sexta-feira, 19 de março de 2021

Minha candidatura

Então?!
Como é esse negócio de líder mundial?
Estou me candidatando.
Acabo com a fome, a sede e a miséria em um ano.
Acabo com as doenças em três.
Os super ricaços vão adorar, pois vou trazer uns quatro bilhões de novos consumidores para o play.
Tem outros problemas: moradia, educação e cultura.
Deixarei as bases lançadas para o meu sucessor resolver.
E a segurança?
Estará tacitamente resolvida, contudo há duas questões específicas:
- Tráfico – seguirei as orientações do meu neto. Menino de treze anos de mente brilhante. Já me disse que quer estar bem longe das drogas, mas que elas deveriam ser liberadas porque aí acaba o tráfico e a violência decorrente dele.
- Super ricaços – outra fonte de violência. Já tenho a solução. Vou dar pra eles duas ilhas, as mais paradisíacas. Vou mandar instalar uma Disneylandia e uma Hollywood em cada uma delas. Para uma delas transferirei o Museu do Louvre e para a outra a Torre Eiffel. Eles vão ter que decidir em qual.
Por que duas? Será uma para os super ricaços da direita e outra para os de esquerda.
Vou mandar pra lá também uns cientistas de Harvard e do MIT e uns economistas da London School of Economics. Os super ricaços vão adorar.
E quando surgir um novo super ricaço? Aí tem que resolver com os velhos super ricaços das ilhas.
A questão da China.
É terra que eles querem? Darei mais um pedaço pra eles. Lá no norte da Rússia tem bastante. Tudo bem que é gelo, mas os chineses dão um jeito.
Ah! O choro é livre e é o que tem.
E a questão do poder?
O poder é de Deus e só pertence a ele. A humanidade vai deixar de (tentar) concorrer com Deus e de brincar de deus.
Não haverá poderosos, haverá servidores.
Hei! Atenção aqui. Nenhuma referência aos servidores do funcionalismo público. Essa classe não existirá mais.
Mas e os poderes executivo, legislativo e judiciário?
A gente se vira. Dá pra dispensar.
E aí? Tenho o seu voto?

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