quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Autoridade & poder - uma confusão dos infernos

Esse negócio de reivindicar autoridade/poder sobre o outro na pessoa física é coisa do capeta, embora o capeta não fosse uma pessoa física, mas entidade espiritual, o que não invalida o argumento.No encontro com o Santo lá no monte, o capeta disse que essas atribuições tinham sido entregues a ele. Mentira. O Santo o desmentiu, já no fim do seu ministério, dizendo que a Ele, ao Santo, a autoridade (poder) havia sido entregue, fazendo do capeta um mentiroso.Aí a democracia estabelece que a autoridade máxima de uma nação é o presidente. Outra mentira, mas, essa, de acordo com o princípio democrático que diz que “todo poder emana do povo e sem seu nome será exercido”, ou seja, a democracia diz que Deus não cabe aqui, ou, quando tanto, como uma figura mitológica e genérica, que não tem a ver com o Pai de Jesus Cristo. E tá bão para os cristãos!!!Um dos trechos de mais difícil compreensão da bíblia é Rm 13,1-4, onde o coitado do apóstolo, o mesmo que escreveu coisas lindas e boas a respeito de Deus, arrisca-se a dizer que “toda a autoridade foi instituída por Deus”, e agora as pessoas se apegam a essa declaração para validarem o desejo de dominar sobre os outros.O apóstolo não errou! O contexto ali é de poder/autoridade policial.Oras!!! Quem traz a espada, de acordo com o contexto, senão o poder policial?Mas em termos de domínio sobre o outro, de poder e autoridade, esses foram entregues ao Santo.O mais próximo que alguém pode chegar sobre “ser” autoridade sobre o outro está na relação de pai e filho, que, se não for estabelecida pelo exemplo e pelo amor até, sei lá, os dez anos, esquece, não será mais. Não será na base da intimidação, do comando que o pai exercerá essa “pretensa” autoridade sobre seu filho. Fora desse contexto paternal, e até a entrada da adolescência, essa relação de poder/autoridade, como vista hoje, é coisa de gente sedenta de poder e que quer se colocar no lugar de Deus, ele sim a autoridade, e de Seu Filho, a quem Deus deu a autoridade. Não me consta que o Filho tenha repassado para alguém essa autoridade. No máximo ele autoriza esse ou aquele a falar e agir em seu nome (sabe-se lá a que custo), por um tempo e em condições limitadas no espaço e no tempo. Ponto.

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