domingo, 3 de julho de 2016

A eloquência da traição de Judas

O que a traição de Judas nos mostra?
Veja: Jesus era uma pessoa conhecida, popular, com muitos seguidores. Não havia naquelas terras quem não tivesse ouvido falar de Jesus, ou quem não o tivesse visto.
Oras! Por que, então, alguém tinha que apontá-lo para ser preso?
O fato fala por si.
O Nazareno não tinha em si, isto é, na sua compleição física, no seu vestuário, no seu gestual, nada que o identificasse e destacasse dos demais, nem dos seus seguidores. Ele era absolutamente igual aos demais. Isso é extremamente grandioso.
O maioral, a maior personalidade que pisou essa terra era absolutamente igual aos demais.
O maioral não se comportou como alguém estranho ao ambiente. Como alguém que, não sendo do meio, quer ensinar os que estão lá. Como alguém que, sentindo-se superior, quer dirigir os seus subordinados. Como alguém que está no topo da pirâmide hierárquica e que estica a mão para tentar salvar alguns. Assim agem os líderes, as ‘autoridades’ que são facilmente identificáveis com suas afetações irritantes.
O Nazareno não. Ele era alguém do meio. As pessoas não lhe eram estranhas, e, de outra parte, ele não era um estranho às pessoas, daí que teve que ser apontado pelo traidor.

Há muito aqui. Muito que pode ser refletido. Pense você mesmo na grandeza desse comportamento do Nazareno, uma vez que ele deixou a divindade para ser mais um entre nós, sendo, contudo e não obstante, o maior e o único.      

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