quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Dos tijolos da igreja

Uma das figuras da igreja é a de que ela é um edifício.
Pois bem, o pedreiro tem dois instrumentos para conferir a exata colocação dos tijolos para que as paredes fiquem perfeitamente acabadas.
Um é o prumo, o outro é a linha. Quem é do ramo entende e sabe que uma parede é geometria e matemática puras, e que paredes tortas comprometem todo o edifício.
O prumo confere e corrige o alinhamento vertical, a linha o faz na horizontal.
Para o alinhamento vertical o pedreiro usa os dois tijolos das extremidades superior e inferior das paredes, usando o prumo para corrigir tangências que possam levar a parede a sair do perfeito alinhamento vertical e que levaria a parede a cair.
Para o alinhamento horizontal, o pedreiro fixa a linha nos dois tijolos das extremidades laterais de forma que os tijolos do meio, ao seguir a linha, estejam alinhados com os tijolos das extremidades, o que garante o seu perfeito acabamento.
Oras! Alinhamento vertical aponta para o céu, para o relacionamento com Deus. Se esse alinhamento não for perfeito, a tendência da parede é cair dada a inclinação da tangência da parede, ainda que mínima. Redundância: um relacionamento desaprumado com Deus levará toda a parede ao chão.
Oras! Alinhamento horizontal aponta para o relacionamento com o irmão, ou seja, um tijolo não pode querer estar acima do tijolo ao lado, tampouco não deve fugir do alinhamento do prumo de forma a entortar a parede e comprometer tanto a beleza quanto a eficiência da parede. Redundância: o relacionamento com o irmão tem que ser linear, isto é, não pode haver desalinhamentos em que um esteja sobre o outro naquela fileira.

Não tenha dúvida, o experiente construtor lidará de forma absolutamente terminal com tijolos que teimem em escapar seja do alinhamento vertical, seja do alinhamento horizontal.     

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