Dando
uns pitacos quanto à superficialidade das relações humanas que tanto prejuízo
traz às pessoas, seja no âmbito particular, seja no social, acadêmico, político
ou religioso.
Tenho
entendido que o Magnânimo fala por si, representa a si, é seu próprio fiador e
avalista, e diz as sagradas letras que não tendo um superior por quem jurar,
jurou por si mesmo.
De
minha parte não cometerei a heresia de jurar por mim mesmo, mas direi que não
represento nada nem ninguém.
Sem
querer parecer pedante, presunçoso, ególatra ou pernóstico (sei que parecerei)
direi: eu represento a mim mesmo, falo por mim e sou meu fiador.
Meu
ponto é que tenho visto pessoas vazias, extremamente dependentes de figuras
públicas, de organizações e instituições sejam políticas, artísticas,
eclesiásticas, acadêmicas, profissionais ou esportivas.
Evidente
que somos seres sociais e que devemos viver em grupo. Isso é uma coisa.
Outra
coisa é esse raso total que se percebe nesses seres sociais em que ninguém mais
fala por si e em que a palavra falada não tem o menor sentido e autoridade, o
que acaba por gerar um mundo de mitômanos (viciados em mentira).
A
mentira já entrou no cotidiano das pessoas, o que mantém as relações no raso.
Entenda-se
mentira não somente como a distorção ou omissão daquilo que seria a verdade,
mas também como a ilusão doentia a que as pessoas se expõem, exacerbando a sensibilidade
à recompensa, que nada mais é que a busca incessante pelo prazer, seja de que
fonte e a que custo for.
Se
queremos um mundo mais evoluído, acho que precisamos corrigir essa distorção.