Com
essa denúncia o profeta literalmente perdeu a cabeça, foi degolado.
Ele
não disse isso para um superior hierárquico, para um religioso desvirtuado do
seu círculo de convivência. Não. O profeta disse isso para um governador de um
império despótico, que, com a embriagues do poder, achava que podia tudo e que
ninguém deveria falar nada contra suas ações.
Os
poderosos contam com o silêncio dos seus súditos, silêncio que metamorfoseia-se
em conivência.
O
profeta não sonegou seu dever. Pagou caro.
Há
um custo, às vezes da própria vida, em apontar aquilo que não está conforme o
plano divino.
Há
um custo em olhar para fora do perímetro particular e apontar que as coisas não
vão bem ali.
Para
isso, as coisas dentro têm que estar bem, quando não, é mesmo temerário falar
qualquer coisa.
Acho que isso explica o silêncio daqueles que
deveriam estar apontando os descaminhos dessa nação e propondo uma direção a
seguir, porque, pois, a mensagem evangélica não é exclusiva de/para um grupo de
pessoas que, via de regra, se fecha em si mesmo por achar-se superior aos demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário