento, saúde e segurança.
Para o institucional, essa sequência é fundamental. Quando não, ocorre o que estamos vendo nesse país. Escárnio.
Já disse algumas vezes que não quero a copa aqui.
Se verei os jogos? Pode até ser, sou um desportista, contudo, se os vir, os verei como veria um jogo de várzea. Não estarei torcendo como um patriota (até porque me considero apátrida). Aliás, não é o fato de torcer para a seleção de jogadores de um esporte que faz de alguém um patriota. Aliás 2: o título para a seleção brasileira de futebol, com seus riquíssimos e alienados jogadores, será um desastre para a política brasileira e um cabo eleitoral fortíssimo para a presidenta.
O conceito vale não só para a copa, mas para os grandes eventos da humanidade como olimpíadas, premiações do Oscar e que tais.
Acho que um dia as coisas irão para a balança. Ai iai iai iai iai.
Um patriota apátrida.

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