domingo, 1 de janeiro de 2012

Ro de Liz IV


O que eu lhe falar será de menos
Deixe-me admirá-la, ao menos
Nesses trinta anos ganhamos e perdemos
Sorrimos e choramos,  aconselhamos e lamentamos
Pelo sim pelo não, vencemos
Pedi pouca coisa para Deus: uma mulher, filhos, e a amizade deles e entre eles. Estou absolutamente no lucro. Assim, não troco o que tenho pelo que não tenho.
Pérola roubada de um andarilho simples como eu de quem não sei nem o nome: “Só não sou mais feliz porque Deus já meu deu uma família linda”.
Não sei se a amo. Se é amor o que estou vendo por aí. Então não a amo.
Pois, no que sinto, não há a possibilidade de traição, de troca, de encerramento.
Acho que a amo. Se é amor a cumplicidade, a amizade, a proteção, a compreensão, o perdão, o prazer genuíno e exclusivo, o respeito, o não julgamento, de parte a parte, então a amo. E sou amado.
Dentre tantos sentimentos, posso dizer que sei o que é ganhar a sorte grande.
Dentre tantos pensamentos, posso dizer que sei o que é construir uma história relevante.
Dentre tantos acontecimentos, posso dizer que sei o que é ser um amante.
Enfim, se é que se pode terminar um texto desse: estou amando. Há trinta anos.
02/01/1982 - 02/01/2012

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