A esperteza nos níveis do poder, secular – privado e
público, ou religioso, transveste-se de ação diabólica, luciférica, infernal e, como corolário natural do
comportamento, muitos desses estão sendo traídos pela própria. Oras! Ninguém consegue ser mais esperto que a esperteza.
Dá pra imaginar: doleiros, fortíssimos empresários, ex-chefe
da Casa Civil, ex-tesoureiros de partidos, publicitários, ex-presidente da
Câmara dos Deputados, ex-presidente do Banco do Brasil e Petrobras, ex-governador,
afora tantos outros entre secretários, diretores e altos executivos, todos
engaiolados!!! E talvez um ex-presidente?! Pois é. Todas pessoas experrtas.
Contudo, entretanto, todavia, o que chama a atenção é
verificar o quanto as pessoas nos níveis mais abaixo também se deixam levar
pela esperteza como condição “sine qua non” para as relações com o outro.
Não só pelo maldito “querer levar vantagem em tudo”, mas
mesmo nas relações mais triviais e cotidianas, as pessoas acham que a esperteza
deve comandar suas ações.
Não!!!
Seja no furar uma fila, estacionar em vaga reservada,
subornar a quem pode lhe prejudicar, pequenas – ou consideráveis – apropriações
indevidas (também conhecidas como furto ou roubo), querer pegar o interlocutor
em algum deslize de sua postura ou fala (seja ele um vendedor, um comprador, ou
o que o valha), enfim, são infinitas as possibilidades de alguém demonstrar-se
experrto.
Quando o Sábio ensinou que devemos ser “astutos
como a serpente”, não era exatamente a
essa esperteza que ele se referia. De qualquer forma, o que se verifica é que a
coisa toda está desequilibrada, pois está faltando ser mais “tão simples como
as pombas”.
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