sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Da religião

Não, não, não, mil vezes não.
Jesus não tratou de religião.
Religião precisa de ídolos, de líderes, de dogmas, de estrutura física e organizacional. Pois bem, não há nessa terra alguém que possa apontar alguma fala de Jesus que ampare essas questões.
Não que a religião seja intrinsicamente má. Não é, muito por conta das pessoas que a praticam, especialmente aquelas que estão na parte inferior da pirâmide hierárquica. Não é. Tornam-na assim. Seja por jogo de interesses, seja por proveito pessoal, seja pelo domínio do outro, seja por esoterismo, seja pelo medo do desconhecido, seja, enfim, pelo vazio no coração do homem.
Jesus não foi ídolo, não foi líder, não estabeleceu dogmas nem estrutura física ou organizacional para seus seguidores.
Direi novamente: na proporção exatamente inversa a uma vida de profundidade com Deus é o quanto as pessoas precisam de um líder. Ou de um ídolo. Ou de dogmas.
Dogma não é coisa só de católico não. Crente também adora um dogma: predestinação, livre arbítrio, riqueza como bênção divina, autoridade centrada no homem, proibição de se tocar no “ungido” de Deus (seja lá o que isso signifique).

Encerrarei com uma citação que um querido amigo me fez relembrar: “Se todo homem sobre a terra se tornasse ateu, isso não afetaria a Deus de modo algum. Ele é quem é, sem acatar qualquer outro ser. Crer nele não acrescenta às suas perfeições, duvidar dele não tira dele coisa alguma.” A. W. Tozer

Nenhum comentário:

Postar um comentário