Essa polarização entre PT x PSDB, Dilma x Aécio, Direita x
Esquerda só faz retroalimentar o caótico sistema em que a vive nação brasileira,
num maniqueísmo refratário e estéril pelo qual as partes se atacam (se deixar
eles se atracam) em nome de seus próprios pontos de vista, que será sempre,
oras!, a vista de um ponto.
Sempre se dependerá, ad eternum, de um salvador da pátria,
ficando a participação popular restrita a alguns movimentos e sobretudo ao
período eleitoral. Aliás, até o recrudescimento da força eleitoral já é
possível notar quando se diz que se esse ou aquele ganhou legitimamente a
peleja então ele tem o direito de desfrutar dos seus 4 anos de glória (mas não
eram só 15 minutos?).
Democracia é mais que voto.
Partidos políticos não têm que ter a predominância sobre a
condução da democracia.
Os que são eleitos não são, magicamente, transmutados em
autoridades. São servidores.
Economistas já demonstraram que podem colaborar muito pouco.
Jornalistas e a mídia em geral idem.
Infelizmente, as instituições religiosas também.
O povo de uma nação está, e é bom que seja assim, por sua
conta.
O caminho, penso, passa por conscientização, engajamento e
mobilização, mas sem argumentos sexistas, generalistas, classistas,
discriminatórios, xenófobos, ou o que quer que venha determinar uns e outros
como melhores ou piores.
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