quinta-feira, 2 de abril de 2015

Teologia de calçada (2)

A vida como ela é

Afora o ser humano, que pode ser entendido como a obra prima de Deus, há outras duas criações que compõem o cenário da história universal e demonstram o poderoso arsenal criativo do Magnânimo.
São elas: a família e a igreja, nessa ordem.
Não há o que se possa falar da família que esgote a sua beleza, a sua  imprescindibilidade, a sua significância. É o que há, é o que fica, é para onde todos seguimos e onde todos nos ancoramos. No fim, no tempo dos homens, é o que permanece. É onde Deus se faz presente quase que corporeamente e onde a quintessência das relações pode ser vivida à exaustão, seja na relação conjugal, seja na relação paterno/filial.
Quem descobriu a família descobriu um tesouro de valores eternos, etéreos, cujos valores não são afetados, tampouco estabelecidos, pela valoração do vil (e maldito) metal.
Da igreja... é outra belezura.
Instrumento poderoso nas mãos do Magnânimo para trazer de volta aqueles que se distanciaram, seja por que motivo for.
Lugar de ensinamento, igualdade, correção, disciplina, “des”competição. Lugar que refuta politicagem, comparação, discriminação. Lugar onde não cabe hierarquia ou autoritarismo (outro nome para autoridades humanas) ou controles, de que tipo for.
Uma possibilidade, uma realidade, uma proximidade.
Uma cumplicidade, uma fraternidade, uma bondade.
Uma simplicidade, uma necessidade, uma naturalidade.
Capaz, sim, de expressar o Divino, quase que sensoriamente, pois que portadora de um dos maiores dos bens dados ao homem: uma biblioteca, com quatro livros fenomenais, dentre outros, que trazem as mais alvissareiras notícias do céu.
Bem verdade que há um arremedo, um plágio presente entre nós que pretende ser o representante do Divino, como se Ele pudesse ou quisesse se fazer representar.
Uma organização que valoriza o material, que ama o vil (e maldito) metal, que adora a hierarquia e o autoritarismo.
Um arremedo, e que infelizmente acaba por manchar a igreja, pois que faz muito barulho e anuncia-se como extensão do Divino, arrastando, assim, os incautos.
Uma hora isso acaba.

Ornitorrinco Madiba

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