Estamos
todos vendo, estarrecidos, o desmonte da Cracolândia em São Paulo. Agora mesmo
o prefeito está a solicitar à justiça que possa internar compulsoriamente
aqueles casos mais extremos de dependência.
Fato
é que é meio incompreensível a questão da dependência.
Por
que, afinal, as pessoas ficam tão amarradas à dependência?
Tem
a questão do trauma, de alguma decepção, da falta de assistência do estado, mas
é definitivamente intrigante a força da dependência.
Isto
verificado, é impossível não fazer um paralelo com a situação de Brasília.
Aquela
gente é viciada em propina. Só pode ser.
Elas
precisam ser ajudadas, como os dependentes do crack. Elas têm que ser levadas
aos médicos, ainda que compulsoriamente, pois isso já é questão de saúde pública,
com um agravante que o crack não tem: o vício em propina é contagioso. Os
contaminados precisam ser retirados da convivência social, familiar,
profissional, e legislativa, para um tratamento clínico.
Outro
agravante, como no caso de algumas outras patologias, é que eles não reconhecem
que estejam contaminados e que necessitem de ajuda. Assim, talvez, somente
compulsoriamente mesmo é que serão ajudados. Eles e os seus pares do setor
privado, que também, muitos deles, já estão contaminados.
Haja
hospital. E cadeia. Porque alguns, vários, têm que ser enjaulados.
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