sábado, 7 de junho de 2014

Enquadrado

Levei uma enquadrada hoje que estou até agora sem rumo.
Eu chego hoje pela manhã em casa depois de um compromisso e estão minha esposa, minha filha mais nova e meu netinho (6 anos) em casa.
Assim que chego meu netinho me pega pela mão e me leva para a lavanderia e pede que eu feche a porta e começa a me falar que havia visto um acidente de moto.
Eu vi que ele estava meio impressionado.
Ele continua dizendo que o cara da moto estava com a cabeça e com as mãos protegidas e que não tinha se machucado muito.
Eu ali dando toda a atenção pra ele e participando daquele momento, quando ele olha nos meus olhos e me pergunta porque eu não tinha protegido minhas mãos quando eu caí da moto?
Eu quase caí pra trás.
De fato, em outubro de 2013 eu levei um escorregão na marginal Pinheiros sob um sol de uns trinta e poucos graus e detonei minhas mãos por estar sem luvas.
Eu tentei explicar pra ele que estava muito quente, mas ele insistiu dizendo que “não... tem que proteger as mãos”.  
“Então tá, o vovô nunca mais vai andar sem luvas.”
“Então tá bom.”
Me deu as costas e voltou pra dentro da casa.
E eu fiquei com cara de tacho.
Acho que anjos agem assim.


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