sábado, 14 de fevereiro de 2015

Jesus Cristo

A aurora de uma nova quimera, perceptível e exequível.
O arrebatamento do mais espetacular solo de guitarra.
A docílima harmonia que penetra o mais profundo recôndito do consciente.
A inaudita voz que alcança o mais profundo inconsciente.
A inspiração das mais belas sinfonias, por exemplo, a quinta e a nona de Beethoven.  
A soma do mais belo com o mais sublime.
A não resposta. Ele não é reposta de nada para coisa nenhuma. Não o reduza a uma resposta. Ele é o absolutamente absoluto.
A adrenalina mais potente, tão imprescindível à vida.
O descanso das lidas vividas, diárias, sofridas, malditas, injustas.
O consolo para o incompreensível, irremediável, incontornável, por exemplo, a desgraçada morte.
A poesia do poeta.
A escultura do escultor, vide a Pietá.
A pintura do pintor, vide a Capela Sistina.
A aceitação na sua mais pura expressão.
Altruísmo na sua forma mais cristalina.
Dedicação e entrega sem reservas. Nada em troca. Quem poderia lhe dar alguma coisa? O que ele não tem? Sua vida? Não, sua vida não é sua, não a usurpe.
O encontro do ideal com o real.
A tangência do divino com o humano.
Se côncavo para uns, convexo para outros.
Nome e sobrenome da existência, pois que ele próprio, seu pincel e autor.

Um andarilho

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