quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

O cristão

O cristão era pra ser a pessoa mais fantástica da terra.
Alguém que não vive para o próprio ventre, que está sempre preocupado com o outro e sempre disposto a ajudá-lo.
Alguém fiel às pessoas e às causas. Honesto, que pode ser colocado para cuidar do dinheiro dos outros que não pegará o que não é seu e que faz um bom trabalho ainda que ninguém esteja vendo.
Alguém que, a despeito das características de personalidade de cada um, é de fácil trato. Alguém que não pisa nos outros querendo impor-se a qualquer custo e que não faz acepção de pessoas sob nenhum critério.
Alguém que não mente, ainda que sob prejuízo pessoal.
Mas aí veio uma série de doutrinas e posicionamentos que deturparam a coisa toda.
Coisas como: você é filho do rei e tem direito ao melhor da terra; você foi colocado por cabeça e não por cauda; você faz parte de um povo eleito; a execrável doutrina da prosperidade que bagunçou tudo na cabeça do cristão fazendo-o amar o dinheiro; uma filosofia de barganha com o divino; uma sincretização da fé com a valorização de objetos e prédios; a judaização da fé com a importação de usos, costumes e símbolos do judaísmo; que o importante é ser feliz (a que custo for); a importação de práticas do mundo secular para dentro da igreja, especialmente para tentar atrair os jovens; que a doença é sinal de pecado e você não pode ficar doente.
Uma pena. O cristão poderia ajudar muito o mundo.

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