De repente, não é que escorrem algumas porções de um líquido
carmesim de um corpo desfigurado a quem se virava a cara tamanho o aspecto
assustador daquela figura insignificante e impotente, incapaz sequer de
arregimentar alguns seguidores, pois que abandonado e só no seu momento mais
avassaladoramente doloroso.
Não é de hoje que as instituições, de que matiz for,
abandona seus soldados feridos no caminho, só não verificável entre os sem teto
e que compartilham os goles de água ardente, pois que ali impera uma
surpreendente cumplicidade.
Pois com esse líquido carmesim, originário de um organismo
divinamente formado, o divino defenestrou os poderes estabelecidos no planeta,
poderes de força descomunal, portentosa, assombrosa, extraordinária. Poderes
instalados nas instâncias do domínio, na ânsia do controle sobre o outro, na
usurpação da autoridade em que as pessoas se revestem desse título fazendo-se
passar como ‘a autoridade’, quando isso não é um título, senão uma delegação.
Não há autoridades!!! Há aqueles que dependendo do caso são
autorizados a falar um nome de um superior.
Não há autoridades!!! Não há que haver essa personalização
da pessoa com o título.
Não há autoridades!!! Como não há que haver anarquia.
Pois o líquido carmesim veio para corrigir essa distorção
das relações humanas, assim como veio destronar os poderes que dominavam essas
relações.
Com um líquido o divino desbaratou poderes dos quais
desconhecemos seu total alcance e
influência. Essas hostes de potestades de tronos e dominações foram
surpreendidas de forma absolutamente impensável. Estavam armados com as armas
as mais poderosas e tiveram que lidar com um líquido carmesim?!?!
Pois, com esse líquido o divino corrigiu o comando vital
imposto sobre a raça humana e que lhe tirava a capacidade de viver além dos
seus dias nessa terra.
O líquido fala alto: não! A vida não acaba aqui!
Nenhum comentário:
Postar um comentário