A quem o Santo está se dirigindo?
Às autoridades? Não. Elas não aceitariam, não aceitam, nunca
aceitaram essa proposta.
“Ser” autoridade é uma delícia, acho, deve ser, pois as
pessoas a buscam como quem procura o ar para respirar.
Interessante notar, nesses dias de tanto mal feito, que,
invariavelmente, a corrupção esteja íntima e intrinsicamente ligada à
autoridade. Invariavelmente corruptores e corrompidos “são” autoridades. Isso é
muito eloquente. Os que “são” autoridades deveriam levar isso em consideração.
Sejam os eleitos, sejam os aclamados, sejam os impostos, sejam os indicados, sejam
os performáticos, sejam quem forem.
Bem... a quem o Santo está se dirigindo?
A tantos quantos consigam ouvi-lo. Em todas as gerações.
Pessoas simples, desprovidas de anseios escusos e dominadores.
Pessoas que não querem brilhar, não querem se sobrepor, não
querem ser reconhecidas porque receberam algo, um tesouro, uma pérola
imensamente maior que essas coisas chamada evangelho.
Pessoas que convencem pelo andar, que pregam caladas, que
cativam pelo olhar, que atraem pelo exemplo, enfim, que fazem... sem escolher o
trabalho.
Cabe aqui a frase de Indira Gandhi: “Há dois
tipos de pessoas: as que fazem o trabalho e as que reivindicam o mérito.
Procure estar no primeiro grupo. Há menos concorrência”.
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