segunda-feira, 29 de maio de 2017

Brascolândia

Estamos todos vendo, estarrecidos, o desmonte da Cracolândia em São Paulo. Agora mesmo o prefeito está a solicitar à justiça que possa internar compulsoriamente aqueles casos mais extremos de dependência.
Fato é que é meio incompreensível a questão da dependência.
Por que, afinal, as pessoas ficam tão amarradas à dependência?
Tem a questão do trauma, de alguma decepção, da falta de assistência do estado, mas é definitivamente intrigante a força da dependência.
Isto verificado, é impossível não fazer um paralelo com a situação de Brasília.
Aquela gente é viciada em propina. Só pode ser.
Elas precisam ser ajudadas, como os dependentes do crack. Elas têm que ser levadas aos médicos, ainda que compulsoriamente, pois isso já é questão de saúde pública, com um agravante que o crack não tem: o vício em propina é contagioso. Os contaminados precisam ser retirados da convivência social, familiar, profissional, e legislativa, para um tratamento clínico.
Outro agravante, como no caso de algumas outras patologias, é que eles não reconhecem que estejam contaminados e que necessitem de ajuda. Assim, talvez, somente compulsoriamente mesmo é que serão ajudados. Eles e os seus pares do setor privado, que também, muitos deles, já estão contaminados.

Haja hospital. E cadeia. Porque alguns, vários, têm que ser enjaulados.

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