domingo, 8 de janeiro de 2012

Ambiguidades


Uma parte de mim pegaria facilmente em armas, a outra me desarma
Uma parte de mim ora, a outra chora
Uma parte de mim quer agir, a outra quer fugir
Uma parte de mim quer falar, a outra quer calar
Não sei o que fazer, não sei para onde ir
Será que morrerei assim?
Uma parte de mim consente, a outra mente (!?)
Uma parte de mim clama, a outra reclama
Uma parte de mim teme, a outra geme
Uma parte de mim adere, a outra fere
Não sei o que fazer, não sei para onde ir
Será que morrerei assim?
Uma parte de mim é o legal, a outra um chacal
Uma parte de mim é o bonzinho, a outra um monstrinho
Uma parte é o alegre, a outra uma peste
Uma parte de mim é o coelho, a outra um fedelho
Não sei o que fazer, não sei para onde ir
Será que morrerei assim?
Uma parte de mim é o companheiro, a outra um estrangeiro
Uma parte de mim se comporta, a outra se revolta
Uma parte de mim se revela, a outra gela
Uma parte de mim dá, a outra também
Não sei o que fazer, não sei o que pensar
Será que morrerei assim?

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