A aurora de uma nova quimera, perceptível e exequível.
O arrebatamento do mais espetacular solo de guitarra.
A docílima harmonia que penetra o mais profundo recôndito do
consciente.
A inaudita voz que alcança o mais profundo inconsciente.
A inspiração das mais belas sinfonias, por exemplo, a quinta
e a nona de Beethoven.
A soma do mais belo com o mais sublime.
A não resposta. Ele não é reposta de nada para coisa
nenhuma. Não o reduza a uma resposta. Ele é o absolutamente absoluto.
A adrenalina mais potente, tão imprescindível à vida.
O descanso das lidas vividas, diárias, sofridas, malditas,
injustas.
O consolo para o incompreensível, irremediável,
incontornável, por exemplo, a desgraçada morte.
A poesia do poeta.
A escultura do escultor, vide a Pietá.
A pintura do pintor, vide a Capela Sistina.
A aceitação na sua mais pura expressão.
Altruísmo na sua forma mais cristalina.
Dedicação e entrega sem reservas. Nada em troca. Quem
poderia lhe dar alguma coisa? O que ele não tem? Sua vida? Não, sua vida não é sua,
não a usurpe.
O encontro do ideal com o real.
A tangência do divino com o humano.
Se côncavo para uns, convexo para outros.
Nome e sobrenome da existência, pois que ele próprio, seu pincel
e autor.