sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

As coisas como elas são

A democracia sucumbiu ao caos, no caso, a democracia representativa, em que se elege representantes.
Há, contudo, alguns fatores a serem considerados.
A democracia não tem que ser administrada pela classe política. Uma coisa é a democracia, outra coisa a classe política, mas já de um bom tempo para cá, a classe política apoderou-se do controle da democracia, especialmente nos países em que a democracia é representativa, caso do Brasil.
Concomitante a esse domínio surgiu um ingrediente novo que foi a monetarização da política, ou seja, só é bem sucedido no meio quem tem uma eficiente fonte de financiamento de campanha.
Notícias dão conta de que o partido que governa o país teve um aporte fenomenal de recursos advindos de fontes obscuras, o que provocou seu sucesso, com o agravante de que agora o condena.
Esse mesmo partido inaugurou, ainda, uma nova forma de administração que consiste de fazer políticas de partido. O que antes era política de estado, que beneficiava toda a população e que transcendia o mandato em questão, redundou em política de governo, que procura beneficiar a população mas tendo em vista o sucesso do governante vigente. O malfadado partido em questão deu início às políticas de partido, em que se procura beneficiar a população mas sempre em função do partido.  
É um assunto chato e que poucas pessoas gostam de tratar, mas você, meu caro eleitor democrata, deve repensar sua postura diante do quadro geral que se abateu sobre a nação.
A promoção da democracia não tem que ser tarefa da classe política. Enquanto for assim, a situação não mudará.
A classe política não é a guardiã da democracia e nem é o seu principal agente.
Democracia não consiste de votar, tão somente. Aliás, o processo eleitoral no país está totalmente viciado e comprometido.
Por outro lado, não é com manifestações pontuais que se mudará a situação.
Mudar esse país passa pelo seu protagonismo, pela sua atuação concreta. Menos que isso, o que virá pela frente será mais do mesmo do que temos visto.

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