Não,
não, não, mil vezes não.
Jesus
não tratou de religião.
Religião
precisa de ídolos, de líderes, de dogmas, de estrutura física e organizacional.
Pois bem, não há nessa terra alguém que possa apontar alguma fala de Jesus que
ampare essas questões.
Não
que a religião seja intrinsicamente má. Não é, muito por conta das pessoas que
a praticam, especialmente aquelas que estão na parte inferior da pirâmide
hierárquica. Não é. Tornam-na assim. Seja por jogo de interesses, seja por
proveito pessoal, seja pelo domínio do outro, seja por esoterismo, seja pelo
medo do desconhecido, seja, enfim, pelo vazio no coração do homem.
Jesus
não foi ídolo, não foi líder, não estabeleceu dogmas nem estrutura física ou
organizacional para seus seguidores.
Direi
novamente: na proporção exatamente inversa a uma vida de profundidade com Deus
é o quanto as pessoas precisam de um líder. Ou de um ídolo. Ou de dogmas.
Dogma
não é coisa só de católico não. Crente também adora um dogma: predestinação,
livre arbítrio, riqueza como bênção divina, autoridade centrada no homem,
proibição de se tocar no “ungido” de Deus (seja lá o que isso signifique).
Encerrarei com uma citação que um querido amigo me fez relembrar: “Se todo homem sobre a terra se
tornasse ateu, isso não afetaria a Deus de modo algum. Ele é quem é, sem acatar
qualquer outro ser. Crer nele não acrescenta às suas perfeições, duvidar dele
não tira dele coisa alguma.” A. W. Tozer
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