segunda-feira, 1 de março de 2010

Os pergaminhos perdidos e o insucesso da igreja

Parece evidente, até para o mais superficial observador que a igreja não consegue cumprir satisfatoriamente seu papel na história humana.
É consenso que ela cresceu demais, se expandiu, se enriqueceu, especialmente depois que o Imperador Constantino no séc. III viu nela uma grande aliada e transformou a fé que ela pregava em religião obrigatória no império romano, o que resultou nesse cristianismo como o vemos hoje, em todas as suas vertentes.
Desde então ela jamais reencontrou a plenitude de sua força e razão de existir. Verdade que apareceram algumas pessoas como Francisco de Assis, Martinho Lutero e outras, mas que não obtiveram o sucesso desejado em reconduzir a igreja às suas origens.
A grande pergunta: Por que a igreja não dá certo?!
Acho desnecessário, mas farei um esclarecimento: a igreja em questão é essa instituição moderna como a conceituamos, em toda sua parafernália estrutural, hierárquica, predial, de poderio econômico, de rituais, teologias e sacerdotismo humanos, que tem como paralelo instituições como a ONU ou a Disneylandia.
Afinal, por que a igreja não dá certo?!
Em minha limitada visão eu acho que em seu insucesso a igreja cumpre seu papel. Isto é, se ela tivesse sucesso ela cresceria tanto que a obra redentora de Jesus, exclusiva e suficiente, perderia espaço. Cresceria tanto que se tornaria independente daquele que a instituiu, considerando que ele a instituiu. Aliás, mesmo com sua atual condição, isso já é verificável, ou seja, algumas igrejas já têm vida própria, prescindindo da direção direta de Deus.
No mesmo sentido, Deus escondeu os pergaminhos originais, embora haja um documentário de nome “A testemunha de Jesus” que demonstra existirem três minúsculos fragmentos de manuscritos que datariam dos anos 30 e que, portanto, seriam originais. A despeito dessa descoberta, que poderia mudar a história da pesquisa bíblica, o fato é que Deus escondeu os originais porque, penso, eles seriam de tal maneira valiosos que ofuscariam (como se pudesse) o próprio Escritor.
É momento de deixar de pedir que Deus abençoe o que fazemos e começar a fazer o que Deus abençoa (frase extraída e adaptada do site gruponews.com.br).

2 comentários:

  1. Concordo principalmente com a FRASE CONCLUSIVA deste texto. E arrisco uma breve reflexão: As imperfeições que observamos nas nossas igrejas são o combustível que alimenta a nossa busca incansável pela Igreja "perfeita", desejada por Jesus no Evangelho de João (Cap.17).

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  2. Arriscaria até dizer que essa igreja perfeita já está por aí, só não sabemos onde, como e com que nome.
    Sempre bom receber seu comentário.

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